''''Falsidade
''necessária para que continue a me permitir o luxo de minha
veracidade'''.
Frase que Nietzsche
diz em Humano, demasiado humano e soma, faz-se necessário ao
indivíduo seleto envolver-se hábil e corajosamente no manto da
solidão exterior e espacial: isso pertence à inteligência''.
''Astucia e disfarce necessários para que tal homem, seleto entre os
numerosos, a use como legitima defesa, para a sua conservação''.
Isso aparentemente explica a primeira frase, que em suma é arte da
dissimulação e é vista com bons olhos. Entretanto há outra
hipocrisia, a hipocrisia moral, que nada mais é que a vaidade. A
vaidade é o querer preponderância de um frente a outro, ou mesmo
face a determinada comunidade. O indivíduo percebe que o que lhe
confere poder extra é não aquilo que ele é, mas aquilo pelo que é
tido.
Àquela falsidade
necessária, seja hipocrisia deliberada, a vaidade ampara-se no auto
engano, muito peculiar, pois é crença naquilo que se supõe e se
diz ser. Uma vitrine, onde se mostra o que se quer e se esconde
outras, com fim último de auto-enganar-se. O auto-engano por seu
turno, isso é difícil a beça, pois não se questiona a
honestidade, mas o caráter ''desonesto-mendaz'' de tal honestidade,
que embora honesta, a crença, é movida por uma mentira desonesta, e
mentida para si próprio, seja a mentira sagrada.
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