Sic transit gloria
mundi.

Os que em plena
trajetória vital, quer dizer que ainda não passaram pelo crivo da
morte, que marca a distância que transforma todos em modelos de
virtude, heróis da moral, paradigmas da cidadania, exemplo de
santidade, por mais bem dotados que sejam de bondades, sempre se
sujeitam ao capricho do azar, pelo império da contingência e da
mutabilidade. É sempre possível que padeçam de mudança, mutações,
metamorfoses, evolução, transformação de caráter, de pensamento
e ação. Necessitamos nestes tempos líquidos, incertos, de
pensamentos frágeis, de falta de referencias e de dissolução das
utopias, de grandes lideres. Ansiamos por pais e mães. A tendência
– flor de obsessão – é destacar alguém por cima do normal,
sobretudo no mundo do futebol e dele fazer um santo de meia pataca
antes mesmo da beatificação. Mais ainda, mitificá-lo. Mas, um dia
desgraçado, acontece que este santo humano, flor da virtude, muda,
sofre uma transmutação, e submetido a forças incontroláveis,
indizíveis e ocultas, ou mesmo subconscientes, o que pode acontecer
com qualquer um, fala um monte de bosta.

Sic transit gloria
mundi, que são efêmeros os êxitos desse mundo.
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