12 de nov. de 2012

Avaliação Escolar. Além do senso comum. Tentativa de

imagem do blog http://debora-marques-pedagogia.blogspot.com.br/p/volume-ii.html
anotações da aula do prof. Nilson José Machado.

Avaliação Escolar. Além do senso comum. Tentativa de.



Você notará rapidamente que há mais perguntas que respostas. 

Qual o significado da avaliação.
Oscila entre: Avaliação como Medida E Avaliação como Valor?
Desde o SAEB 1990 se tornou um furor

Em que medida a avaliação é medida? E em que medida não é uma medida, uma vez que deve ser mais que quantidade mensurável.

O que avaliar? Se um professor de matemática, avalia matemática, diante de uma prova não encontra acertos, o que significa zero? Se sabemos que detrás das equações não resolvidas há uma pessoa, o que significa uma pessoa zero?

Avaliar conteúdo ou avaliar competência? Esta discussão começou na França, no Brasil começa em 1998!
Mas, não é um dilema.
Avaliação e planejamento andam juntos. Avaliação e Planejamento são os dois lados da mesma coisa. Ao mesmo tempo planejamento implica em projeto. Há que avaliar cada etapa. Porque sem realizar as etapas intermediárias de um projeto não se pode ir em frente.

Se o foco é nas pessoas! Como avaliar? Qual o âmbito? Reduzir uma pessoa a única dimensão – uma nota – , é a maior violência que se pode praticar contra ela. No entanto a avaliação é exigida!
Mas é preciso um espectro de instrumentos avaliativos.
Nem a prova mais maravilhosa do mundo, como instrumento, pode avaliar uma pessoa.
No entanto estamos sendo avaliados.
Quem está nos avaliando? Intra escolar e extra escolar? De onde vem a legitimidade de uma avaliação externa? Avaliar o quê? Respeito à diversidade! O que me propus a fazer? E o que faço! Se isso, muito que bem, e se não? O que dizer do que vem padronizar nossas atitudes, nivelar, e dizer o que devo fazer?

Significado da Avaliação.

É frequente, desde 1904. Via testes de inteligencia de Alfred Binet.
A insistência na Medida de Inteligência de Conhecimento.
Mas para Medir: é necessário uma grandeza e um padrão! Altura se mede com a grandeza, por exemplo, metros, e o metro é um padrão.
O conhecimento é uma grandeza? Não, o conhecimento é um tecido de significados. Quem tem mais conhecimento Aristóteles ou um cientista moderno? Se aquele pensava em categorias, cenários, e sabia de tudo. O cenário de hoje completamente diferente, é a especialização e sabe-se muito de quase nada.
Não se aprende acumulando. O processo de aprendizagem não é de mera acumulação, há que se esquecer de certos conceitos, inclusive, a medida que se avança.
Mesmo se, se acorda na grandeza a ser usada, a pergunta é: qual é o padrão?
Exemplo: se uma prova de português é divida em gramática 4 pontos e redação 6 pontos!
Soma-se as duas? Mas são coisas diferentes? É o mesmo que somar massa em kg com altura em metros. O que pode-se dizer é que 'É normal', mas acaba nesse momento com qualquer padrão.

Por exemplo, se numa prova, somente uma das questões vale 2, por dificultosa. Um aluno pode tirar 7 e acertá-la. Outro tem nota 8 e não a acertou. Qual o melhor aluno? Impossível saber, porque o padrão foi rompido com a questão diferenciada. Mas é normal, por impossibilidade, de padronização. Não há medida. Mas se mede.

Atualmente se pensa em teorias da medida: Teoria da Resposta ao Item. TRI. Como no ENEM. Há três parâmetros que definem uma questão: 1 Acerto casual. 2 Grau de dificuldade. 3 Cada questão é uma fórmula, um índice de discriminação. É uma medida, Sofisticada, com os pés de barro. Porque nenhum instrumento é capaz de determinar, mostrar sobre uma pessoa, dizer o que ela é.

Se a avaliação não se basta na medida, como avaliar?
Julgar valor!
Uma solução é pelo Indício.

IDH é puro indício. É um pormenor que indica o “pormaior”. algo relevante. É indício. Ninguém em sã consciência pensará que um pais que tenha IDH o dobro de outro, que aquele terá a vida duas vezes melhor que este.

Outra possibilidade.
Carlo Ginzburg.

Mitos, emblemas e sinais.
Utilizando-se de Freud, Sherlock Holmes, o critico de arte Morelli, Carlo Ginzburg o método do saber pelo indício. O Pormenor Revelador. Tudo aquilo que normalmente o 'avaliador' julga; ah é muito 'subjetivo'!
Historiciza pelo indício, coisas sutis, reveladoras de grandes coisas.
Classificador de obras de arte distingue o Original da Cópia, do Plágio. O plagiador se perde no pormenor. MichelAngelo, uma de suas maestrias era pintar o lóbulo da orelha.
Psicanalista. Freud. Não dirá ao paciente: Me diga objetivamente o seu problema. Porque se ele disser ele não tem problema. Abordará de modo sutil.
Sherlock Holmes. Tira conclusões a partir de coisas sutis. Atenção ao pormenor. 

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