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Avaliação Escolar. Além do senso comum. Tentativa de.
Você notará
rapidamente que há mais perguntas que respostas.
Qual o significado da
avaliação.
Oscila entre: Avaliação
como Medida E Avaliação como Valor?
Desde
o SAEB 1990 se tornou um furor
Em que medida a
avaliação é medida? E em que
medida não é uma medida, uma vez que deve ser mais que quantidade
mensurável.
O
que avaliar? Se um professor de matemática, avalia matemática,
diante de uma prova não encontra acertos, o que significa zero? Se
sabemos que detrás das equações não resolvidas há uma pessoa, o
que significa uma pessoa zero?
Avaliar
conteúdo ou avaliar competência? Esta discussão começou na
França, no Brasil começa em 1998!
Mas,
não é um dilema.
Avaliação
e planejamento andam juntos. Avaliação e Planejamento são os dois
lados da mesma coisa. Ao mesmo tempo planejamento implica em
projeto. Há que avaliar cada etapa. Porque sem realizar as etapas
intermediárias de um projeto não se pode ir em frente.
Se
o foco é nas pessoas! Como avaliar? Qual o âmbito? Reduzir uma
pessoa a única dimensão – uma nota – , é a maior violência
que se pode praticar contra ela. No entanto a avaliação é exigida!
Mas é preciso um
espectro de instrumentos avaliativos.
Nem a prova mais
maravilhosa do mundo, como instrumento, pode avaliar uma pessoa.
No entanto estamos
sendo avaliados.
Quem está nos
avaliando? Intra escolar e extra
escolar? De onde vem a legitimidade de uma avaliação externa?
Avaliar o quê? Respeito à diversidade! O que me propus a fazer? E o
que faço! Se isso, muito que bem, e se não? O que dizer do que
vem padronizar nossas atitudes, nivelar, e dizer o que devo fazer?
Significado
da Avaliação.
É
frequente, desde 1904. Via testes de inteligencia de Alfred Binet.
A
insistência na Medida de Inteligência de Conhecimento.
Mas
para Medir: é necessário uma grandeza e um padrão! Altura se mede
com a grandeza, por exemplo, metros, e o metro é um padrão.
O
conhecimento é uma grandeza? Não, o conhecimento é um tecido de
significados. Quem tem mais conhecimento Aristóteles ou um cientista
moderno? Se aquele pensava em categorias, cenários, e sabia de tudo.
O cenário de hoje completamente diferente, é a especialização e
sabe-se muito de quase nada.
Não
se aprende acumulando. O processo de aprendizagem não é de mera
acumulação, há que se esquecer de certos conceitos, inclusive, a
medida que se avança.
Mesmo
se, se acorda na grandeza a ser usada, a pergunta é: qual é o
padrão?
Exemplo:
se uma prova de português é divida em gramática 4 pontos e redação
6 pontos!
Soma-se
as duas? Mas são coisas diferentes? É o mesmo que somar massa em kg
com altura em metros. O que pode-se dizer é que 'É normal', mas
acaba nesse momento com qualquer padrão.
Por
exemplo, se numa prova, somente uma das questões vale 2, por
dificultosa. Um aluno pode tirar 7 e acertá-la. Outro tem nota 8 e
não a acertou. Qual o melhor aluno? Impossível saber, porque o
padrão foi rompido com a questão diferenciada. Mas é normal, por
impossibilidade, de padronização. Não há medida. Mas se mede.
Atualmente
se pensa em teorias da medida: Teoria da Resposta ao Item. TRI. Como
no ENEM. Há três parâmetros que definem uma questão: 1 Acerto
casual. 2 Grau de dificuldade. 3 Cada questão é uma fórmula, um
índice de discriminação. É uma medida, Sofisticada, com os pés
de barro. Porque nenhum instrumento é capaz de determinar, mostrar
sobre uma pessoa, dizer o que ela é.
Se
a avaliação não se basta na medida, como avaliar?
Julgar
valor!
Uma
solução é pelo Indício.
IDH
é puro indício. É um pormenor que indica o “pormaior”. algo
relevante. É indício. Ninguém em sã consciência pensará que
um pais que tenha IDH o dobro de outro, que aquele terá a vida duas
vezes melhor que este.
Outra
possibilidade.
Carlo
Ginzburg.
Mitos,
emblemas e sinais.
Utilizando-se
de Freud, Sherlock Holmes, o critico de arte Morelli, Carlo Ginzburg
o método do saber pelo indício. O Pormenor Revelador. Tudo aquilo
que normalmente o 'avaliador' julga; ah é muito 'subjetivo'!
Historiciza
pelo indício, coisas sutis, reveladoras de grandes coisas.
Classificador
de obras de arte distingue o Original da Cópia, do Plágio. O
plagiador se perde no pormenor. MichelAngelo, uma de suas maestrias
era pintar o lóbulo da orelha.
Psicanalista.
Freud. Não dirá ao paciente: Me diga objetivamente o seu problema.
Porque se ele disser ele não tem problema. Abordará de modo sutil.
Sherlock
Holmes. Tira conclusões a partir de coisas sutis. Atenção ao
pormenor.
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