Nos
países muçulmanos a democracia sequer se aproxima da nossa, que não
tem nada de grandiosa.
No entanto, felizes, jogam seus braços para o alto e sorriem, cheios de esperanças diante
dos avanços do Marrocos, que tem um rei que mais se parece a um
deus na terra.
Da Tunísia, que desfrutaram da ''primavera''
política, não
tive mais notícias.
A Líbia é um caso a parte. Era dirigida por um
sátrapa com muitos amigos no Ocidente, o Brasil, os EUA, França, Espanha, Itália, a rainha inglesa o
recebeu com chuva de rosas, Muammar deu um magnífico cavalo árabe a
Nicolas Sarkozy, um verdadeiro caudilho, é para ser ambíguo,sim.
Não creio que entre os políticos ocidentais, e mesmo em meio aos meios de
comunicação, houvesse quem sentia vergonha em tratar sem
escrúpulos como o ditador, que faceiro tinha uma indumentária para
cada dia. Por quê?
Porque convinha ao ocidente, pois ele impedia que islamismo radical
passasse por ali, e se expandisse. Mas de repente, o sátrapa Muammar
al-Gaddafi foi entregue à turba selvagem em plena rua. Não é
difícil entender, a Líbia, hoje, praticamente não tem estado,
tem tribos que repartem entre si, e governam o território em suas partes.
As petroleiras, internacionais, pagam pela segurança de suas
instalações à tribo dominante donde se encontram e seus poços de
petróleo.
Mais? Pois o território líbio se tornou o centro de
recrutamento de combatentes, que desde ali, vindos da Europa, são
enviados a lutar contra o regime sírio e se infiltram pelo norte do
Iraque para constituir o califado que semeia o terror por onde passa
e é ''o'' problema de Obama.
Parece
que as provocações do Hamas não são tão gratuitas, e a
brutalidade da resposta do estado israelense e a matança em Gaza, é
um entreposto de Jihadistas de outros países muçulmanos.
Obama
que se opôs, em algum lugar do passado, à invasão do Iraque,
ordenou bombardeios, lá, e agora anda cheio de dúvidas sobre
intervir na Síria, que eles armaram, junto com países europeus,
para instigar a revolta e a guerra civil.