15 de set. de 2011

ILÍADA. Canto I. Cólera, a peste.


Depois de evocar a divindade para poder cantar “a perniciosa ira de
Aquiles”, o poeta nos diz que Crises, sacerdote de Apolo, vai ao
acampamento aqueu para resgatar sua filha, que havia sido sequestrada – cativa -
e tomada como escrava por Agamenon. Este despreza o sacerdote e se
nega a lhe entregar a filha. Agamenon despacha o sacerdote com palavras ameaçadoras.
Apolo, indignado, lhe ocorre provocar uma terrível peste no acampamento.
Aquiles  reúne os guerreiros no Ágora por inspiração da deusa Hera, e disse ao
divino Calcante que falará sem medo, ainda que tenha que se referir
a Agamenon.
Sabe-se que o comportamento de Agamenon com o sacerdote
Crises foi a causa da raiva do deus. Esta declaração irrita o rei –
Agamenon – que pede que se tiver de devolver a escrava, que se lhe
prepare outra recompensa.  Aquiles responde que as recompensas virão
quando tomem Troia.  Assim sem mais nem menos, de modo natural se origina a discórdia
entre o caudilho mais supremo do exército e o herói mais valente, Aquiles.
 A rinha chega a tal ponto  que Aquiles desembainha a espada, e haveria
matado Agamenon  se a deusa Atena não o houvesse impedido. Contudo Aquiles
insulta Agamenon, este se irrita e ameça com tirar-lhe a escrava
Briseida. Coisa que por fim acaba por fazer. Apesar dos prudentes conselhos de Nestor, Agamenon dissolve
o ágora e envia dois heraldos à tenda de Aquiles e estes levam
Briseida, ainda que ela preferira permanecer com Aquiles.
Ulisses e outros gregos se embarcam com Briseida e a devolvem ao pai.
Enquanto isso Aquiles pede à mãe, Tétis, que vá ao Olimpo   e suplique
a Zeus que conceda a vitória aos troianos para que Agamenon compreenda
a falta que cometeu. Tétis cumpre o desejo do filho. Zeus cede e de
fato se produz uma violenta  disputa entre ele e Hera, a quem apazígua
seu filho Hefesto. Só então a concórdia volta a reinar
 no Olimpo e os deuses celebram com uma festa esplêndida até o ocaso solar, para então se
recolherem em seus palácios. 

- mas quando a fugidia luz do sol chegou ao ocaso, os deuses se
recolheram aos respectivos palácios, que havia construído Hefesto, o
ilustre manco de ambos os pés, com sábia inteligência. Zeus  olímpico,
fulminador, se encaminhou ao leito onde acostumava dormir, quando a
doçura do sono lhe vencia. Subiu e deitou-se e a seu lado descansou
Hera, a do trono dourado.




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