5 de ago. de 2013

Ribeirão.



Pode-se muito bem dizer que Ribeirão tem o que lhe corresponde, sendo mais leviano, o que merece; em forma e justeza com sua demografia, estrutura social  e nível de renda.
Mas há outra forma e Ribeirão poderia ser o que quisessem seus empreendedores, seus intelectuais, seus governantes, seus cidadãos. Todos juntos compartindo um projeto de um voo mais longo que de uma galinha. Uma terceira Ribeirão seria a soma da anterior com as populações vizinhas, com suas dinamicidades próprias, suas referências e suas potencialidades. Para isso urge um salto qualitativo que seria contar, que é diferente de dispor, efetivamente com Franca, Brodósqui Jardinópolis, Batatais, Barrinha,
Sertãozinho, Dumont, Cravinhos, Serrana, etc. Uma área metropolitana, e como tal deveria ser mais centrifuga que centrípeta, primus inter pares (primeiro entre os iguais). No entanto o que vemos são forças centrípetas chupando tudo que pode para o grande centro, sob controle do grande sátrapa. São os desígnios.
No meio disso tudo absorve-se alguma coisa de boa, mas as mazelas com certeza, todas, por exemplo, se se atrai um Hospital, com ele vêm todos os doentes da região. Ganham os laboratórios, os médicos, perde-se em mobilidade, precariza-se a infraestrutura, o enfermo autóctone deve discutir seu leito hospitalar com o vizinho, aumento do gasto público municipal e perdem, sobretudo perdem  os municípios vizinhos que se transformam em cidades dormitórios e seus cidadãos que não fazem mais que dormir e ir e vir, e o fazem por obrigação e não por desejo.


Ao contrário disso Ribeirão sonha – olhando o umbigo desde seu inconsciente – com o exterior, que para muitos é Porto Seguro.     

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