A origem da escrita
aponta à Mesopotâmia, antiga Suméria, em concreto, Uruk, onde
surgiram as primeiras manifestações escritas há mais de quatro
mil anos. Diz-se que de Uruk veio Iraque.
Ao sul da planície,
atual Iraque, nos braços do Tigres e Eufrates, lá estava Uruk, a
primeira grande urbe da raça. Quarenta mil a habitavam, por humanos,
uma complexa sociedade urbana.
Diz-se que Gilgamesh,
mitificado, e plasmado n'O poema de Gilgamesh, reinou Uruk há cinco
mil anos e a amuralhou, mereceu a primeira epopeia conhecida escrita
pelo escriba Sin-leqi-unnini, com tons legendários, no tempo
mítico da origem do mundo. Já, e muito antes do dilúvio bíblico,
os deuses mesopotâmicos ameaçavam destruir o mundo com um dos
grandes. Não é difícil ser leviano, coisa que por demais gosto,
porque o medo de quem mora em meio ao deserto deve ser a água, água
exabundante, pois de fogo já andavam escaldados.
Em tábuas de argila
escreviam a contabilidade, ensinavam a criar gado e métodos para
calcular superfícies, mas havia além da heroicidade e da
praticidade, platitudes sobre aspectos da vida social de Uruk.
Acontece que os
chineses, ou seus áporos escavadores, encontraram umas lascas de
pedras com inscrições, sendo mais antigas que as antigas e
acostumados a explicar enigmas com um conto, chinês, os habitantes
do Império do Centro atribuem a origem de sua escritura a uma
espécie de gigante cabeçudo com quatro olhos que irradiam um brilho
misterioso, que se chama Cang Jie. Cang Jie viveu durante a dinastia
Xia. Cang Jie se inspirou em imagens do céu e da terra para dar
forma aos
caráteres. Da abóboda celeste com suas estrelinhas
surgiram as curvas, dos rios, vales e montanhas, as linhas. Para
complicar um pouco cada caractere usou penas e pegadas de pássaros
na areia ou ainda os desenhos das carapaças das tartarugas, e estas
mesmas carapaças lhe serviram de mídia. Tudo aconteceu em
distintas bacias ao longo dos rios Amarelo e Yangze.
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