É impossível,
desumano e reputo de estupidez abissal se colocar contra os
autóctones. Todavia devemos sair dessa coisiquinha bonitinha de
palavras ao vento. Tais como as de que: Eles são os brasileiros
verdadeiros. Eles são ou foram as civilizações guaranis,
tupinambás, tapuias, aimorés, tupis etc que perderam a guerra para
a civilização do homem branco. E guerra no sentido lato e
civilização no sentido estrito.
Hoje, para eles o que
está em jogo é a propriedade – o que restou dela – e o modo de
vida deles – o que restou dele –. Em ambos os casos tudo anda muito rarefeito, e a nossa civilização - lato senso - quer o que resta.
Sendo, a posse da terra – aqui do lado de fora das aldeias, no mundo capitalista, esse que circunda todas as terras indígenas e não indígenas - nada mais que apossar-se de terra ou de qualquer propriedade alheia, e é o modo mais simples existente para se passar do capital zero a
sujeito de posses – é nada mais nem menos que roubo. Como já
disse um monte de vezes, que o Vicente Golfeto disse outro tanto de
vezes: – todos somos repetitivos – no ladrão está a gênesis o
catalizador do capitalista e do acúmulo de capital e ambas as coisas
querem dizer o mesmo ( capitalismo), isso não acontece com os
comunistas, que pensam de outra forma, dizem que pensam, mas os comunistas não existem, tampouco o comunismo, somente dentro das aldeias, quiçá. O tal do cogito ergo sum, não serve para a relação de posse e de produção material de vida, nisso a coisa tem que ser material, não basta sonhar ou pensar em ter, tem que ter.
Ocorre, porém, ser o
silvícola, individual ou tribal, ser tutelado pelo estado. Como
autóctone não têm o certificado, carteirinha de cidadão. Quer-se
dizer com isso, entre tantas outras, que não têm capacidade de
posse da terra, não no sentido capitalista da coisa, com direito a
vender, trocar etc. Têm-na para usufruir, um quinhão isolado, mas
esse isolamento é imperfeito. As fronteiras são abertas. Exige-se cuidados excessivos ao Estado, falta Estado, sobra deveres ao Estado
e sobra direitos ao cidadão...
Muitas vezes, os
caramurus, são seduzidos por colares de contas, falsos brilhantes ( o primeiro me
chegou, como quem chega do … trouxe um...) inclusivamente vindos do
exterior, lembrem do espinho.
A igreja católica apostólica romana de Ribeirão Preto, naquele antão, se
apossou das terras do quadrilátero das avenidas e cobra laudemio até hoje,
essas terras eram, também, daqueles ou de outros índios –.
O posseiro quer a terra, quer tomar
posse, capitalizar. Existem muitas técnicas, dizem que umas humanas outras
desumanas. Para mim ou são todas humanas, se
cometidas por humanos?
A
pergunta séria nesse âmbito é:
Os índios devem permanecer
isolados, ou deve-se levar a cabo o processo de desnaturalização,
aculturamento que lhes temos impostos de 1500?
Ou ainda,
seremos quem decidirá essas e outras por eles?
Poderíamos
devolver-lhes um tanto de terra, e que nessa terra criem seu estado
livre. Pode que em pouco tempo estejam nas mãos do primeiro vendedor de
espelho, cachaça e gelo?
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