3 de dez. de 2012

Caricaturas: Bento XVI. Mídia.Verdade. Estética. Presépio.

Emydio de Barros 

Caricatura.

Caricaturas: Bento XVI. Mídia.Verdade. Estética. Presépio. 


Em algum lugar sem ser tolo e pensar que sitio é mera geografia ou tempo absoluto mas que a sintonia destes é música e em algum movimento desta me lembra o ruído e este repercute quebrando a harmonia com sua insistência e se transforma em integridade sonante e la 'évem' o papa dizer não havia burro no presépio e o nazareno é de belém e dizer não saber se os magos eram fazedores de magia e não eram reis ora se presépio é estábulo não a representação mambembe da colcha do Bispo e seus anjos azuis logo os amantes de cheiro de carne e gordura humana queimada sem sequer coragem de vindicar a própria inconsciência e loucura por perdão sou obrigado a sair de mim em busca da alteridade de mim e de lá apontar o dedo para mim e dizer-me pois sou eu mesmo que me digo esquizo e amanhã de manhã como roliço malaquias soberbamente meto espuma pela cara e puxo o nariz e estico a bochecha e dou dois tapinhas em cada e penteio a sobrancelha para entrar no palco onde a dissolução dos sentidos é tecida e o pano a não cair por burla e a vingança dos corpos entrelaçados na insistência do eu, eu, eu, eu, eu e eu mas nada de pessoal só a permanência da persona então beije meu real cu de vassalo se é no prostíbulo que o dinheiro mostra sua indigência de cadáver oculto que não está onde se supõe que há de estar embalsamado como se a morte não incluísse a supressão da vida essa couvade invertida esquecida mas só essa fé no futuro justifica o cinismo do corpo sem luz diante do espelho que deve ser quebrado pelo cálice da paralisia para que o cadáver de Shakespeare continue a decompor porque Calandrino de Boccaccio foi o primeiro e último homem que se sentiu grávido da paternidade como engendramento consciente não um patrimônio místico fundado no vácuo da incerteza do mundo e sua improbabilidade na duplicidade que sempre se apresenta distinta do que é oferecendo realidades enganosas com poder de embaucar como a minhoca que carrega o anzol e a suave brisa da noite roça minha pele quente

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