O mensalão instaura
uma crise. Logo vem a crise financeira pelo mundo, que se transforma
em crise econômica, em muitos países árabes social, na Europa e
EUA política e econômica, aqui ética e ideológica. Tudo aumentou
quando das dúvidas da sub-prime estadunidense, agora o debate aberto
sobre o sistema econômico em conjunto, a rua disse isso, os valores
ou desvalores da nossa sociedade e o futuro, se é que assim possa
ser chamado. Antes de mais nada, que venham os debates, porque pouca
coisa funciona ao nosso redor.
Não se pode no entanto
mexer no estado de bem estar, recém-adquirido. Deve-se, sim, pensar
em cortes nas despesas públicas da folha de pagamento, legislativo,
judiciário ou cargos em comissão etc .
Deve-se sim, pensar e
praticar a reforma política.
Deve-se, sim, pensar na
reforma tributária, com olhos porque os pobres e a classe média não
paguem mais impostos que os mais ricos.
Quanto ao mercado que
seja respeitado, mas que este também respeite as regras e que o
estado as aplique, sem parcimônia, então que o Estado forte atue
onde o mercado não consiga regular, seja, por toda parte, pois o
mercado não se regula em nada. Por exemplo, telefonia, eletricidade
e bancos só sabem nadar se for de braçada, boiar nem pensar.
Debater, debater,
debater, porque não virá nenhum mascarado nos salvar.
Polarizados estamos.
Bem-avindos às discrepâncias, mais que isso, claramente em
confronto, se queremos ser uma sociedade multicultural de verdade,
onde os diferentes interesses, que refletem pontos de vistas
diferentes, devem permanecer e isso não quer dizer ideologia, porque
não acredito nisso, acredito é no bolso, quesito que se pode medir
facilmente: Quem perde? Quem
ganha? É o que me importa, não preciso ganhar, mas não quero
perder!
Mais
ou menos Estado?
Moralmente,
me parece que quem acusa e quem veicula esta tão sujo quanto o réu
e quem julga ! E a plateia é santa de pau oco, um santo de
pés de barro!
Desconfio de quem
afirma qualquer coisa, porque tudo está conectado, a crise no
primeiro mundo, a China etc. Toda afirmação contundente é falsa,
menos esta, é claro! Pois o mundo não é por partes é o todo, é
global!
Portanto até quando
vamos crescer, onerar para distribuir ou redistribuir?
Penso
que são problemas sistêmicos e não técnicos, e como tal cultural,
social, moral, ético e tudo profundamente. Este é o porquê, da
dificuldade de entendimento deste momento que vivemos.
Por
exemplo, se nunca nenhum político foi exemplarmente punido, por quem
deveria punir, como aceitar uma punição? Sendo ela justa! Como
considerar justo? Se quem sempre fez justiça está enlameado! Quem
dirime esta questão? Gilmar Mendes? Joaquim Barbosa? A Globo?
É um debate azedo!
Mas neste debate temos
que desconfiar dos voluntarismos. O ser humano é limitado quanto aos
conhecimentos e irracional na sua conduta, cheio de pulsões
egoístas, portanto não haverá nem o super-homem nietzschiano nem o
novo homem, o se preferirem o neo-homem, se um dia concluirmos estes
debates.
Aprendemos muito
vagarosamente, e as vezes por força de chineladas, de bons exemplos
quase nunca!
A educação pode mudar
a nossa juventude, mas antes temos que mudar os mestres, e me incluo,
e você deve se incluir, a família deve se incluir, a mídia má e a
boa devem se incluir.
Chega de leis, que
trazem no bojo o próprio fracasso. A lei só transforma em delito um
ato que já existe, daí o tal dito: feito a lei, feita a trapaça.
Detalhe: humildade
intelectual e bons costumes diante de quem pensa diferente.
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