Professor Nilson José Machado, uma aula.
Chomsky und Piaget.
Inteligencia.
Acima do conhecimento,
há a palavra ligada a todas imediatamente abaixo no gráfico
piramidal. Trata-se de Inteligência.
Inteligência quer
dizer diretamente Pessoas e pessoas com projetos, projetos capazes de
nos lançar para frente.
Para aprofundar nesse
particular pode-se ler: Teoria de la inteligencia creadora de José
Antônio Marina, pedagogo toledano.
Como já foi dito
anteriormente, neste blog, um banco de dados sem pessoa interessada,
é inerte. Que o conhecimento pressupõe uma visão teórica. Mas,
que só tem sentido se pode ser mobilizado para realizar projetos.
A escola está focada
no conhecimento, senão totalmente, está mais focada no âmbito do
conhecimento.
No âmbito dos dados e
dos bancos de dados, a tecnologia é tudo, pouco se pode fazer em
dias de hoje sem uma boa tecnologia, um computador, para tratar
dados, guardar dados. Já no âmbito do conhecimento e inteligencia,
a tecnologia, o computador tem pouco a dizer.
Há as metáforas como
inteligência artificial, como há semáforo inteligente e por
conseguinte semáforo burro. São sistemas programados para executar
algo. Dizem: o Ipad faz isso... não faz nada, sem um dedo humano.
A inteligencia humana é
a capacidade de projetar, inclusive, o semáforo burro ou
inteligente.
O pulo do gato está na
passagem de dados e informações para o conhecimento, há uma
palavra-chave, que serve de interface entre dados e informação que
é mapa, alias em todas as passagens de um nível para outro.
Mapa.
Trata-se de cartografia
simbólica. Mapeia-se o que tem mais ou menos interesse. Mapa de
relevância. Mapear informação relevante. Mapear conhecimento para
o que interessa ao projeto.
Há empresas
especializada em produzir Mapas.
Por exemplo, podemos
pedir itum 'mapa' do Japão, tendo em vista, um projeto de produzir
calçados em Kyoto, para saber-se se haverá matéria-prima, onde é
produzida...
Mapa de relevância,
onde a relevância não tem a ver necessariamente com hierarquia.
Somente põe em
relação.
Bit.
Informação se mede em
bit. Desde 1948, conceituado por Claude E. Shannon, criador da teoria
matemática da comunicação informação, Shannon queria medir
informação, dai resulta o bit. Na verdade o bit só é eficiente
para medir dado. E irrelevante para medir conhecimento.
O Bit surgiu
independente do computador. A teoria é simplificando a extremo, uma
em duas igualmente provável. On\Off ( 1,0) A,B um bit, para um dado
que contenha um bit, se faz necessário uma pergunta do tipo sim ou
não. Para um sistema a,b,c,d é preciso duas perguntas, para
a,b,a,b,a,b,a,b três perguntas. O bit é bom para dados.
Devlin propos o infum
como medida de informação.
para o infun é 0 ou 1
porém dentro de circunstâncias. Sim ou não em determinado
contexto. Na prática o que reina é o bit, quanto mais raro o
evento, abcdef, a raridade a faz mais carregada de informação. É o
que move a mídia.
Um cachorro mordeu o
professor. Não tem raridade.
Já, se o professor
mordeu o cachorro. A raridade é Máxima.
Toda a mídia é
movida pela raridade.
Já para o
conhecimento, e alem de entrar no conteúdo a unidade proposta é o
Chunk of Knowledge, por Herbert Simon and Popet em 1998.
Em resumo para Simon
and Popet. Num filme, as belas cenas são as informações. Mas um
bom filme não vive de belas cenas, depende de amarrações, enredo,
enfim conhecimento.
A sabedoria está no
conhecimento daquilo que tem valor. Conhecer aquilo que é relevante.
O grande debate entre
Chomsky e Piaget.
Para Piaget, o
conhecimento todo ele se constrói. Construtivismo.
O grande debate se deu
na decada de 70 entre Jean Piaget e Noan Chomsky.
De um lado Jean Piaget
construtivista e do outro Noam Chomsky tido como defensor do
inatismo.
Porem nenhum deles
pensava que se nasce sabendo.
Piaget defende que o
conhecimento se constrói de maneira isomórfica à organização das
ações. Por exemplo se queremos ensinar a 'Comutatividade', Piaget
nos diz que se vivenciando a comutatividade, o aprendiz constrói
isomorficamente a ideia comutativa na cabeça. As estruturas
cognitiva se constroem partindo-se das ações.
Chomsky diz que sem as
ações não se constrói, mas a estrutura, são como o motor de
partida de um carro, sem ligar o motor de partida, não se liga o
carro, mas o motor de partida não tem nada a ver como o motor, não
dá para procurar isomorfismo entre o motor de partida e o motor do
carro.
Para Chomsky, ao menos
no que diz respeito a linguagem, todos nascemos com esse 'motor de
partida'.
Mas nenhum deles achava
que o conhecimento é inato, o que não passa de uma simplificação
sem sentido.
Para Piaget as
estruturas cognitivas são todas criadas do zero, ao passo que para
Noam Chomsky todo mundo nasce com a competência para aprender a
própria língua. Nascemos com um órgão ( competência), um órgão
'abstrato' ,este é o inatismo do Chomsky.
Mas Piaget cede e
concorda que cada um nasce com um 'funcionamento geral de
conhecimento'. Esse funcionamento geral nada mais é que o ponto de
partida, que aquele órgão de competência que nos diz Chomsky.
Construir o
conhecimento é a verdade para ambos. Isomorfismo de Piaget permanece
e para Chomsky não se trata de puro inatismo.
Filogênese. Na
especie.
Ontogênese no
indivíduo.
Hipótese de que há
ontogênese recapitulando a filogênese.
Esta história de que
num indivíduo se repete a humanidade, já foi fuzilada.
Piaget e Rolando
Garcia. Escrevem Psicogênese e Estudo da Ciência.
Na filogênese o que
vem antes, o trabalho ou a linguagem. E na ontogênese o que vem
antes é a linguagem. Na especie o trabalho antecede a linguagem. Há
paralelismos. Mas a recapitulação facilitaria nossa vida.
O conhecimento se
constrói.
O importante é como se
constrói.