17 de jul. de 2013

Quididade.

O mensalão instaura uma crise. Logo vem a crise financeira pelo mundo, que se transforma em crise econômica, em muitos países árabes social, na Europa e EUA política e econômica, aqui ética e ideológica. Tudo aumentou quando das dúvidas da sub-prime estadunidense, agora o debate aberto sobre o sistema econômico em conjunto, a rua disse isso, os valores ou desvalores da nossa sociedade e o futuro, se é que assim possa ser chamado. Antes de mais nada, que venham os debates, porque pouca coisa funciona ao nosso redor.

Não se pode no entanto mexer no estado de bem estar, recém-adquirido. Deve-se, sim, pensar em cortes nas despesas públicas da folha de pagamento, legislativo, judiciário ou cargos em comissão etc .
Deve-se sim, pensar e praticar a reforma política.
Deve-se, sim, pensar na reforma tributária, com olhos porque os pobres e a classe média não paguem mais impostos que os mais ricos.
Quanto ao mercado que seja respeitado, mas que este também respeite as regras e que o estado as aplique, sem parcimônia, então que o Estado forte atue onde o mercado não consiga regular, seja, por toda parte, pois o mercado não se regula em nada. Por exemplo, telefonia, eletricidade e bancos só sabem nadar se for de braçada, boiar nem pensar.
Debater, debater, debater, porque não virá nenhum mascarado nos salvar.
Polarizados estamos. Bem-avindos às discrepâncias, mais que isso, claramente em confronto, se queremos ser uma sociedade multicultural de verdade, onde os diferentes interesses, que refletem pontos de vistas diferentes, devem permanecer e isso não quer dizer ideologia, porque não acredito nisso, acredito é no bolso, quesito que se pode medir facilmente: Quem perde? Quem ganha? É o que me importa, não preciso ganhar, mas não quero perder!
Mais ou menos Estado?
Moralmente, me parece que quem acusa e quem veicula esta tão sujo quanto o réu e quem julga ! E a plateia é santa de pau oco, um santo de pés de barro!
Desconfio de quem afirma qualquer coisa, porque tudo está conectado, a crise no primeiro mundo, a China etc. Toda afirmação contundente é falsa, menos esta, é claro! Pois o mundo não é por partes é o todo, é global!
Portanto até quando vamos crescer, onerar para distribuir ou redistribuir?
Penso que são problemas sistêmicos e não técnicos, e como tal cultural, social, moral, ético e tudo profundamente. Este é o porquê, da dificuldade de entendimento deste momento que vivemos.
Por exemplo, se nunca nenhum político foi exemplarmente punido, por quem deveria punir, como aceitar uma punição? Sendo ela justa! Como considerar justo? Se quem sempre fez justiça está enlameado! Quem dirime esta questão? Gilmar Mendes? Joaquim Barbosa? A Globo?
É um debate azedo!
Mas neste debate temos que desconfiar dos voluntarismos. O ser humano é limitado quanto aos conhecimentos e irracional na sua conduta, cheio de pulsões egoístas, portanto não haverá nem o super-homem nietzschiano nem o novo homem, o se preferirem o neo-homem, se um dia concluirmos estes debates.
Aprendemos muito vagarosamente, e as vezes por força de chineladas, de bons exemplos quase nunca!
A educação pode mudar a nossa juventude, mas antes temos que mudar os mestres, e me incluo, e você deve se incluir, a família deve se incluir, a mídia má e a boa devem se incluir.
Chega de leis, que trazem no bojo o próprio fracasso. A lei só transforma em delito um ato que já existe, daí o tal dito: feito a lei, feita a trapaça.

Detalhe: humildade intelectual e bons costumes diante de quem pensa diferente.

Nenhum comentário: