“C'era una
volta...
Um re! - diranno subito i miei piccoli
lettori.
No, ragazzi, avete sbagliato. C'era un
volta un pezzo di legno.”
A fada o olhava e se
ria:
- Por que ri? Perguntou o
moleque, perplexo e pesaroso, ao se dar conta que o nariz lhe
crescia.
- Rio das mentiras que me disse
- Como sabe que minto?
-"Le
bugie, ragazzo mio, si riconoscono subito! Perché ve ne sono di due
specie: vi sono le bugie che hanno le gambe corte, e le bugie che
hanno il naso lungo: la tua per l'appunto è di quelle che hanno il
naso lungo". Storia
de un Burattino, Carlo Collodi leia aqui texto original
Quem
nunca disse uma mentira? Poderia, aqui, recordar o episódio João 8,
1-11, onde Jesus, a fim de salvar a adúltera da lapidação, pediu
àqueles livres de culpa que lançassem a primeira pedra. Com certeza
o que se diz do adultério se diz da inveja, também da mentira.
Francamente, não sei qual delas está mais disseminada. As
mentiras, por comuns, tem má mídia, quer dizer, ainda que
frequentemente é a média que mais a pratica ou diz, fazendo passar
por notícias aquilo que não são mais que opiniões interesseiras.
Há as mentiras defensivas, que todos dizemos quando não queremos
que nos molestem, ou simplesmente não queremos falar sobre algo.
''Absolutamente, estou muito bem!”, “Não, não é nada, não, tá
tudo muito bem, pode crer”. Em seguida vêm as mentiras inócuas,
por bem intencionadas, são as mentiras piedosas, inspiradas pela
compaixão ou prazer. “A calvície te fez um cara bem
interessante!” ou “ Nem parece uma quarentona”. De seguida vem
as mentiras estratégicas, como as da molecada “Ah! Mãe você sabe
que chego antes das 2horas!”, “ Se me comprar esse iP, garanto
que vou estudar..”, como políticos: “...ganhos de renda...”,
“taparei os buracos...”, nesse âmbito encheria a memória desse
pobre computador.
Agora
recordo ter ouvido qualquer coisa assim: “ As crianças e os
simples, sempre dizem a verdade”, por analogia “Os adultos e os
sábios sempre mentem”... grilos falantes “chi
si prodiga a dare consigli saggi”...
A
mentira não serve para nada, é inócua para quem a ouve, e impune
quem a diz.
A
primeira versão do conto de Collodi, pensada para adultos, Pinóquio
não se redime do vício, convertido em criança, e acaba pendurado
numa árvore...