18 de dez. de 2012

The End do mundo no fim. Estela 6.



Estela 6.

"This is the end, my only friend, the end..." doors

 A lápide maia, Estela 6, é tão enigmática quanto a bíblia, ou seus papiros. Mesmo a bíblia das Edições Paulinas é enigmática. Claro se a tomarmos como uma mensagem a respeito da nossa vida. Se a levarmos como um romance, tudo muda de figura, mas poucos a tomam assim, senão vejam, a frase de Matheus 13:12, nas suas variadas traduções pouco diferiram literalmente disto: "a quem tem será dado e de quem não tem será tirado". Mesmo dentro do contexto, ela ganha a interpretação que um quiser dar, e um boçal for capaz de entender, porque o boçal não entende nada ao lê-la, mas encontrará soberba qualquer interpretação feita do púlpito, de qualquer púlpito, ainda que virtual.
 Um dia na praia que fiquei acordado quando todos dormiam, por uma inversão de interesses, acabei por ouvir um pastor reivindicar-se na frase de Matheus ei-la noutra versão "Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado".
Um pequeno adendo: nos trechos anteriores e posteriores à frase, Jesus justifica o uso de parábolas para que os idiotas não compreendessem: porque eles, vendo, não veem, e ouvindo, não ouvem nem compreendem, ou seja, uns morões de cerca, ou rebanho como preferia o Próprio. Sendo isso, foi o que apreendi daquele pastor, dizendo na cara daquela gente, que eles não entendiam o que ele dizia e portanto que comprassem os seus livros...
Tudo porque uma parábola aceita infinitos interpretes e interpretações da mais simples à mais cavilosa. Mas por estarmos a algum tempo ouvindo-as, com nossas orelhas de asnos, elas se tornaram plausíveis, o que não passa de sandices, quando não, obtusidades absurdas.
A interpretação da pedra maia é tão plausível quanto o papiro, ou tão absurda. O que estes 'escritos' querem nos dizer é coisa muito simples. Eles querem nos dizer da dificuldade pela qual passaram os nossos ancestrais para contar o tempo, para criar uma escrita que registrasse esse modo de contar, que nada é por acaso, tudo vem de um 'andar-de-gatinho', que engatinharam, como os persas que intuiam os números binários, mas que Leibniz sistematizou, mais de 50 séculos depois, sem ter que usar pedrinhas, os tornou ululantes, mas antes fizeram sofrer a Pingala, I Ching, Shao Yong etc.
São registros, importantes, da infância da humanidade. Assim que A estrela 6, como é conhecida a pedra, tem escrita a data : 13.0.0.0.0 4 Ajaw 3 Kank’in que corresponde 21 de dezembro de 2012, se é que corresponde...

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