Eu prefiro sangue no
'zóio' e coração peludo a olhar e ser olhado qual cão sem dono,
como quem de dentro da animalidade, quer dizer, que a vida é
coisa inútil, mais ainda, inglória. Ora, ora, ora! Se queremos paz.
Há que se partir para o entendimento, e para tanto não posso me
furtar a discussão de cada desarranjo meu ou do outro. Defender com
clareza, até com fúria, se de fúria se tratar. De matreiro olhar
de cachorro sem dono, já fui mordido algumas vezes, demorei a
aprender, mas nunca mordi, não sem antes ensinar os dentes, rosnar
ou mesmo latir. Verbos para cães e não gente nesta inversão
fabular. Temo os olhos caídos, porque fazem com que abrandemos o
coração, portanto direis; mas digo, não tem nada a ver com o
coração, é a guarda que baixa, e não vigilantes: nhac!
No dia 'da mulher' –
não me detive a discutir seu caráter contraditório, um dia
especial, porque levaria a vida toda, não um dia – pois naquele
dia o mundo se fez cor de rosa, alem de colorido, florido; em tudo
quanto li, muitas homenagens, algumas picardias, como uma moça que
comparava mulheres flores naturais com mulheres flores de plástico,
mas aquilo era guerrinha interna, que sem mergulhar, bastava um
escafandro, e se veria a nebulosa de veneno.
Não sou besta, loei,
mecanicamente, aliás como todos, isso é um arquétipo
comportamental, sei o nome da figura, mas nem sequer isso direi. Fico
imaginando, se faço um texto com um mínimo de questionamento,
toda essa gente afaimada sairia atrás de mim, como um exército
brancaleônico, faminto e esfarrapado. Digo o mundo está lindo. A
vida é bela. Irreparável. Se alguma reticencia... deixe pra lá, o
tempo cuida de tudo, entretanto tome calmantes, sorria amarelo ou
mesmo abaixe o olhar, murche as orelhas. Como dizia um louco de viola
em punho, numa véspera de ano novo em Picinguaba: Tá ruim pá mim\
tá ruim pá ti\ vou fumar um...
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