19 de mai. de 2016

Explorador de Lugares Abandonados.


O explorador de lugares abandonados, força a porta do último pavilhão em busca da Cultura, ao entrar no recinto, seu cabelo e suas roupas se emaranham com as teias de aranha. Acende uma lanterna. Por toda parte há um palmo de água estancada, aonde flutuam insetos e pardais mortos. De uns canos rente ao telhado uma goteira insiste em sua percussão. Auto falantes com sua eletricidade estática fazem seu ruido. Então o explorador de lugares abandonados, que forçou a entrada no pavilhão nacional da Cultura, ouve passos, parecem vir de um corredor escuro. Os passos estão mais perto, retumbam ritmicamente, desprendendo pó do teto. Das sombras sai Macunaíma, ou parece Macunaíma, no seu rosto um grande sorriso, como se fosse uma fatia de melancia sobre uma caixa de pizza num lixo. Macunaíma tem dois metros de altura, e do interior de seu disfarce mofado infestado de ácaros e pulgas saem essas palavras: “Quer ver como me arranco a cabeça?” E arranca. O explorador de lugares abandonados vê sangue por toda parte, antes de desfalecer.


Tentativa de Creppypasta.

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