14 de ago. de 2011

Lógica: o Paradoxo de Zenon. e Um conto zenoniano de Franz Kafka. como tudo em Kafka.

Paradoxo de Zenão.
Paradosso di Zenone.


Le gambe di Achille.

Aquiles e a tartaruga.
Escola de Elea. Escola Eleática.
Esta é a escola de Parmênides, cuja filosofia se baseava em: Existe o ser o não o porvir, o devenir.
Pois o porvir o devenir era a filosofia de Heráclito. Para Parmênides tudo era o ser e estático. Nada se move. E isto que nós pensamos que seja o movimento, é uma ilusão.
Zenon foi amante de Parmênides além de aluno e discípulo.

Zenão V antes de cristo.
Inventou o argumento na forma de paradoxo. Historinha com uma moral.
Parecendo verdadeiro acaba por ser falso.

Mas vamos lá:
Zenon diz:
--- Não se pode partir. (non si può partire)
ou seja. Para irmos a São Paulo, temos antes que ir a Campinas. Mas para irmos a Campinas temos antes que ir a Pirassununga. E para irmos a Pirassununga antes temos que ir a Santa Rosa de Viterbo e para irmos a Santa Rosa de Viterbo temos antes que ir a São Simão, mas para irmos a São Simão antes temos de ir a Cravinhos, e se para irmos a Cravinhos antes teremos de ir a Bonfim Paulista. Mas para irmos a Bonfim Paulista devemos ir à Nove de Julho, e antes à Lafayete, e antes a Américo, e antes a São Sebastião e ainda antes à General Osório e antes à metade da praça XV, e antes a metade da metade e antes temos que dar um passo, mas antes desse passo, meio passo, um quarto de passo, um oitavo, um dezesseis avos … não se pode partir.

Tudo isso baseado nesse regresso ao infinito.

Segundo paradoxo.

--- não se pode estar em viagem. ( non si può essere in viaggio)

famoso paradoxo da flecha.
Em qualquer momento que olharmos, fotografarmos, a flecha ela se mostrará parada. Ferma.
Ou seja. Se o movimento é feito de infinitos momentos do objeto em repouso.
Ou seja o cinematógrafo é a encarnação do paradoxo de Zenon. Assim para Parmênides e Zenon. Não há movimento.

Terceiro paradoxo é uma derivação do primeiro.

--- não se pode chegar, arribar. Se não se pode partir como se poderá chegar.

PROBLEMAS.

Física. Divisibilidade do espaço ao infinito. Matematicamente é verdadeiro.
Lógica. O regresso ao infinito.

SOLUÇÕES.
Refutação do infinito.
Não é possível repetir infinitamente os argumentos.
O espaço não pode dividir o espaço infinitamente.

metamorfoses do paradoxo de Zenon.
Chuang Tzu. IV a.C. Taoista.

Dimezzare un bastone. Cortar à metade infinitamente.

Ceticismo.
Pirrone IV a.C.
Agrippa I d.C.
Sexto Empírico II d.C. Lógica estoica.

Problema.
Nada se pode provar. Niente si può provare.
Nada se pode definir. Niente si può definire.

As demonstrações se basam sobre hipóteses. Pergunta-se por qual motivo se deve aceitar a hipotese.
Ou seja, deve-se demonstrar uma hipóteses após outra ao infinito.
Assim que não se pode provar.
Che cose è l´amore?
A resposta será sempre uma definição que dirá o amor é … qualquer coisa. E assim deveremos definir o que é qualquer coisa e assim por diante, i cose via. I non se arriba a la fine.

Soluzioni. Soluções.

Axioma.
O retorno ao infinito deve parar em um determinado momento. E esta coisa que aceitamos sem razonamentos é um axioma.
Este foi o trabalho de Euclides estabelecer o ponto de partida.

Noção primitiva. Muitos conceitos devem chegar a um ponto que não se definem são as noções primitivas.

TEOLOGIA.
XIV d.C.

Aristoteles.
Avicenna.
Tomas de Aquino.

A escolástica. Teologia racional.

A existência de Deus. Nozioni di Dio.

Ente necessário.
Ente perfeito.
Motor primeiro.
Causa primeira.
Fim último.
Tomás de Aquino. São argumentos basados na refutação do regresso ao infinito.
Gregorio de San Vinzenzo. (XVII)
descobre a solução do paradoxo.

1\2 + 1\4+1\8+...1\n= 1.

assim uma historinha aparentemente nula continha uma pérola escondida que deu origem inclusive a física moderna.
Uma soma infinita de números dando como resultado um número finito.

Laurence Sterne.
Tristam Shandy.
1760; non si può scrivere la própria autobiografia.
Um uso paradoxal do paradoxo. Perfeitamente inglês. Rsrsrs.

Lewis Carrol.

Ciò che la tartaruga disse ad Achile. 1895.
non si può ragionare. Pois precisamos saber como se usam as regras do razonamento. E as meta regras i cose via.
Quando Aquiles alcançou a tartaruga, dois mil anos depois ambos estavam cansados, pararam a beira do caminho e começaram a conversar, e a tartaruga disse a Aquiles: assim como ele não poderia jamais ultrapassá-la não se poderia arrazoar.

Joshua Royce.
Um mapa da Inglaterra, teria de ter um mapa do mapa e um mapa do mapa e cose via.
É o teorema do ponto fixo. Com uma particularidade especial. Este ponto esta coincidentemente no no mesmo lugar ao mesmo tempo, no mapa e na Inglaterra.

Franz Kafka.

Il messaggio dell´imperatore. 1917.

os personagens estão sempre diante de uma infinidade de obstáculos. O passar por um
é se aproximar do próximo ad infinito.
Em particular.
O imperador - assim se conta -  há enviado a ti... seguiremos em italiano.


Un messaggio dell’imperatore
     L’imperatore – così si dice – ha inviato a te, al singolo, all’umilissimo suddito, alla minuscola ombra sperduta nel più remoto cantuccio di fronte al sole imperiale, proprio a te l’imperatore ha mandato un messaggio dal suo letto di morte. Ha fatto inginocchiare il messaggero accanto al letto e gli ha bisbigliato il messaggio nell’orecchio; tanto gli stavi a cuore che s’è fatto ripetere, sempre all’orecchio, il messaggio.
    Con un cenno del capo ne ha confermato l’esattezza. E dinanzi a tutti coloro che erano accorsi per assistere al suo trapasso: tutte le pareti che ingombrano sono abbattute e sulle scalinate che si ergono in larghezza stanno in cerchio i grandi dell’impero; dinanzi a tutti questi ha congedato il messaggero. Il messaggero s’è messo subito in cammino; un uomo robusto, instancabile; stendendo a volte un braccio, a volte  l’altro fende la moltitudine; se incontra resistenza indica il petto, dove c’è il segno del sole; egli avanza facilmente come nessun altro. Ma la moltitudine è enorme; le sue abitazioni non finiscono mai. Come volerebbe se potesse arrivare in aperta campagna e presto udresti il meraviglioso bussare dei suoi pugni al tuo uscio. Invece si affatica quasi senza scopo; si dibatte ancora lungo gli appartamenti del palazzo interno; non
li supererà mai, e se anche ci riuscisse nulla sarebbe ancora raggiunto; dovrebbe lottare per scendere scale, e se anche ci riuscisse nulla sarebbe ancora raggiunto; bisognerebbe attraversare i cortili, e dopo i cortili il secondo palazzo che racchiude il primo; altre scale, altri cortili; e un altro palazzo, e così via per millenni; e se riuscisse infine a sbucare fuori dal portone più esterno – però questo non potrà verificarsi mai
e poi mai – si troverebbe ancora davanti la capitale, il centro del mondo, ricoperta da tutti i suoi rifiuti. Nessuno può uscirne fuori e tanto meno col messa




Jorge Luis Borges.
Metempsicosi della tartaruga. 1941;
la morte e la bussola.
Um assasino, um detetive, o próximo crime, até que o próximo morto será o detetive.

Maurits Escher.
Sempre più piccolo.


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