13 de dez. de 2012

Deus.








Deus, pardelhas! Agora entendi. Tu és tudo e se tanto tu és eu. E é diferente de: eu sou você! Mas se sou? És! Ainda és a ceva, bebo-te me inspiras, me embriagas e és o dicionário que diz que embriagar não é embebedar, mas és o bêbado também e és a nuvem a me embriagar sem ser cerveja e é você mas nem só, se também é o verbo embriagar, é o e o m o b o r o i o a o g o a o r, é a bebida bebida pelo bêbado e o bêbado beberrão e o motivo da beberagem e esta. E note que entendi direitinho! Não é que eu seja: em você. Não! Sou deus, em mim. Você é deus em você. Como o pato donald é deus no pato donald. E você é o pato donald. E ainda é o criador do pato donald, antes de criar o pato donald, durante e depois. Uma das coisas, digo coisa, porque envolve até mesmos fenômenos, alem dos fatos e objetos, mas enfim, não é a voz do pato donald, se bem pareça que a voz do pato donald é o diabo, mas você também é o diabo, já que é tudo quanto existe e não existe, e para entender melhor penso que como freud criou para mim o id o ego e o super, acho que o diabo é um desses para você. O diabo é uma gaveta de você onde deve estar a voz do pato donald, da rita lee, a própria rita lee, mira que diabo não quer dizer malvado, quer dizer ruim, sem qualidade, aleijão, assim que acho melhor parar de te compartimentar, se eu não sou um armário muito menos você. Vou te chamar de você. Já te chamava antes, você sabia, que eu o chamava, e concordava e concorda. Concordo também. E você concorda que eu concorde. Não em mim. Mas em você. Que sou eu. Não há plural, porque você é o outro, e o outro é tudo que não sou, e este é você: Tudo que não sou! Veja que louco! Não é que eu seja um si bemol numa partitura de Zequinha de Abreu, porque você não é só a partitura de Tico-tico. É o tico-tico bicho, o voo o céu anil do voo as asas do tico-tico e o chupim que fica seguindo o tico-tico, enfim o quê deu nome a obra, a obra, a partitura da obra, o ano da composição, o país, a pobreza e a riqueza deste, o Zequinha de Abreu, o interprete, o piano, os instrumentos presentes e ausentes e a lei gramatical que coloca em instrumentos, o s depois do n para não ficar isntrumento. E nesse quesito, é além da gramática, o gramático; o gramático sensato, que entende a hora de cobrar a gramática correta, e o gramático incorreto que cobra a gramática perfeita mesmo na arquibancada do Pacaembú, que é o campo emprestado do curintia, e por sinal o Pacaembu não tem acento no u, e veja que loucura, eu falava nas artibancadas do paecambu, mesmo sendo deus desde pequeno, e você já era o outro, e por vezes me dizia, não é menasc torcida, eu fui mudando, você foi a mudança, foi a correção e a incorreção, fui ficando incorrigível, me aperfeiçoando, me afeiçoando às suas feições, e quanto mais era eu tanto você era você, porque fui encontrando minhas divisas, mais que as marcas distintivas discriminatórias do não eu, mas o não eu mesmo ou seja: você, inexoravelmente, você foi relaxando! Fala a verdade?

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