11 de jan. de 2010
BREVIDADES GENEROSAS.
Alberto e Matilde haviam passado toda a noite com três amigos dela, bebiam outra saideira. Matilde onde você mulher encontrou essa raridade, disse Roberto adjetivando o você. Eu sou uma mulher de sorte. Respondeu Matilde automaticamente ajuntando a cabeleira. Alberto, confiado em palavras, cresceu na cadeira e ficou imenso e seus braços abraçavam toda a mesa, querendo assim agradecer a todos a incerta cumplicidade. Contou uma piada de salão, o quê não era o seu forte. Teve sorte e todos explodiram em risos. Roberto, Gilberto tampouco é qualquer uma disse Marilda a fotógrafa ( quase como o a). Ufa! Eu é que não sei querida; disse Roberto, equivocando-se. Alberto que não tinha a conquista assegurada fez um brinde aos amigos quando percebeu que eles partiriam. Matilde delicadamente segurou o queixo de Alberto com a pinça da mão e disse-lhe felinamente, que sim que era sim um homem interessante. À saída do bar Alberto a carregava, poeticamente, nos seus braços. Nisso passava Marilda de carona com Roberto e Gilberto. O carro parou e Matilde foi ter com Marilda que a chamara. Matilde disse-lhe ao mesmo tempo em que batia a porta: me liga tá! Sentou no banco traseiro junto com Marilda. Com o carro já em movimento, pela abertura da janela Marilda perguntou a Alberto: que você fará amanhã à noite? Alberto, com a cara de cu dos desamparados, descuidadamente cruzava seu olhar com Gilberto.
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