Ah! As palavras! É
dizer, Ah! Os discursos! Que sempre temos que descontar um teco. Seja
de políticos, papas, astrônomos, psicólogos, filósofos, amigos,
cartomantes etc. Muitos tecos se vier daqueles que atuam na vida
real, religiosos e políticos. Para não perder o bonde, hoje por
hoje, se o discurso for de político é bom botar a mão no bolso de
quando em quando e revistar sua própria carteira. Andava por Espanha
quando a crise começava por lá. Sarkozy; logo que a crise mostrou o
sangue no zóio, mas antes de mostrar seu coração peludo; disse: “É
a refundação do capitalismo.” E todos foram dormir tranquilos...
Ainda agora Chico I estava no Brasil. Francisco é o cabeça da instituição
hierárquica por excelência, e essa hierarquia vai de encontro à
doutrina que professa, no entanto nem piscou sequer para levantar a
bandeira dos indignados, instou os jovens a revolucionar, encabeçar
mudanças que faz falta ao mundo e à base social do Catolicismo.
Francisco parece que
anda pelo Vaticano sem se importar se pisa em ovos ou cacos de vidro.
Abriu investigação no mundo financeiro da casa. Quer punir a
pederastia do baixo clero, e ainda no avião disse que não é
ninguém para criticar os gays.
É fácil imaginar o
ardor da urticária que Bergólio provocou por Roma, com estes
discursos. Fez tuning no papamóvel e o deixou mais humilde. Pôs
fim a muitas mordomias no avião, usa uns panos mais austeros, disse
que só precisa de espaço para esticar as canelas e que o voo
aterrize em Fiumicino, como os de outros mortais.
Palavras, palavras de
cunho social ( mas de sexo e doutrina sexual, lhufas), renuncia ao
luxo da igreja, jogando para a patuleia... Espuma... mas é cedo. O
ceticismo, o preservo, não que o papa argentino seja digno de
desconfianças, infundadas, mas porque sempre existem as tesouras
cortadoras de asinhas assanhadas...
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