28 de mai. de 2015

Vindicando Beirute.

Le Corniche

O Líbano, pais onde o árabe é a língua oficial e o domingo, cristão, não é dia de feira. Geograficamente tão grande como a região de Ribeirão Preto. Leio estas coisas no blog de Tomás Alcoverro, jornalista e escritor que tem esse blog no La Vanguardia da Catalunha: .

Gosto de ler, porque os libaneses participaram de minha infância, porque estiveram na Macondo literária, e com certeza na real, assim,  sempre que me lembro, leio suas blogadas, porque um sábio, intérprete de um mundo, no qual é fácil cair nas armadilhas dos tópicos e esquematismos 
.Viajando com ele aprendi que, em Beirute convivem diversas cidades. A muçulmana e a cristã, separadas por trincheiras durante uma longa guerra ( 1975-1990), que produziu uma destruição tremenda. Há uma Beirute caótica, com  arranha-céus desmedidos que desafiam o mar, e aquela das casas de estilo otomano e colonial que testemunham  arquitetura de galerias, que se entrelaçam, de maneira amável no espaço íntimo sob a plena expressão da luz. 
Há Beirute das boutiques de luxo e a dos refugiados sírios mendicando pelas ruas. Beirute alegre de la Corniche, passeio marítimo dos pescadores pacientes, dos que se banham, ou por ali caminham matando a saudade do horizonte.
 Beirute arqueológica onde a história emerge para contar sonhos antigos da alma humana.
Desde Beirute se pode seguir a silhueta das altas montanhas, atrás das quais se quebra a serenidade do mar, que lambe as rochas estendidas como lâminas, recobertas de algas, onde se formam represas. Em Beirute, por toda parte há cabines de vigilância e veículos militares, dissuasivamente diante dos edifícios institucionais. São muitas as fachadas que mostram as cicatrizes dos combates violentos.


As Cidades Estados alçavam sua própria voz entre os impérios poderosos da Mesopotâmia e Egito, levaram a Europa desde a Grécia, o alfabeto ( a escrita), a vocação para a navegação e o comércio.  

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