23 de mar. de 2016

Isso não é um par de botinas.



O quadro de Van Gogh leva Heidegger a reflexões, nem tão só acerca da obra que revela sua representação. Ademais, á  Sherlock, deduz, que o par de botinas, pertencem a uma camponesa. Que talvez, se limite a calçá-las para enfrentar a terra gelada dos trabalhos labregos... Meier Shapiro interviu na discussão e disse não se tratar de botinas de labregas, mas sim do próprio Van Gogh, e que Heidegger não passa (na verdade o próprio Heidegger o demonstra) de porco fascista, que toma o objeto sem levar em conta o autor, a subjetividade.... Derrida tira uma das luvas e joga nas caras grandes  deles -  Heidegger e Shapiro -  e diz  que eles, sim,  são um par de cenouras, ou nabos, e que as botinas, em questão, nem sequer formam um par e que o impacto do quadro põe em jogo, para cada observador, uma miríade de construções pessoais e simbólicas e iconográficas, destapando, em todo caso, a própria verdade, a verdade em si.


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