18 de abr. de 2013

Homens à frente do seu tempo. Alckmin e Consortes!





Salta aos olhos neste momento – a maioridade penal – tratar-se de uma questão bastante abrangente, espacialmente e temporalmente abrangente, e por tanto, temos que levar em conta os limites da nossa observação.
Para onde devemos olhar, para o quê? Se temos diante de nós o desafio de compreender um fenômeno, um evento, uma realidade específica inscrita da raiz à copa de nossa árvore socialmente admitida.
Enfim, para onde devemos voltar nosso olhar? Por óbvio, nenhum fato, nenhuma realidade, nenhuma feição social específica é compreensível apenas por ela mesma. De outro modo, toda e qualquer 'coisa' que queremos entender deve partir do pressuposto, que qualquer fenômeno tem distintas abrangências. Ter distintas abrangências vale dizer, que o significado daquilo está sempre parcialmente, não naquilo que queremos entender, mas compõe-se na moldura daquilo que queremos entender, uma unidade lógica, uma unidade histórica.
Volta a pergunta: até onde nos leva a observação de algo que é característico do nosso tempo: A violência? Digo mais, justo quando toda violência deveria haver sido obliterada, junto com os violentos, que à socapa ainda fazem ruídos.
Há em nossa sociedade a presunção de que algo, pessoa, artista etc, está à frente de seu tempo. É um lugar comum em meio a muitos lugares comuns, por confortável. E são tão repercutidos que adquirem concretude, a concretude de uma presunção. No entanto, nada está a frente de seu tempo, porque estar a frente de seu tempo implica na existência de um futuro definido e portanto conhecido de antemão. Como se a vida fosse uma sequência lógica e coerente de unidades, sendo assim teríamos matado seu enigma.
O que há são indivíduos, sociedades que conseguem olhar para uma determinada situação e enquadrarem – desculpem a linguagem de delegado e advogado de porta de cadeia, mas é a única que temos ouvido neste tempo coevo – todos os elementos necessários para conseguir definir, sintetizar, conceituar e solucionar melhormente determinada situação ou problema.
Porque a vida, a história da vida, é criação humana e não pura inevitabilidade, mas ação conduzida pela própria sociedade.
Assim os gênios, seres, que estão à frente do seu tempo serão indivíduos capazes de captar elementos do tempo, mesmo, em que vivem, mais que a maioria de seus contemporâneos.
Então qual é o nosso tempo? Nada, senão todo o tempo histórico que conhecemos mais as feições da urgência do hoje, do agora.
O que significa então recrudescer relativamente às normas penais? Voltar no tempo, dirão todos aqueles, que tiveram o interesse em observar acuradamente a história da nossa sociedade, percorrida neste caminho. Tais agravantes penais já constituíram desde 1830 nosso código até às bordas da nossa recente e ressentida democracia, sendo que suas providências são justamente o que ainda se faz necessário combater.
Então que ao menos se acautelem das indumentárias adequadas, chapéus, bengalas e relógio de bolso sacados daí por correntinhas, para se adequarem ao tempo de suas astucias.

imploda esta ideia.

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