10 de set. de 2015

Feliz é quem tem problemas?



Passei a tarde tentando encontrar a solução de um problema que me foi instigado pelo rodapé de página de um livro que comecei ler, por ter sido citado em em um sítio na web, que ali havia chegado lincado por outro. Vou descobrindo ou redescobrindo que quem acumula tais conhecimentos, não faz mais que ampliar o espectro da consciência da própria ignorância. Fico imaginando, nem tanto imagino, milhões de felizes que passam a tarde no sofá diante da TV, o faço sem juízos, já que o fazem bem. No entanto para mim o inferno é o sofá, demasiado cômodo, controle remoto, e centenas de canais.
É certo que para alguns a felicidade é não ter problemas e para outros é se meter em problemas, tenho a intuição de os resolver. Mas enquanto dou voltas por esse labirinto em busca da solução, quando ela se avizinha, logo se duplica, vou aumentando o mundo dos “favoritos” e não creio que terei tempo para voltar a eles. De repente, um dia, aparece a resposta, e frequentemente, aonde não procurava, mas mesmo assim me satisfaço, bom, até que me lembre de problemas com teias de aranha, bato o espanador e são novos em folha.
Não tenho certeza, muitas vezes, das respostas que obtenho, mas me parece que o quê me deixa feliz é satisfação de ir abrindo caminho, um bandeirante nesta selva, que é a internet.

No meio de uma picada que abria, encontrei Tertuliano que disse que devia ir ao céu para desde ali usufruir do espetáculo que é o tormento do inferno, e que superaria em espectativa a qualquer luta de gladiadores. Mais uns golpes de meu facão guarani, e lá está, creio, São Tomás, que me diz algo parecido, mas disse nada de gladiadores. Sigo minha trilha, se vou para o céu, pelo menos me deixem levar esse velho HP, não quero nenhuma resposta de maneira gratuita, no céu tudo está resolvido, mas vou pedir que as respostas que me derem aos problemas propostos, devem vir com novas perguntas.          

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