Passei a tarde tentando
encontrar a solução de um problema que me foi instigado
pelo rodapé de página de um livro que comecei ler, por
ter sido citado em em um sítio na web, que ali havia chegado
lincado por outro. Vou descobrindo ou redescobrindo que quem acumula
tais conhecimentos, não faz mais que ampliar o espectro da
consciência da própria ignorância. Fico
imaginando, nem tanto imagino, milhões de felizes que passam
a tarde no sofá diante da TV, o faço sem juízos,
já que o fazem bem. No entanto para mim o inferno é o
sofá, demasiado cômodo, controle remoto, e centenas de
canais.
É certo que para
alguns a felicidade é não ter problemas e para outros é
se meter em problemas, tenho a intuição de os resolver.
Mas enquanto dou voltas por esse labirinto em busca da solução,
quando ela se avizinha, logo se duplica, vou aumentando o mundo dos
“favoritos” e não creio que terei tempo para voltar a
eles. De repente, um dia, aparece a resposta, e frequentemente, aonde
não procurava, mas mesmo assim me satisfaço, bom, até
que me lembre de problemas com teias de aranha, bato o espanador e
são novos em folha.
Não tenho
certeza, muitas vezes, das respostas que obtenho, mas me parece que o
quê me deixa feliz é satisfação de ir
abrindo caminho, um bandeirante nesta selva, que é a internet.
No meio de uma picada
que abria, encontrei Tertuliano que disse que devia ir ao céu
para desde ali usufruir do espetáculo que é o tormento
do inferno, e que superaria em espectativa a qualquer luta de
gladiadores. Mais uns golpes de meu facão guarani, e lá
está, creio, São Tomás, que me diz algo
parecido, mas disse nada de gladiadores. Sigo minha trilha, se vou
para o céu, pelo menos me deixem levar esse velho HP, não
quero nenhuma resposta de maneira gratuita, no céu tudo está
resolvido, mas vou pedir que as respostas que me derem aos problemas
propostos, devem vir com novas perguntas.
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