15 de ago. de 2014

Infâmia.

Infâmia.
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Pierre Laval foi primeiro-ministro francês, nos anos 40-42, do famoso regime colaboracionista de Vichy, foi condenado à morte em 1945. Símbolo da infâmia, permitiu que milhares de pessoas que residiam na França fossem deportadas e exterminadas. Laval que fora socialista, a começos do séc XX, aos poucos foi se convertendo ao conservadorismo, e nos anos trinta do mesmo século já respondia chamada na extrema direita, foi então se fez nazista. No seu julgamento, argumentou que havia permitido deportar as crianças, por razões humanitárias, não quis separar os pais dos filhos. E porque também havia espaço suficiente nos vagões dos trens, normalmente usados para animais. Então, bastava parecer, tão só parecer diferente, cor, religião, língua, crença origem, ideias, comportamento, doenças... este século tinha tudo para pôr fim à barbárie, e nos entendermos. Mas não é assim. Assistimos conflitos em que os generais são executivos nos escritórios e as vítimas cidadãos, que de um dia para o outro se vêm expulsos do que pensavam ser o paraíso. Tratados pior que animais, são espetáculo por uns dias nas TVs do mundo.

Em qualquer conflito sempre há os que pensam que têm mais razão que os outros. Pobre ilusão, a razão o tem aquele que provoca o enfrentamento para viver dessa miséria.

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