Le Corniche |
O Líbano, pais onde
o árabe é a língua oficial e o domingo, cristão, não é dia de
feira. Geograficamente tão grande como a região de Ribeirão Preto.
Leio estas coisas no blog de Tomás Alcoverro, jornalista e escritor
que tem esse blog no La Vanguardia da Catalunha: .
Gosto de ler, porque os libaneses participaram de minha infância, porque estiveram na Macondo literária, e com certeza na real, assim, sempre
que me lembro, leio suas blogadas, porque um sábio, intérprete de um mundo, no qual é
fácil cair nas armadilhas dos tópicos e esquematismos
.Viajando com
ele aprendi que, em Beirute convivem diversas cidades. A muçulmana e
a cristã, separadas por trincheiras durante uma longa guerra (
1975-1990), que produziu uma destruição tremenda. Há uma Beirute
caótica, com arranha-céus desmedidos que desafiam o mar, e aquela
das casas de estilo otomano e colonial que testemunham arquitetura de galerias, que se entrelaçam, de maneira amável no
espaço íntimo sob a plena expressão da luz.
Há Beirute das boutiques
de luxo e a dos refugiados sírios mendicando pelas ruas. Beirute
alegre de la Corniche, passeio marítimo dos pescadores pacientes,
dos que se banham, ou por ali caminham matando a saudade do
horizonte.
Beirute arqueológica onde a história emerge para contar
sonhos antigos da alma humana.
Desde Beirute se
pode seguir a silhueta das altas montanhas, atrás das quais se
quebra a serenidade do mar, que lambe as rochas estendidas como
lâminas, recobertas de algas, onde se formam represas. Em Beirute,
por toda parte há cabines de vigilância e veículos militares,
dissuasivamente diante dos edifícios institucionais. São muitas as
fachadas que mostram as cicatrizes dos combates violentos.
As Cidades Estados
alçavam sua própria voz entre os impérios poderosos da Mesopotâmia
e Egito, levaram a Europa desde a Grécia, o alfabeto ( a escrita),
a vocação para a navegação e o comércio.