Deus, pardelhas! Agora
entendi. Tu és tudo e se tanto tu és eu. E é diferente de: eu sou
você! Mas se sou? És!
Ainda és a ceva, bebo-te me inspiras, me embriagas e és o
dicionário que diz que embriagar não é embebedar, mas és o bêbado
também e és a nuvem a me embriagar sem ser cerveja e é você mas
nem só, se também é o verbo embriagar, é o e o m o b o r o i o a
o g o a o r, é a bebida bebida pelo bêbado e o bêbado beberrão e
o motivo da beberagem e esta. E note que entendi direitinho! Não é
que eu seja: em você. Não! Sou deus, em mim. Você é deus em você.
Como o pato donald é deus no pato donald. E você é o pato donald.
E ainda é o criador do pato donald, antes de criar o pato donald,
durante e depois. Uma das coisas, digo coisa, porque envolve até
mesmos fenômenos, alem dos fatos e objetos, mas enfim, não é a voz
do pato donald, se bem pareça que a voz do pato donald é o diabo,
mas você também é o diabo, já que é tudo quanto existe e não
existe, e para entender melhor penso que como freud criou para mim o
id o ego e o super, acho que o diabo é um desses para você. O diabo
é uma gaveta de você onde deve estar a voz do pato donald, da rita
lee, a própria rita lee, mira que diabo não quer dizer malvado,
quer dizer ruim, sem qualidade, aleijão, assim que acho melhor parar
de te compartimentar, se eu não sou um armário muito menos você.
Vou te chamar de você. Já te chamava antes, você sabia, que eu o
chamava, e concordava e concorda. Concordo também. E você concorda
que eu concorde. Não em mim. Mas em você. Que sou eu. Não há
plural, porque você é o outro, e o outro é tudo que não sou, e
este é você: Tudo que não sou! Veja que louco! Não é que eu seja
um si bemol numa partitura de Zequinha de Abreu, porque você não é
só a partitura de Tico-tico. É o tico-tico bicho, o voo o céu
anil do voo as asas do tico-tico e o chupim que fica seguindo o
tico-tico, enfim o quê deu nome a obra, a obra, a partitura da obra,
o ano da composição, o país, a pobreza e a riqueza deste, o
Zequinha de Abreu, o interprete, o piano, os instrumentos presentes e
ausentes e a lei gramatical que coloca em instrumentos, o s depois do
n para não ficar isntrumento. E nesse quesito, é além da
gramática, o gramático; o gramático sensato, que entende a hora de
cobrar a gramática correta, e o gramático incorreto que cobra a
gramática perfeita mesmo na arquibancada do Pacaembú, que é o
campo emprestado do curintia, e por sinal o Pacaembu não tem acento
no u, e veja que loucura, eu falava nas artibancadas do paecambu,
mesmo sendo deus desde pequeno, e você já era o outro, e por vezes
me dizia, não é menasc torcida, eu fui mudando, você foi a
mudança, foi a correção e a incorreção, fui ficando
incorrigível, me aperfeiçoando, me afeiçoando às suas feições,
e quanto mais era eu tanto você era você, porque fui encontrando
minhas divisas, mais que as marcas distintivas discriminatórias do
não eu, mas o não eu mesmo ou seja: você, inexoravelmente, você
foi relaxando! Fala a verdade?
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