11 de abr. de 2013

Revanchismo?



Para se defenderem petistas atacam os julgadores! Mesmo que os julgadores tenham telhado de vidro a ação não invalida a primeira  ! Sim, esta de que tanto se  orgulham os lapidadores, ela surge do mesmo revanchismo que tanto anseiam por abjeto! Konsorten, se é troca-troca não se pode tirar o dito da reta, só por se tratar de imitação, cópia, enfim revanchismo, são os rotos rindo dos rasgados! Só não vejo aonde uns são mais indignos que os outros, talvez por não fazerem parte de uma congregação, mas os que não fazem parte de uma congregação, são congregados em outras. A única possibilidade de redenção é que todos os congregados sejam exibidos talqualmente são!
Car em outros tempos, aqui mesmo, Konsorten, dava-se um grito: tutti comunisti! ... e gaiola, calabouço, pau-de-arara etc. No entanto, aparentemente, ainda que haja no 'ar', tenuemente, mesmo, certo exórdio vindicativo de oldfashioned Regime, ainda assim, haverá, sim, juízos continuados, espero, justo? Qui sapit?  Agora, do mesmo modo, não os vejo com a mesma ferrenha prolação acusatória aos  picaretas do PT, quanto aos outros,  que usam gravata a mais tempo. Talvez pela gravata! Quem sabe? O Vocabulário?  Afinal roubo não é furto, e este nem é tão só desvio! Ou só os desvios de conduta ( eufônico, melodioso não?)  e arroubos do PT devem ser escrachados? Penso que a Moralidade tão clamada, não deva ser partidária. Quem pensa contrariamente, minimo é dizê-lo: " que a justiça seja usada somente contra o PT ". Se dito, e dependendo do tom, eu que não sou tolo, calo, mas não dirão, tenho certeza, talvez a única.
Outrossim, se dá com Feliciano que diz a palavra errada, melhor diz em público o inconfessável, e "todos" se tornaram defensores dos DH, quando a ogeriza é religiosa. Então viva os Direitos Humanos?
Sim, mas...   e quanto aos tópicos!?
Nos tópicos? Que se penalize crianças... impossibilite a solidariedade... castrem os pobres... expulsem migrantes... acabem com o crédito para que não inundem as avenidas com seus carros velhos (ambíguo)... impeça a Comissão da Verdade... fim do politicamente correto  para tão só o grande humorista poder gritar "Negro de merda..."

7 de abr. de 2013

Diário dos Sonhos.


Comecei a contar a Joana, com riqueza de detalhes, um sonho que havia tido na noite anterior, um sonho trepidante, mais olímpico que edípico, cheio de saltos a obstáculos, mas ela, depois de me ouvir até o final, cortesmente creio, me disse: “Eu não dou nenhuma importância aos sonhos”. Nunca me ocorreu atribuir aos sonhos alguma importância, ainda que tenha me entretetido com eles bom pedaço de vida, penso que algo intrigante eles têm. Mas é evidente que se pode viver sem os recordar, sem os conceder valor; do mesmo modo que podendo se dar ao luxo de comer bem, tão só comer para subsistir.
Isto há um mês, creio, e muito talvez pelo menosprezo de Joana para com eles, decidia escrevê-los em um blog, como se fosse o diário dos sonhos. E então acordado sonhei em sonhar um sonho por noite e depois de dez anos teria escrito mais de três mil sonhos; não sabia que não recordaria em tanto tempo de um sonho para ser o primeiro, se nas semanas anteriores os tivera, coloridos e demorados, onde Hubert Hubert protagonizava. E para não ser desonesto, não escrevi aquele que contei a ela, e o diário dos sonhos segue à espera.

2 de abr. de 2013

Devido Processo Legal.



No incerto ano de mil novecentos e setenta e cinco, o primeiro ano do colegial, a turma “A” da manhã do Otoniel Mota, era frequentado pelo crème de la crème da cidade. Alcides Benevides se classificou em vigésimo quinto lugar no concurso “vestibulinho”, alem disso era socioeconomicamente o ponto fora desta reta de 35 alunos. Além do primeiro “A” havia o “B”, “C” e talvez “D”, Alcides não se recorda. Pobre, que era, ganhava uma subvenção da APM em fichas para a merenda da hora do recreio, um salgadinho e um refrigerante na cantina. Uma ficha para o sólido e outra para o líquido para cada dia letivo, recebidas ao primeiro dia de aula de cada mês.
Todos seus colegas eram sócios da Recra, e o boa praça que era se fez frequentar o clube de quando em quando, sempre convidado por um colega diferente. O Professor de educação física ainda lhe fez livre o acesso para os treinos de cem metros rasos, pois no classificatório fizera a marca de treze segundos. Cria com isso, que chegaria aos onze, mas professor Sareta o desiludiu, e por si concluiu o mesmo,  depois de um semestre treinando vistas postas nos jogos colegiais, e só baixara décimos, 12,60s.
Dentre todos os colegas um se tornou mais próximo, o filho de um 'dono de gráfica'. ( estranho que não exista um substantivo simples para tanto dono de gráfica, há o gráfico, mas se refere ao técnico que trabalha em).
Incerta também a feita, o filho do dono da gráfica foi sem dinheiro à escola. Desapercebido. Alcides lhe emprestou um par de fichas para a hora do recreio, depois noutro dia e mais um. No quinto dia, alem daquelas que o filho do dono da gráfica usou para comer uma coxinha e um guaraná antártica, levou ainda para casa outro par, "na segunda trago, e em dinheiro!".
Conforme o prometido, na segunda-feira o filho do dono da gráfica lhe devolveu em dinheiro o dinheiro referente a todas as fichas, perfez. Sempre houve fila para comprar fichas, qual Alcides não usava, porque suas fichas as recebia na secretaria. Suas fichas eram iguais às compradas. Ocorre que naquele dia não havia fila para comprar, só a fila para retirar  os quitutes no balcão. A cantineira parecia enlouquecida e junto com seu marido passaram a desconfiar de algo. Tanta gente a comer e poucos a comprar.  E caminhavam junto à fila. Desconfiavam.  Conheciam a todos e a seus pais. Famigerados. No entanto lhes faltava caráter, se todos ali tinham sobrenomes, que ainda ressoam pela cidade,  nomes de ruas, de universidades, enfim, medraram, mas de repente se depararam com Alcides, Benevides, nem parentes importantes tinha. Só um tio-avô na capital, casado com uma Ucraniana, mujique fugida dos bolcheviques. A Alcides, desditoso, correram-no pelo braço e sem esforço o botaram à frente do diretor. O professor Décio Setti antes, no corredor, os interpelara, “mas o que fez este Alcides, Senhora Cantineira? “Professor Décio, ele está com fichas falsas!”. Hipermetrope arregalava seus imensos olhos por detrás das grossas lentes.  De nada adiantara  ótimas notas em Física. Ali diante do diretor que não sabia de sua bolsa de recreio oferecida pela APM, não teve tempo para raciocinar, explicar-se, e ao esvaziarem lhe o bolso, um par de fichas e um bolinho de dinheiro foi posto sobre a mesa, “tá vendo!” “dinheiro!” gritava a senhora Cantineira, “dinheiro!”. Expulso. Sim expulso. Já havia batido o sinal, recebeu ordem para retirar  seu material na sala de aula e ir para casa, e só voltar no dia seguinte com os pais. Os olhos de Roseli eram duas gotas brilhantes. Mel. Sendo no pátio vazio, desembestou para o banheiro e desaguou em prantos. Por ouvir seus soluços, o servente, seu S, ouviu também sua história.

24 de mar. de 2013

Democracia transparente.



Na democracia, a transparência total de quem exerce o poder, é insuportável. É paralisante, inda mais sendo o olhar o de furibundo fariseu, aleijão da moralidade. É o mesmo que se dá ao saber a receita da salsicha, nojo. Não se quer dizer com isso que não se deva aplacar a fúria gananciosa dos corruptos. Para este inconveniente, deve-se ter sistemas a impedi-los, e se infrutífero o impedimento, puni-los.
A democracia não avança se vamos ao encalce dos corruptos, porque corrupção é peça caracterizadora de nossa humanidade, senão que seriamos deuses e deusas. E mesmo os deuses gregos eram praticantes desta arte sedutora.
Dizem que por termos sidos fundados por pais e país católicos, não nos permitimos o direito ao enriquecimento, coisa bem contrária ao pensamento dos puritanos fundadores dos EUA. Dizem-nos ainda que dinheiro é pecaminoso, isso em meio ao capitalismo mais selvagem, ideologia diferente da dos herdeiros do puritanismo. Mas o puritanismo não é assim tão simples, pois incentivava certa solidariedade, porque somente assim se alcançava a graça divina. A única certeza que tinham era a de que sendo bem sucedidos na terra e ao mesmo tempo contribuído para o bem da comunidade, seriam merecedores do reino de Javé. Por estas bandas, pensamos que o sucesso está estreitamente ligado a vícios. Não creio que seja cabal tal argumentação, mas é sustentável dentro de estreitos limites.
O poder ainda é dos poderosos, e o todo-poderoso é o Capital. Houve um tempo em que dominava a força bruta, hoje ela foi – não completamente – abandonada em nome da sedução, da compra descarada, da pressão de todo tipo, mas principalmente o dinheiro.
Há muito que ao parlamento norte-americano rondam os lobistas. Onde tem lobista tem carniça. Lobista é defensor de interesses nem tão-só particulares, mas também ligados a uma faixa estreita de interessados. Assim, o lobby das tabaqueiras existe e trabalha e tenta influenciar e influencia os deputados. Faz agrados, em suma aos deputados e joga para a plateia com ciência de segunda linha, a confrontar meias verdades. Isso lá não é considerado corrupção. Aqui é? É em termos, (não pensava em usar este sintagma, enfim também me corrompo às imagens fáceis), em termos porque a corrupção pode estar a ser cometida e não sabemos, ou sabe-se, mas não se quer publicar, por interesse, (isto lá não é corrupção, aqui, também não, porque quem determina o que é e o que não é um pecado, é quem o investiga e o veicula, quem mostra, faz opinião, e faz isso, claro, que sob pressão de interesses mui particulares e distintos dos meus, por exemplo ).
Quando FHC aprovou uma emenda constitucional para criar o Instituto da Reeleição, só pode fazê-la exercendo um lobby, se comprou ou não deputados é de somenos importância, porque o importante da questão é a exorbitância de poder em favor próprio ou de alguns, no caso próprio. A reeleição foi levada aos meios de comunicação de massa para uma discussão de 'sou contra' e 'sou favorável', quando a discussão deveria ter sido: é legitimo ou ilegitimo – comprado ou não os votos necessários e suficientes – e é obvio e ululante que é ilegitima a mudança da constituição para se perpetrar no poder ainda que por meros outros quatro anos. A mesma direita gritou e achincalhou Chávez por ter aprovado mudanças na constituição venezuelana de mesmo timbre e teor. E por estas bandas Chávez é execrado por um determinado pensamento, e FHCFHC não o é, não o foi.
A mídia nacional, mesmo no caso do Instituto da Reeleição, trata de FHC como um estadista se tratasse, e a Hugo Chávez como sendo caudilho, a priori.
Sei lá que interesses a grande mídia tem em desqualificar Hugo Chávez, mas sei o que é esquizofrenia, e para esta baboseira que escrevo é suficiente, porque não pretendo defender posições partidárias paralisantes, e como a transparência dos governos tem sido cobrada mundo afora, e mundo afora poucos governos têm permanecidos imaculados, como é o caso da Espanha (PP de Rajoy Barcenas), Portugal, Itália e França\Sarkozy, faz-se necessário uma discussão mais profunda, a pena de cairmos em mãos ditatoriais. E no meio de todo estes discursos mediáticos está subliminarmente incrustado um quero mas não quero, ou bem-me-quer malmequer a ditadura. Por quê? Porque a 'direita', os super-hiper-neoliberais, não têm coragem de dizer com todos os pingos nos is o que de fato pensam sobre a coisa, seja sobre a homossexualidade e todas suas carências e lutas, o negro, o índio e o pobre.
Por isso quando aparece um Feliciano, todos pensam que ele caiu do céu, não não caiu do céu, porque ele representa toda esta gente: não só os religiosos embusteiros, mas a seculosa, toda a direita reacionária – latifundiários, CBF, empreiteiras – que são a maioria no congresso, porque isso também tem dentro da esquerda rançosa, sendo no congresso uma minoria progressivista, gatos pingados aqui e acolá.
Já os grandes conglomerados, como a Rede Globo, pensam estas ''diferenças'' desde o ponto de vista do consumo, nichos de mercado, como tendências de uma época, as quais tenta adaptar o layout para tirar proveito financeiro.
Neste ponto o capitalismo – O Capital – atropela os interesses conservadores reacionários, porque o Capital não quer saber se a mula é manca, quer rosetar.
Assim enquanto recebo ofensas diárias, partindo muitas vezes de amigos, porque muitos deles insistem em purificar o Subaé, toda a realidade continua encoberta por esses epifonemas falso moralistas.

22 de mar. de 2013

O governo Alckmin não lói um léi.

miçangas.



Não vou falar do caso Alston e a offshore MCA Uruguay, não é o que me importa, porque se entrar neste lamaçal sem correntes nos pneus e um 4x4 é só derrapagem e patinação em falso. Mas não podemos esquecer os massacres perpetrados por este senhor, mas não convém enumerá-los, por fastio. Alias, o fastio é seu fastígio.
Devo me ater ao governo enquanto administrador da famosa locomotiva do país; mesmo porque o governo PSDB\Alckmin vem coroar período dilatado de poder exercido pelo PSDB, que estivéssemos em épocas faraônicas o dito seria digno de piramide e mumificação. Mumificado está, me parece, o triste é que permanecerá. Todos aqueles verbos que nos ensinaram a decorar: ser, estar, permanecer e ficar, posso usar para descrever período estagnado, pântano de ideias e assim estão e são e permanecem e ficam e tanto ficam, permanecem e são e não se ligam que é perigoso transformarem a gramática, porém o Estado de São Paulo, não o jornalão, a geografia mesmo, não se transforma, não lói um léi e fica ao léu.
A pasmaceira é tão densa que se fosse nuvem choveria, mas não chove, resta-nos o mormaço sufocante, sem direito ao brilho do sol. No entanto a minha resignação é tamanha, que me dava por feliz, se tudo permanecesse, ficasse como era, estava; no entanto alguns setores para ser bondoso a algum suposto leitor, já que não se gasta papel em ser prolixo nesta mídia, retomo, alguns setores como a educação só faz em deteriorar. Este é o grande verbo de movimento do governo Alckmin\PSDB: deteriorar. A educação não faz sentido, aliás, deveria buscar outra palavra para designar a abandonação escolar. O professor Nilson José Machado da USP SP ministra aulas interessantíssimas – gosto tanto que repito mais vezes das que vi Era Uma Vez na América – sobre o tema, o problema é que ele é grande apoiador do projeto PSDB para educação, e a educação paulista é o que é, filosoficamente é fantástico, na realidade deteriorou, caiu no poço, e o poço não tem fundo, ao contrário dos que pensam que há um porão no poço, não são contíguos e a queda é livre e abissal. Outras aulas podem ser assistidas, como as do professor José Álvaro – que já teve seu periplo por secretarias – e também suporta eufêmico projeto, aliás sempre revisto. Sem novamente entrar no mérito da necessidade e do montante gasto para tanta mudança sem conseguir um sinal para mudar o destino, que é sempre o desatre.
Há uma verdade: a falta de dinheiro. E para a falta de arrecadação, pois a oligarquia paulista é desonerada, os gênios do PSDB engenharam – sim engenho é coisa de gênio – a Nota Fiscal Paulista. Para não dizer um palavrão, grito: Nauber Rosco Tâner. Sim com diacrítico paroxítona terminada em 'r' entre outras.
Se pudéssemos esquecer a educação, caso tivéssemos para mirar, um falso brilhante que fosse, a cultura, por exemplo, que diria da TV Cultura? Saúde? Infraestrutura? Temos ai metido o Aeroporto Leite Lopes, pois, nada.
É notório que não é verdade, mas se faz tanto este absolutamente nada, que chega-se a pensar que nem corrupção existe, tamanho a pusilanimidade do melifluo.
Aqui o capim cresce regular, é o enfeite do abandono, um desprezo desdenhado, casca de banana por toda parte mais ou menos isso disse Riobaldo.

19 de mar. de 2013

Suco fake is more.


santa ceia
Há muito li um Umberto Eco que ainda me faz eco. Nem vou lembrar o nome do livro, não faz falta alguma! Sendo de lá que sei que o american way of life prefere o fake bem localizado, que ter que desembarcar no deserto egípcio, ser acompanhado por guias pegajosos falando inglês de brimo, suportar sol escaldante para ver piramides, more and better é ver uma piramide deixando seu carro confortável com ar condicionado no estacionamento bem pertinho, ver uma piramide perfeita, não uma piramide mal conservada, assim como uma santa ceia, um davi, com toda uma corja de turistas a falar língua que não se entende, more. Esse é o ensinamento, more. Em tudo os estadunidenses se propõe a fazer more. Uma santa ceia more grande, more iluminada, more acondicionada, ainda podendo-se usufruir de um belo hot dog e uma coca cola.
davi fake
Não fomos longe, faz algum tempo tomei um suco de laranja, tirante o sabor a comprimidos – medicamentos – amassados e uma falsidade de sabor de laranja, ele era espesso, espesso como um suco de manga, tudo por obra de uma tal xantana. Xantana é um espessante tão poderoso que espessa um litro de água com menos de grama. Eu falei para a vendeira: se isso aqui for suco de laranja, sou o Noam Chomsky, ela disse é grosso, sim, senhor!
Na mesma época conheci Renato, um executivo de empresa ligada a área de alimentação. Uma empresa australiana fabricante de essências. Havia essência de um tudo. Mas o que mais me chamou a atenção foi a essência de guaraná. Sua empresa vendia para os grandes fabricantes do refrigerante guaraná. À época ganhei uma infinidade de amostras grátis de tais produtos, a que me fez vomitar foi a essência de bacon, nada mais abrir o frasco e socar quase dentro dele o naso, somente não só por ter uma napa de juca chaves.
Faça uma experiência. Numa dose de vodka gelada esprema umas gotas de limão e beba. Depois beba uma dose de smirnoff ice. Claro que não suja a faca, não fica cheiro dos óleos da casca de limão na sua mão, não suja a tábua de cortar coisas, mas tem cheiro de farmácia. É notório que se pode adaptar, acostumar com o sabor e o cheiro da coisa, mas é só isso, costume, odioso, mas costume igual a comer carne de cordeiro, buchada de bode etc.
ramon llull inventor do Afat
Pelo andar da carruagem algumas pessoas podem vir a passar mal ao provarem uma laranjada de laranja espremida, uma caipirinha feita com limãoTaiti.
No século passado os americanos do norte se enfadaram com os restaurantes chineses pelo excesso de glutamato de potássio, famoso ajinomoto, diziam que inchava-os, avermelhava-os; já por estas bandas do hemisfério há uma massa que não sabe comer sem; uma vez foi ao programa da Braga um churrasqueiro de Araçatuba, que tem o cupim assado como carro chefe e estrela da churrascaria, seu grande segredo era o Ajinomoto, que a Braga não disse o nome, porque a marca não quis fazer um acordindinho marqueteiro. Ela falou sim, e se negou a dizer anjinhomorto e disse glutamato. Assim vamos, outro exemplo é o shoyo, o molho de soja, vai na rabada, na galinhada, no frango com polenta e quiabo e glutamato.
Não sei se tudo isso é o que tem feito tanta gente engordar, nem tampouco sei se causa enfermidades, sei que desvirtua o paladar, porque o paladar é educável, como o olfato, a audição, o tato, a visão e o afat; que é o sentido que aprecia as palavras.


9 de mar. de 2013

Feliciano é representativo. Infelicianamente.




Este texto não é um trabalho cientifico, mas fruto de certa observação, um pouco de extrapolação – e isso é estatística corrente no nosso mundinho – e minha leviandade de fundo.
Quando visito os sites da “grande” mídia tenho por hábito ler os comentários que vêm obrigatoriamente abaixo. São sempre foco de minha curiosa atenção. Outra fonte são os comentários e memes totemísticos do FB. Depois a vida real, no trabalho, nos bares etc.



Dentro deste arcabouço, há dois anos tem sido difícil defender o bolsa família, o MST, A verdade da violência na ditadura que findou em 1988, o sistema de cotas, questão do aborto, os direitos dos homossexuais, os direitos humanos e qualquer sintagma em que esteja conformada a palavra 'social'. Levianamente diria que é mesmo um 'endireitamento' de nossa sociedade. Trocadilho usado pelo governo do Estado de São Paulo. É importante usar trocadilho – não tema usar, criar trocadilhos, ainda que algum crítico imbecil seja contrário – eles são poderosos.
Se poderia acrescentar algo numa definição da direita, mas muito pouco, então direita é isso.
Dificilmente veremos em discursos de direitistas sequer uma possibilidade de diálogo dentro do quadro descrito acima. 




Cada um por si e deus por todos, sim, mas qual deus? Do catolicismo secular ou da novíssima ordem religiosa. Para mim, tanto faz, todas essas igrejas, novas ou velhas são o que há de mais retrógrado que há na face da terra. E se houve um momento que algo melhor pudesse acontecer dentro do catolicismo, com a teologia da Libertação, suas vozes foram caladas no velho estilo ditatorial, quer esquerda ou direitista.
O modo mais ou menos idiota em que o pastor Feliciano se manifesta, encontra argumentos para discriminação racial, para exercer toda a sua fobia, não diferem profundamente dos argumentos da direita brasileira e igreja católica pensadoras. Duplo oximoro. É importante, como já disse antes, usar as figuras de linguagem.
Nada mais idiota que uma fumaça anunciar o novo papa. Nada mais idiota que as indumentárias da cúpula desta igreja, nada mais safado que uma sotaina. No entanto esses adereços carnavalescos são 'levados a sério' por grande parte da população mundial. Vira noticia o fato de o papa renunciante renunciar o anel, que ele, no seu tempo, restituiu desde o fundo da tradição mais torpe, desta igreja torpe, quando olhada desde suas catacumbas e de seu passado, seu presente e seu futuro.
Assim não há – qualitativamente – a menor diferença de ranhosismos entre o pastor e o papa, neste caso considere uma sinédoque, na dúvida, uma metonímia. Talvez seja de extrema crueldade o fato inequívoco de os afrodescendentes serem grande parte do rebanho do pastor. Mas não é diferente daquela dos seguidores ensandecidos dos iAlgo de Jobs.
Desta forma leviana e extrapoladora, por preguiça, concluo que não poderia haver dentro da sociedade brasileira outro presidente de comissão que não fosse de direita. Bom, se da bancada da igreja, se da bola, se dos latifundiários, se dos 'endireita' Brasil, não vem ao caso, e não faz a menor diferença, afinal no Brasil não há racismo, nem fobias, nem guetização, nem diferenças de ganhos significativos entre homens e mulheres, e é vox populi que todo aborto é um crime já que a ameba é uma vida...