Segundo Al-Farabi, ele
mesmo, o pensador persa que deu origem á palavra portuguesa:
alfarrábio; numa cidade governada por um déspota cruel,
vivia um homem honesto, que se sentindo alvo da ira do tirano,
decidiu se exilar. Como o medo havia convertido os cidadãos em
delatores, o tirano rapidamente soube dos planos daquele homem, e
ordenou que de nenhuma maneira fosse permitido que ele conseguisse
realizar seu plano. Então o homem honesto se disfarçou
de vagabundo, e tocando um tambor e cantando como um bêbado, se
apresentou a uma das portas da cidade. Quando um dos guardas lhe
perguntou quem era, ele responde que era um homem honesto, que queira
fugir do poder do tirano. Incrédulos, lhe deixaram ir, sem
suspeita.
Moral. Liberdade de
pensamento. Liberdade de expressão. Parece que se pode
usufruir de cada uma a seu tempo, nunca das duas ao mesmo tempo. A
saída é ser o homem honesto de Al-Farabi? A falta de
nobreza está em sacrificar a liberdade de pensar, para
conquistar uma posição social de prestígio, e
depois querer fazer crer que não se pode fazer outra coisa.
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