3 de jan. de 2016

Cotas. Capitação.

Cotas.
Num bar em Guapé, falo com Tomé, tomando mé, nos entendemos. Antes do Feijão com Quiabo. Frango com quiabo… De Paula,  nos inspeciona,confunde Alforria com Euforria. Rimos sem derrisão. Tomé me diz que ali foi um dia um Quilombo, Guapé está a uns passos de Crustais, o primeiro Quilombo do Ambrósio, faziam uma Confederação, cada qual com sua especificidade, um produzia alimentos, outro vigiava… Eram negros que atingidos pela lei da Capitação ( cotas de impostos individuais )  - altíssimos - exclusivos para pretos forros, que compraram sua liberdade com diamantes. O imposto tinha o propósito de impedir que o negro prosperasse, como acontecia. Fugiam para os Quilombos, eram livres. Aí vinha o Bartolomeu, sempre o Bartolomeu, fosse qual fosse o sobrenome, sempre foi sinônimo de sangue, seja de índios,  negros ou pobres… um desses Bartolomeus encabeçou uma carnificina, de Desemboque a Campo Belo. Milhares de Quilombolas, 20mil? Ou mais. Esta página está arrancada do nosso livro de história. Então, Capitação, Cota de imposto para impedir o Negro de participar da livre concorrência, na busca por pedras preciosas.
Vamos almoçar? Feijão com Quiabo, antes, uma de alambique, depois? Igualmente. Uai! 

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