O deputado Kid Neto é
um exemplo rotundo de neofascismo. Neste caso o prefixo neo é muito
importante, porque põe em relevo o fato do tal Kid Neto não ser um
personagem anacrônico, que se remete aos dias de Benito, Il Duce. Ao
contrário, quando diz o que disse de Joaquim Barbosa, ministro do
Supremo Tribunal Federal, é um genuíno racista. Qualificar de
fascista seria fazer-lhe um favor, qual não merece, pois seria
considerá-lo uma peça de museu, uma reminiscência do passado útil,
na Itália.
Por desgraça, Kid Neto
não é um verso sem soneto, um sujeito extravagante na sociedade
brasileira. Responde ao ''desenvolvimento'' de uma linha de
pensamento com nomes ilustres como Bolsonaro, Feliciano, Azevedo,
Mainard, Olavo e um monte de opacidades que via de regra se mobilizam
pelo elitismo irrefreável, fundamentalmente é uma conta do rosário
dos seres humanos superiores, englobados num grupo pretensamente de
congêneres escolhidos.
A nossa tragédia se
desencadeia quando passamos do racismo implícito das mais variadas
corporações dos ''príncipes'' do ''saberes'' à exclusão das
causas ideológicas, à perseguição de ''comunistas'',
''socialistas'', ''sindicalistas'' e finalmente a qualquer democrata
decente, só não excluem judeus, porque os Jardins não lhes é
(subentende-se: bairro) de fácil acesso.
Este tipo de
declaração, útil ao modernoso neofascismo, mais o menosprezo pelos
nordestinos, servem para encorajar as piores punções do humano,
inda mais nestes tempos manifestamente arrelientos. Este tipo de
estreiteza só faz aumentar a crescente confusão, querendo mostrar
origens às nossas dores de cabeça. Ou seja, fascismo?
Nem! Nada! Um novo fascismo, evoluído, em dia , atual, com
intenções claras e objetivos abjetos, sem a grandiloquência d'Il
Duce.
Não se trata de
resíduo de um passado remoto, e seria frívolo considerá-lo assim,
como considerar que a eleição de Dilma Roussef põe fim ao
machismo, ou com Barack Obama o racismo seria coisa do passado.
A triste realidade é
que: não é assim! Aqui e pelo mundo, como no caso de Tayvon Martin
do absolvido Zimmerman, da ministra negra italiana Cécile Kyenge
comparada por um senador italiano a um orangotango, tal assunto,
invés de mostrar que o racismo não morreu, mostra da sua sempiterna
latência aflorando nos momentos precisos, aonde não importa provar
nada, mas obter um saldo favorável à sua pouca melanina.
O que querem este seres
escolhidos é se dizerem não racistas, ao mesmo tempo que ter
direito a ''golpes'' racistas, ''aparentemente'' ocasionais, dia sim
dia também, até poderem exercer todo ele sem haver de dissimulá-lo.
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