26 de out. de 2015

Blair pede perdão!

Blair pede Perdão.

Tony Blair pede perdão, há destempo. Deixou passar muitos anos para reconhecer as mentiras que desembocaram na decisão de intervir no Iraque. Ele, que era o Primeiro Ministro Britânico, e um dos sócios daquela triste coalizão do Ocidente contra o Império do Mal, teve que reconhecer, muito tarde, talvez tarde demais, que tinha informações “errôneas” e com elas tomou-se a decisão, então equivocada. Faltam ainda a Bush e Aznar - seus outros sócios -  fazer o mesmo, aceitar o erro que se supõe tal intervenção no Iraque. Cujas consequências ainda vigem.
É possível, sem medo de ser leviano, que tais informações “ errôneas “, como a existência de armas de destruição massiva em mãos de Saddam Hussein não fossem mais que motivadas pelo interesse em dominar um dos países mais importantes na produção mundial de petróleo.
Nem tudo se pode atribuir a uma reação aos atentados do WTC, em NY, aonde nada ou quase nada se pode atribuir ao Iraque, melhor dito ao Regime Iraquiano de então. E cada vez mais, com o passar dos anos, parece que foram as razões geoestratégicas que impulsionaram aquela intervenção, e que tem muito a ver com a focalização na estabilidade, ou criar a sua ausência em todo o Oriente Médio. No mais um erro que se está a ponto de cometer na Síria, aonde a busca por aliados contra Bashar Al-Assad torna a provocar a instabilidade na região, ao tempo que gera uma força política e militar como o Estado Islâmico, a razão do qual já condiciona o equilíbrio mundial. Desgraçadamente, Blair falou tarde, o que já se supunha, o que só agrava sua culpa. 

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