Se o futebol
brasileiro se ancorar no fundamentalismo do futebol europeu,
estratégico tático, ficará a merce deles, pela já denotada
capacidade deles em cumprir script, roteiros e tal e coisa. Na copa
2014 os alemães mostraram o futebol de ''espontaneidade'' ensaiada,
como é sua maestria em tudo na vida tedesca. Como era a Espanha
guardiolada, e tudo faz crer que influenciou alemães, bávaros e
mesmo o Real Madrid segue uma devaricada dessa onda, etc. A
objetividade do futebol europeu, e o que tentamos imitar, não nos
serve, não sabemos ser objetivos, transparentes, não isso não é
nosso, podemos até ser em outras esferas que nos melhora, mas no
futebol, bater a carteira não é imoral. Enganar também não. Fazer
de bobo é a ética do nosso futebol. Na objetividade, somos
obrigados a apelar, porque eles são melhores de nascença nessa
coisa, e então somos violentos, não somos duros como eles são,
somos violentos.
O Corinthians dos
últimos jogos apresenta algo novo, velha nossa conhecida, a
tabelinha. A tabelinha em velocidade, com passes curtos e verticais.
Essa é característica inata do futebolista, boleiro, peladeiro
brasileiro. Pelé e Coutinho nadaram de braçadas nessa lagoa.
A vantagem do
futebolista brasileiro é essa, mesmo os menos craques, coisa que é
o Corinthians, São Paulo, Palmeiras, times com bons jogadores, mas
craques não os têm. Mas mesmo o jogador mediano brasileiro faz
tabelinhas de nascença, é o sarro da coisa. Note que o Santos,
sempre apresenta-se bem quando consegue engrenar seus ''meninos''
neste aspecto: A Tabelinha, fora disso sofrem...
Pela entrevista que
deu Elias, depois do jogo contra Once Caldas, me deixou a impressão
de que os treinos têm enfoque prioritário neste tipo de
''jogadas''. E dá mesmo para perceber, são algumas tentativas, uma
que resultou no gol de Fábio Santos na Arena, ainda no ano passado,
e no jogo contra os colombianos, isso ficou mais insinuado, ainda não
está ''patente'', vou torcer e esperar, pode ser a salvação da
nossa lavoura.
Resgatar o passado,
pode ser a vanguarda!