Estela 6.
A lápide maia, Estela 6, é tão enigmática
quanto a bíblia, ou seus papiros. Mesmo a bíblia das Edições
Paulinas é enigmática. Claro se a tomarmos como uma mensagem a
respeito da nossa vida. Se a levarmos como um romance, tudo muda de
figura, mas poucos a tomam assim, senão vejam, a frase de Matheus
13:12, nas suas variadas traduções pouco diferiram literalmente
disto: "a quem tem será dado e de quem não tem será tirado". Mesmo
dentro do contexto, ela ganha a interpretação que um quiser dar, e
um boçal for capaz de entender, porque o boçal não entende nada ao lê-la, mas encontrará soberba qualquer interpretação
feita do púlpito, de qualquer púlpito, ainda que virtual.
Um dia na
praia que fiquei acordado quando todos dormiam, por uma inversão de
interesses, acabei por ouvir um pastor reivindicar-se na frase de
Matheus ei-la noutra versão "Porque
àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que
não tem, até aquilo que tem lhe será tirado".
Um
pequeno adendo: nos trechos anteriores e posteriores à frase, Jesus
justifica o uso de parábolas para que os idiotas não
compreendessem: porque eles, vendo, não veem, e ouvindo, não ouvem
nem compreendem, ou seja, uns morões de cerca, ou rebanho como
preferia o Próprio. Sendo isso, foi o que apreendi daquele pastor, dizendo na cara daquela gente, que eles não entendiam o que ele dizia e portanto que comprassem os seus livros...
Tudo
porque uma parábola aceita infinitos interpretes e interpretações
da mais simples à mais cavilosa. Mas por estarmos a algum tempo
ouvindo-as, com nossas orelhas de asnos, elas se tornaram plausíveis,
o que não passa de sandices, quando não, obtusidades absurdas.
A
interpretação da pedra maia é tão plausível quanto o papiro, ou
tão absurda. O que estes 'escritos' querem nos dizer é coisa muito
simples. Eles querem nos dizer da dificuldade pela qual passaram os
nossos ancestrais para contar o tempo, para criar uma escrita que
registrasse esse modo de contar, que nada é por acaso, tudo vem de
um 'andar-de-gatinho', que engatinharam, como os persas que intuiam
os números binários, mas que Leibniz sistematizou, mais de 50
séculos depois, sem ter que usar pedrinhas, os tornou ululantes, mas
antes fizeram sofrer a Pingala, I Ching, Shao Yong etc.
São
registros, importantes, da infância da humanidade. Assim que A
estrela
6, como é conhecida a pedra, tem escrita a data : 13.0.0.0.0
4 Ajaw 3 Kank’in que corresponde
21 de dezembro de 2012, se é que corresponde...
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