1 de ago. de 2013

Uma história plana. Orgasmatron.



Há algum tempo em Berlim, quando os alemães orientais ganhavam cem marcos de Helmut Kohl para cruzarem pelo Checkpoint Charlie, inundando a Kurfürstendamm por seus objetos de desejos, banana, coca-cola e peep show, porque os comerciantes rapidamente concluiram, que cem marcos não dava para mais, pousavam na entrada das lojas as bananas e caixas de latinhas de coca-cola que eram consumidas a temperatura ambiente.
Um casal que repetia a cena quatro vezes ao dia, com variações, circenses no peep show giratório dum grande Sex Shop, eram observados atentamente pelos orientais. Muitos desses espectadores voltavam – depois de compras, bananas, na Beneton, ou coca-cola, na Hugo Boss tudo na famosa Ku'damm Strasse – para apreciarem desde os visores de suas cabines que circundavam o cenário, a dez marcos por quinze minutos. Os protagonistas faturaram bem naquela temporada, casaram-se, fizeram festa de bodas, noite de nupcias e viagem de lua-de-mel foi na Grécia. Nas ilhas gregas se comportaram como monges
enclausurados, castos. A força de umas fotos, se abraçaram pela cintura, e um que outro selinho, no mais a mais fria cortesia. Estavam de férias.


Os demais personagens passageiros tampouco não sei se fizeram melhor, digo, relações sexuais, não sexo. Porque sexo é até mesmo a solitária masturbação, ainda que Wood Allen queira que esta substitua a interação com outra pessoa que se ama, como no filme de 1973, Sleeper, Dorminhoco, em seu ''orgasmatron

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