Em Espanha e pelo resto de Europa os cidadãos em praça pública reclamam protagonismo, é o 15 M. No centro da questão está que o sistema político caiu de joelhos diante do sistema financeiro, este no genuflexório almofadado de catedrais góticas travestidos de Bancos Centrais a “humilhar-se” para que se esfole mais a todo um povo. O governo, qual seja, tem medo da simples possibilidade de que algo se lhe escape o controle. Podemos julgar a qualidade e orientação deste controle, desde já o controle implica não em imposição, mas que não exista a necessidade de impor-se pela força, em suma que aceitemos as condições, a citar: desemprego, baixos salários, altas exigências, falta de perspectiva para jovens de inserção no mercado de trabalho, alta de juros etc. Para que se não lhe escape ao controle termina por assumir, diga-se, os prejuízos causados pelo descontrole do sistema financeiro. É notório que os governos não têm esse controle, sequer o completo entendimento do funcionamento dele. O analista econômico têm feito; e pessimamente; contabilidade. Trabalha no microcosmo e quando parte para o macro, faz o que em estatística se chama extrapolar; um terço ciência, já que nem a estatística em si o é, dois terços avemarias e padrenossos, enfim, pejorativamente, extrapola exorbitantemente. Nem mesmo o famoso economês lhe serve mais de escudo como dantes a seu obscurantismo pedante, sua calça rasgou, e o fundo esta todo mundo vendo. O pobre analista encosta o nariz na vitrine e vê o reflexo dos próprios olhos incrédulos. Mas sempre dirá qualquer coisa canônica: o governo “vai subir os juros” e blá, blá inflação blá, blá e eu ligo o rádio e blablá... pois o seguro morreu de velho.
20 de mai. de 2011
19 de mai. de 2011
Preguiça, requer que se expulse! Ilhe.
Quer motivo mais fútil que ser expulso de algum sitio, por uma maçã! E saber que a cobra de cabo a rabo – filologia barata: cabo do latim caput = cabeça – pois essa cobra, todinha, foi escolhida por deus para permanecer. A senhora fique, disse. Coisas de deus, que ressuscitou Lázaro e não sabemos seu paradeiro. Caim, outro estrangeiro, se mandou com sua mulher sem nome para o leste do paraíso, fundou uma nação – Enoque - vitima do primeiro tsunami, o dilúvio. Noé preteriu-os ao casal de... hipopótamos, que sei eu! A crônica, melhor digo, a cronicidade das expulsões depois de qualquer diatribe está entranhada. Nos fez a todos estrangeiros e é a primeira pena noticiada. Talmente, segundo o delito, além de deus, o Rei Roberto não oblitera, quer sumariedade. É patético , pois, depois ficam por ai tecendo cachecóis no pier até o regresso do herói que não bota cera nos ouvidos, ao primeiro canto de sereia.
17 de mai. de 2011
palocci
Palocci ficou rico. Não era pobre, Palocci, fez medicina. Não parece óbvio que foi o uso do placebo que o fez ter saúde financeira, invejável. Invejo-o. Mas deus não gosta de ricos ou invejosos. Deus dizia, dizem que dizia: Não cobiçai blá, blá, blá... e é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha... - fazendo filologia barata: veio dai o verbo camelar - . Busílis; tampouco deus sabe como Palocci endinheirou-se. Trapalhadas. Deus também se atrapalha, imagine, criou o dia antes de criar o sol. Mas Palocci é discípulo de Lao: Sabe e não quer dizer. Ouçamos Lao Tsé: quem fala não sabe, quem sabe não fala. Fácil. Palocci! Não fala. Lao pode que odiasse ensinar, ou tange a isso se range a rede. Mesmo, mesmo, Lao Tsé soia ser enigmático, pois falando não sabia, e mesmo assim o tomamos como sábio. Palocci não é enigma, que nos devore. O jovem Palocci já tinha poder, poder de liderar, conseguia com que o quinto e sexto ano de medicina fizessem greve! É muito! Mas, “O poder tende a corromper. O poder absoluto corrompe”. Ouçamos outros deuses – Maquiavel e Hobbes – : o homem é mau por natureza, há que domesticá-lo. Não se espante, por que alguns traços permanecem; se somos ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante o perigo e ávidos de lucros. O bastante neste particular quesito, é que temos grandes mestres, “ganhando” muito, e pasmem: esta ótima escola: é publica!
15 de mai. de 2011
Agora quem dá bola é o alvo e negro.
Chamam branco mas é o preto que buscam. Miram no centro onde está o negro do alvo. Já o alvinegro praiano é o novo campeão. Faz por onde. O time é leve, é assim que dá bola o alvinegro praiano, os jogadores correm leves, quase não tocam o chão, como se a lei da gravidade lhes foi dividida por dois, mudam de direção com um soslaio, correm esguios, abrem os braços para frear, piscam os olhos para fintar, braços! os colam ao corpo para aumentar aerodinâmica, como Pelé corria, chegam na bola perpendiculares, sobrando humanos, como Pelé chegava, de peito estufado, como Pelé estufava, chutam sem esforço, como Pelé chutava, chutar era só mais um atrevimento do seu pas de basque, pois sobrava, jogam sem amor ou ódio, só com o orgulho de saber jogar, fácil, eficiente, eficaz; eficácia também poderia ser outro apelido do alvinegro praiano, de Pelé, mas não é plástico, fácil, leve, simétrico e curto como; onde a segunda silaba se diz por dizer, para relaxar o esforço do “p” como Pelé, peixe, ou “b” buli, boli, bola pé bola olé. O alvinegro praiano não tem coisa especial dessas conservadoras e espartanas, como garra, pegada, sangue suor e lágrima, não tem! tem bola, não é exército! Para que estratégia, tática e arte da guerra, ninguém gosta de guerra, só os que odeiam a arte amam a guerra e dormem com seu catecismo ridículo. Alvo seu negro centro.
STF: Onze Capitus.
Outro dia a câmara municipal de Rib. Preto ganhou mais uma Adin. É a enésima, que só vem confirmar sua inaptidão. Na mesma semana o STF concede aos pares homoafetivos certa equivalência aos pares héteros. Como se diz ali na pracinha:" tava caindo de maduro", é costume e se tanto deve ser lei.
O fato intrigante é o STF ocupar o vazio que deixa o legislativo federal. Parece que estas câmaras foram atingidas por algo, que as deixou catatônicas; empacaram como o Sete Copas, e não há o quê faça o muar mover-se.
14 de mai. de 2011
A criação do perverso.
O acaso favorável quando ocorre em sequencia finita acaba por desgraçar-nos a vida. A sorte de. modo geral, é a grande engendradora de monstros. Essa sorte que recai sobre o indivíduo com reiteração finita, acaba por voltar-se, contra todos, sempre, na hora do azar e para o mesmo às vezes. Se todavia o azar lhe for fulminante, acabamos por nos salvar de suas ações, caso contrário, seremos vítima do monstro. Um sujeito com tom voz – sorte - que cai ao gosto do auditório. Note-se que ser ouvinte é a priori é um desastre, e ao emprestar sua atenção à voz, dá ao dono dela poderes insondáveis.
Antes do golpe de sorte o indivíduo empenha-se, profundamente na sua industria, para ser digno de nota. Uma vez conquistada a primeira fortuna, este passa agir como senhor dos direitos de glória adquiridos e ouvintes atentos podem perceber pequenos rasgos de perversidade do ególatra recém-empossado. Os pequenos desvios são notados logo que o improviso substitui a intuitividade conscienciosamente estudada, trabalhada, industrializada e à sorte buscada que o tornou protagonista. A partir deste momento toda a empresa é defender o golpe inicial como propriedade natural, já que no geral a intuição é falta, é sempre falta sem o conhecimento devidamente aprofundado. Intuição como talento requerem uma certa ingenuidade. Por vezes o assenhoramento da situação é tão gritante, que o desleixo se transforma em perversidade. Este descurar-se é também em parte fruto de passividades alheias, que corroboram à ideia “de genuíno” do perverso.
13 de mai. de 2011
ÆticaѼÆstética
A estética se afasta da ética! O homem disse. Eu discordo como sempre. A Ética&Estética do nosso tempo é a do homem&circunstâncias&produção-de-vida&toda-atividade-humano-sensível do mundo em que vivemos.
Sumário: a relação de trabalho cínica faz homens cínicos.
Das pedras que não rolam no leito do rio não tenho seixos! Poesia.
Há pedras pontiagudas em meio a cachoeiras e cascatas, lembra quando escorreguei lá no ribeirão Preto, perto do Brejinho, deus do céu! Que dor! narrativa em prosa.
Creio que isso já delimita bastante a coisa, as pedras paradas e o rio corrente, as pedras arrastadas, roladas pela corrente do rio, quero ver nisso razões estéticas e éticas, rolam e isso é possível, não é feio – é ético – são redondas – nem bonitas ou feias – estética formas arredondadas - , enquanto outras ficam paradas, o que é permitido, não é feio estarem paradas – é ético - apesar do aquoso lustre mantêm arestas insofismáveis – estética agressiva, pontiaguda – acho que o humano está em movimento no tempo (note como tempo é espaço em movimento, viajar no tempo é ir junto com o tempo, é ter a mesma velocidade do tempo, a mesma geografia do tempo, é ter o tempo como parceiro) ou está parado no tempo ( é estar na estação entre o passado e o futuro, mas não é o presente, o presente não anda a destempo, assim a estação é à margem do tempo, a espera de uma volta do tempo, não um corte, mas um dobrar-se sobre si) e é desse seu movimento – relação homem\natureza onde a natureza é o local de trabalho, habitats, o sofá, enfim neste mundo ( natureza&mundo inventada, imitada, construída, organizada) e homem&trabalho&produção versus homem&capital&produção, homem&consumo & homem&desejo e desejo é necessidade&vontade&ignorar&não ter versus homem&mercantil. Separo produção de consumo por puro vício, pois uma coisa é a outra, se não há consumo sem produção, nem produção sem consumo. Há uma capacidade tão grande, que ociosa, capaz de transformar todos e tudo em algo plasticamente anódino (estética de massa&ética de massa para produção&consumo massivo, transporto a dúvida íntegra: esse cheiro não é de merda mas, Pardelhas! Parece-se. Faz haver um nivelamento massivo (escassez do bom, tudo é escasso, não há para todos!) e se, sempre por abaixo do mínimo e muito inferior ao possível, e a estas categorias estéticas não as discute, quer é que ande na lama sem que se suje os pés.
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