"Em nome de uma pretensa
neutralidade, acomoda-se o pensamento à (pretensa) realidade,
que é a dominação. É justo no ''demi-monde'' que a dominação cravou suas garras, por coisas de pouca monta"
Corrupção?
Não! Obrigado! Quando se fala em Maquiavel, não é um livro, não
deve ser um livro, mas sim um conhecimento de mundo, do mundo real,
desse que tem mudança de horário, busão, semáforo ,
congestionamento e em qualquer destes fatos reais há uma disputa de
poder. No busão o Estado entra reservando assentos, limitando
lotação etc, para não nos engalfinharmos. A Política é disputa
pelo poder, que na família se o tinha como ''natural'' e não
histórico ( história é processo) a era do patriarcado, que ainda
persiste, mas já se lhe oferecem resistências. Desse modo esta
disputa se dá no Governo da União, Estados, Municípios, Distritos,
Bairros, Favelas, Ruas, Quarteirões... Nesta disputa há
contendores. Não se trata de todos contra todos.. nem muito menos,
mas sim, se trata de lados que se opõem. Não é aceitável o
apolítico, por ele, para ele, não pelos outros, porque nem debaixo
desses fios de energia que empesteiam a cidade, pode-se ficar
impunemente, pois logo uma pomba lhe cagará na cabeça.
Se
a questão que se põe em debate é a corrupção, e se de fato
houvesse o interesse, real, dos envolvidos nesse movimento, ela,
dejà, não existiria. Mas o que se vê é a instrumentalização da
corrupção, e como instrumento é apropriado pelos meios de
comunicação de massa, seu uso é e tem sido cirúrgico, tal
instrumental é apontado para um só lado, desde tempos imemoriais,
na política brasileira. Quem instrumentaliza e se apropria do
instrumento, tem sido os desde sempre donos dos outros todos
instrumentos, inclusivamente da força de trabalho. No mais, nada
fora do seu modo de operação, a dizer, o da promessa que não se
cumpre, liberdade e igualdade (possíveis, mas só possível,
parcial) como essa promessa da limpeza moral, ela também é
parcial. Queria, eu, ver todo este arsenal apontado para todos os
corruptos, com a mesma veemência, com a mesma litigiosidade e sangue
no olho dos cuspidores de vespas, celeridade, e o novíssimo
instrumental jurídico, a citar o ''Domínio de Fato”, que Ives
Gandra, em nome dos dedos, quase pediu a absolvição de Zé Dirceu,
tamanho o estrago que pode vir a fazer, nas suas hostes, tal
instrumento se aplicado aos processos que são bastantes, a envolver
os donos das corporações etc. Mas tiro meu cavalo da chuva e deixo
meu burro na sombra, este “Domínio de Fato” será abortado,
junto com seu promotor.
Assim
é como corrupção passa na avenida, vestida com paetês,
lantejoulas, penas de pavão, adereços e fantasias, é carnaval, e
o enredo é o mata-burro, e ninguém o ultrapassa. O mata-burro com
feições anticorrupção fazem esquecer o meio ambiente, a fuligem
da cana de açúcar, sexismo na linguagem, crueldade discriminatória,
estética urbana, urbanismo puro e simples( que aqui em Ribeirão não
existe, nem uma rouca voz, e vão se entulhando margens de rios,
ribeirões, nascentes, impermeabilizando solos (pelos seus donos) –
estes não estão aqui no facebook se martirizando com a corrupção,
pois são os corruptores) mobilidade urbana, lixo, lixo, lixo... o
Mata-burro assim, só limita o passeio de mugentes e semoventes.
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