Incertamente sempre há
sido assim, mas me concedo perceber que cada vez mais, tendemos a nos
situarmos em determinada cor e ai se permanece imóvel. Uns
são brancos, os outros negros, os outros vermelhos.... apesar
de que, em todo caso, contemplemos as exceções, os há
quem se atreve a mudar de tonalidade. Não tenho certeza se a
escolha da cor se faz a partir de um processo de reflexão
pessoal, ou por inercias variadas; tampouco é que tenha
importância, pouca ou muita, é mais preocupante que uma
vez situados em uma cor somos relativamente cegos à existência
dos outros. Ainda que este caso, último, não pareça
insólito. O verdadeiramente inexplicável é que
exista gentes que sofram desta imobilidade toda a vida e que nem tão
só tenham tentações de experimentar outras
cores. Eu, por exemplo, sempre estou na zona cinza puxando para o
preto, admiro o amarelo, e alguma vez mergulho no verde, no laranja e
tropeço no azul e caio de boca no lilás, me levanto
somente pelas cores que ainda me faltam experimentar. Assim não
sofro.
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