Não há fatos, há
interpretações. Mas se isso, a pergunta é: Onde está a verdade?
A verdade é uma imposição da vontade de poder, uma vez que a
vontade de poder quer conquistar tudo, quer inclusive a verdade.
Dessa maneira, e porque a verdade, que é interpretação do fato,
deve ser a verdade, que a vontade de poder deseja. Portanto a
vontade de poder elege a pauta das verdades. Assim no fim do dia
toda a cidade discutirá o que foi pautado pelo meio, cuja vontade de
poder é mais poderosa. Entretanto não basta que seja poderosa,
necessita crescer, além do já conquistado. Porque a simples
manutenção a levaria a ser conquistada por outra vontade de poder,
que não cessou. Desse modo quanto mais discutimos a pauta imposta,
mais poder delegamos à verdade da vontade de poder. Todavia, se
contrariamente elejo minha própria pauta, mais poderoso fico. Um
exemplo radical e absurdo seria, todos apagarem os televisores, ou
deixasse de ler jornais; ademais como, quase ninguém, lê livros e
por isso temos escritores tão pouco poderosos, se isso fosse feito a
TV, os jornais e as revistas deixariam de existir. E talvez o que se
estivesse a discutir no serão, fosse o seu próprio salário, baixo
não por acaso. E se nas discussões sua vontade de poder fizesse uma
verdade, entre os seus, como: É necessário aumentar o nosso
salário! E se não conseguissem o aumento?
Isso sim é digno de indignação! O demais é tão só perda de
individualidade, é tornar-se indistinguível, massa por redundância,
é a loucura e todos gritamos : Sou eu! Mas, eu quem?
Ou qual?
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