Pode-se muito bem dizer
que Ribeirão tem o que lhe corresponde, sendo mais leviano, o que
merece; em forma e justeza com sua demografia, estrutura social e
nível de renda.
Mas há outra forma e
Ribeirão poderia ser o que quisessem seus empreendedores, seus
intelectuais, seus governantes, seus cidadãos. Todos juntos
compartindo um projeto de um voo mais longo que de uma galinha. Uma
terceira Ribeirão seria a soma da anterior com as populações
vizinhas, com suas dinamicidades próprias, suas referências e suas
potencialidades. Para isso urge um salto qualitativo que seria
contar, que é diferente de dispor, efetivamente com Franca,
Brodósqui Jardinópolis, Batatais, Barrinha,
Sertãozinho, Dumont,
Cravinhos, Serrana, etc. Uma área metropolitana, e como tal deveria
ser mais centrifuga que centrípeta, primus inter pares (primeiro
entre os iguais). No entanto o que vemos são forças centrípetas
chupando tudo que pode para o grande centro, sob controle do
grande sátrapa. São os desígnios.
No meio disso tudo absorve-se
alguma coisa de boa, mas as mazelas com certeza, todas, por exemplo,
se se atrai um Hospital, com ele vêm todos os doentes da região.
Ganham os laboratórios, os médicos, perde-se em mobilidade,
precariza-se a infraestrutura, o enfermo autóctone deve discutir
seu leito hospitalar com o vizinho, aumento do gasto público
municipal e perdem, sobretudo perdem os municípios vizinhos que se
transformam em cidades dormitórios e seus cidadãos que não fazem
mais que dormir e ir e vir, e o fazem por obrigação e não por
desejo.
Ao contrário disso
Ribeirão sonha – olhando o umbigo desde seu inconsciente –
com o exterior, que para muitos é Porto Seguro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário