Me
identifico com Leopold Bloom, Bloom é um homem sem atributos. Um
vendedor de anúncios de jornal. Um chifrudo da marca pasmada, manso.
Da sua mulher de muitos atributos carnais,
prefere as nádegas. Mas
ela é mais que isso, antes que me censurem, ela é uma soprano de
quinta categoria. Leopold, ou Poldinho para os íntimos, também
gosta de miúdos de animais, gosta é para os fracos, se lambuza com
um rim fresco de cordeiro no café da manhã, pelo cheiro da urina
que exala, diz de si para sua gata. Miau! Sua carnuda, branca e
libidinosa mulher, diante do café da manhã que lhe serve Poldeto,
ela rola na cama, deixando efluir todos os olores de uma noite que se
finda. Bloom florido, percorre suas coxas até sentir uma umidade não
sua. Vai a casinha com um jornal velho, e antes de usá-lo se
entretém lendo notícias velhas. Sai, como um saco de despistes.
Finge escolher uns legumes, para enfiar a mão entre as cochas da
quitandeira, que por certo se banhará amanhã, que é sábado e
lavará roupas nas pedras da margem do rio. Ele próprio antecipou
seu banho semanal para ir ao velório do amigo, Digno!
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