A minha intenção é
compreender nos limites das relações da produção humano sensível
onde se forja ou nasce a ideologia \ consciência. ( Entendo, desde
já, a contradição implícita do capitalismo. Entendo sua
“artificialidade”, e também que as associações humanas
anteriores também o foram, por processos dialogais, e entendo
“diálogo” mesmo “a ameaça” “a força, sendo esta qual
seja ou tenha sido” composição de forças Senhor\Escravo, esta
relação existe mesmo em nossas relações amorosas).
( Com devidas
pontuações acato a Dialética da Natureza de Engels, onde se supõe
que o uso da mão é o fabricante do pensamento, do desenvolvimento
do cérebro humano. E essa é uma maneira de fortalecer a “formação”
da consciência, por meio das condições materiais, equivalendo a
relação de produção)
(Nos escritos
econômicos pode-se ver a relação dialética entre
produção\consumo\produção, e nisso vejo a “formação da
consciência do capitalista, também).
De um lado a produção
do objeto, que trás no seu cerne a divisão do trabalho e todo o
processo de exploração, O Escravo, o objeto é sangue coagulado!
Por outra e sendo
parte da mesma “engrenagem”, seja pela divisão do trabalho, a
geração da “consciência” de Senhor, tanto que, quando de
pequeno porte, O Senhor é a toupeira que não vê o sol. Senhor e
Escravo estão alienados da mesma realidade. A verdade é a
interpretação vencedora de um fato (via poder\ vontade de poder).
Aparentemente não
existe movimento, perpetua-se a divisão de trabalho a cada
amanhecer, como se para a sua existência – o movimento – fosse
necessário um destino, o comunismo, por exemplo, para se por
inquietude rumo ao destino, idealizado, como o foi a revolução
francesa.
É aparente a não
existência de relação de poder, somente, no ser em si (apartado,
num estado ideal, seja fora desse mundo, pois que senão ainda
existirão 'disputas' internas {pergunto: se se pode dizer disputas
ontológicas do ser em si?})
Não consigo ver ainda
de que maneira a ideologia forja\altera\influencia a consciência.
Aparentemente é o
movimento dialético do indivíduo e as condições materiais reais
da vida ( circunstâncias climáticas, geográficas, incluídas
divisão e relação de poder e trabalho) não que forma, mas é a
consciência descarada.
A consciência esta
pelada e desgraçadamente indisfarçável, no meio da rua.
Um especto: desde
sempre ouço alguns setores culturais, e de cidadania, na vã luta de
criar uma consciência cidadã, musical erudita ou teatral. Vamos
popularizar o teatro e o teatro nunca se populariza. Vamos parar na
faixa e sem punição não se para na faixa, por mais que se façam
discursos positivos nesse sentido, mesmo o infrator discursa
favoravelmente. Neste sentido a publicização 'ideológica'
prometendo o que o capitalismo não pode cumprir seria desfavorável
ao sistema, mas não é o que vemos.