Infâmia.
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Pierre Laval foi
primeiro-ministro francês, nos anos 40-42, do famoso regime
colaboracionista de Vichy, foi condenado à morte em 1945. Símbolo
da infâmia, permitiu que milhares de pessoas que residiam na França
fossem deportadas e exterminadas. Laval que fora socialista, a
começos do séc XX, aos poucos foi se convertendo ao
conservadorismo, e nos anos trinta do mesmo século já respondia
chamada na extrema direita, foi então se fez nazista. No seu
julgamento, argumentou que havia permitido deportar as crianças, por
razões humanitárias, não quis separar os pais dos filhos. E porque
também havia espaço suficiente nos vagões dos trens, normalmente
usados para animais. Então, bastava parecer, tão só parecer
diferente, cor, religião, língua, crença origem, ideias,
comportamento, doenças... este século tinha tudo para pôr fim à
barbárie, e nos entendermos. Mas não é assim. Assistimos conflitos
em que os generais são executivos nos escritórios e as vítimas
cidadãos, que de um dia para o outro se vêm expulsos do que
pensavam ser o paraíso. Tratados pior que animais, são espetáculo
por uns dias nas TVs do mundo.
Em qualquer conflito
sempre há os que pensam que têm mais razão que os outros. Pobre
ilusão, a razão o tem aquele que provoca o enfrentamento para
viver dessa miséria.