Há algum tempo em
Berlim, quando os alemães orientais ganhavam cem marcos de Helmut
Kohl para cruzarem pelo Checkpoint Charlie, inundando a
Kurfürstendamm
por seus objetos de desejos, banana, coca-cola e peep show, porque os
comerciantes rapidamente concluiram, que cem marcos não dava para
mais, pousavam na entrada das lojas as bananas e caixas de latinhas
de coca-cola que eram consumidas a temperatura ambiente.
Um casal que
repetia a cena quatro vezes ao dia, com variações, circenses no
peep show giratório dum grande Sex Shop, eram observados
atentamente pelos orientais. Muitos desses espectadores voltavam –
depois de compras, bananas, na Beneton, ou coca-cola, na Hugo Boss
tudo na famosa Ku'damm Strasse – para apreciarem desde os visores
de suas cabines que circundavam o cenário, a dez marcos por quinze
minutos. Os protagonistas faturaram bem naquela temporada, casaram-se,
fizeram festa de bodas, noite de nupcias e viagem de lua-de-mel foi na
Grécia. Nas ilhas gregas se comportaram como monges
enclausurados,
castos. A força de umas fotos, se abraçaram pela cintura, e um que
outro selinho, no mais a mais fria cortesia. Estavam de férias.
Os
demais personagens passageiros tampouco não sei se fizeram melhor, digo,
relações sexuais, não sexo. Porque sexo é até mesmo a solitária
masturbação, ainda que Wood Allen queira que esta substitua a
interação com outra pessoa que se ama, como no filme de 1973,
Sleeper, Dorminhoco, em seu ''orgasmatron
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