16 de jan. de 2013

Carta de leitor à articulista.


G.H. concedo-me espaço para um concreta e única preocupaçãozinha: nossa capacidade crítica de análise deste dias que correm.
               Por quaisquer razões sabemos: as ciências nem mesmo as naturais vivem isentas de juízo de valor e este por sua vez desacoplado do interesse particular, ele mesmo atado de pés e mãos pelo interesse de classe.  Quê dizer das ciências humanas!
               Do seu texto extraio trechos de outros livres pensadores - parcialidades de outros contextos - como essa história do grande pai. Bastantes foram e são os tutelados.  A psicologia e suas tecnologias se adjudicaram também de uma fatia dessa pizza estatística.  Na Europa menos, na Argentina mais.  Segundo como, desde que a cabeça de Luís XVI rolou para dentro do cesto da história. O deus Tutor, de todas as respostas, tinha a cabeça sobre os ombros do guilhotinado.  Assim à igreja lhe restou pouco desse poder tutelar. Muito foi espalhado entre tantos:  o mercado, o fetiche, como já disse antes, à psicologia tocou-lhe um quinhão etc.
               O protagonismo de Getúlio tanto quanto o de Lula decorreu de atividades\atitudes exercidas dentro de circunstâncias inequívocas. Não cabe diferenciá-las.  Tais circunstâncias e suas possibilidades estiveram como uma pedra, ajoelhada com as mãos no peito e queixo colado no colo, no meio do caminho de José Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco e FHC em oito anos. Faltou competência aos competentes!
No exercício do teu mais alto grau de liberdade leio este triste texto, com ameaças veladas - 2º§- de uma classe que sempre teve voz e espaço. E que, senão  nada.  Dentro do mesmo exercício de liberdade você tira o peso da contundência para então ser contundente no 3º §.  Já no 5º§ uma recorrente tentativa que também viceja na seara jornalística que é a de sinalizar para um Lula à la Hitler und so weiter.
O cinismo está aprendido.

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