28 de jun. de 2016

EXARCONTE OU CORO

EXARCONTE OU CORO

Se quer  exarconte, mas não passa de coro,  formado por grupos de fantasmas, suicidas, afogados, prestamistas, palhaços e imbecis, sacerdotes e bispos malvados, médicos agiotas, serviçais ineficazes, bacharéis às pencas, ignorantes diplomados, corruptos  da antinomia: policiais e bandidos, pensadores estetas e estetas de toda classe e ausência, nenhum desses grupos necessita ser revalidado pelo sistema, analógico,  ao que todos contribuímos inevitavelmente. Personagens fascinantes? Sim... mas tênues, opacos, cinzas.

Butecuando?

A saideira, antes do Toba bar, iu toba!
Importação de médicos.
 Sometimes me pergunto se o pessoar da unaerp, de vassouras, de sei lá... donde, ''passa'' no tal exame. Quando estudava nas imediações da USP, por um motivo que não vem ao caso, ficava sabendo, por exemplo, que a residência estava aberta à concorrência, mas não entrava ninguém de fora, da faculdade local, por incompetência. Claro que está em causa não exatamente as habilidades médicas dos médicos que virão intravenosamente ou a conta-gotas, mas questão de poder, então não existe argumento de partes que se confrontam! tais argumentos servem aos indecisos, por imbecis, quais forem, pois quem tem posição tomada, por ideologia ou alienação, que dá na mesma está empacado, como eu e você!

Seleção gerúndio

Seleção gerúndio.  

Como não temos dois laterais que marquem pelos seus setores, necessitamos da ajuda de dois atacantes, e como são atacantes não sabem marcar, então precisamos de dois centro-campistas para que  também façam isso.
 Isso o quê?
Marcar, uá!
E se tivéssemos dois laterais marcadores?
Bom, no caso os atacantes iriam estar atacando, e os centro-campistas iriam estar fazendo o meio!
Igual usar três verbos para uma única ação?
Exatamente!
Ah! até o futebol brasileiro gerundizou! Mas vamos estar torcendo!
Vai estar chorando?
Eu, não sei, mas eles um vale de lágrimas.... como choram estes rapazes!

Por Circe, Porcos.

Porcos.
Enquanto  criança,  era equilibrado, vivia sensivelmente, o presente. Bastou crescer, para passar a procurar o equilíbrio, entre a ação e repouso, o otimismo e o pessimismo, tensão e relaxamento. É frequente querer que tudo fosse melhor e diferente. A mente sempre em seu monólogo interior, que, a mim afasta da literatura, gerando confusão e aflição. A pós modernidade me pede a construção de um "eu" único e irrepetível. Se possível imortal. E atrás desse objetivo me  distancio da consciência saudável e profunda. Por tanto, é estranho encontrar quem está no caminho da  paz e da calma em meio a essa odisséia que é a vida, encontrar ou não sentido para tanto e se pode ser real e formadora. Ou de outra, devemos nos resignar, e como os amigos de Ulisses sermos transformados por Circe em porcos.

27 de jun. de 2016

A primeira carta a El Rey.



Senhor meu, El Rey, nesta terra descoberta há uma geografia exuberante aonde  floresce calhordas e falsários nas regiões da Perícia do Sul, nos Fiscais do Norte, na Auditoria do Leste, e nos Tribunais de Contas do oeste. Nos vales insondáveis das Corregedorias setentrionais impera o cactus da cegueira ética. 
Por todo o  território encontram-se bem distribuídos aleijões morais de mil matizes e cantos. Há pradarias  por onde desabrocham desmandos armados e covardias gilmarencas, como se fossem cascatas, sempre que faz calor, mas principalmente quando os rios dos esgotos da petulância exalam seus cheiros e o povo tapa o nariz. 
Covardes e sinhozinhos se banham nos riachos de todas as veredas. Incompetentes são frutos que nascem em pencas, nas encostas, nos vales, à beira mar, nas reentrâncias de manguezais e em rios intermitentes. 
Nos picos mediáticos podemos avistar os eternos rufiões da pátria, imponentes na sua brancura, jamais degelam.
O mais espantoso, senhor meu El Rey, são os desertos dessa terra, como jamais se viu, aqui estão densamente povoados, com a mais genuína diversidade de delinquentes, malas-artes, bandidos, facínoras, biltres, bigorrilhas, birbantes, bisbórrias, borra-botas, cafajestes, canalhas, mariolas, meliantes, ordinários, pandilhas, patifes, safardanas, salafrários, sicofantas, súcios, trastes, tratantes, choldras, cínicos, corjas, crápulas, desbriados, gentalhas, ignóbeis, indignos, miseráveis, pulhas, ralés, sacripantas, arruaceiros, baderneiros, bagunceiros, bochincheiros, briguentos, mazorqueiros, rusguentos, turbulentos, malandros, bilontras, parranas, rufiões, sornas, vadios, vagabundos, velhacos, desgraçados, marotos, pícaros, safados, trampolineiros, ardilosos, caborteiros, embusteiros, facetas, jingotes, ladinos, maliciosos, manatas, muambeiros, repassados, sabidos, solertes, tainadores,traficantes, trapaceiros, treteiros, zainos, gatunos, malandros e desonestos.



Fazer o quê? Nada! Gosto de Copa

Fazer o quê?
 Nada!
 Gosto  de Copa.
 Gosto de tudo da Copa. Gosto do narcisismo do CR7, da cara de quem sentia dor de hemorroidas durante estes três jogos. Gostei que nenhum português o tenha abraçado depois do gol que fez.  E o gardenalissimo Pepe? Do autista Messiânico, será que o Mascherano está garfando nessa marmita? Gosto do : “Vocês que estão falando”, do Neymar. Do peladeiro solteiro contra casados Pirlo. Ninguém me ama ninguém me quer do Balloteli. Gosto do cara que faz um gol no começo do jogo e faz sinal para a torcida adversária se calar, e depois perde a vaga das oitavas e desaparece junto com sua seleção. Gosto da potência impotente silvestre sem enrolação dos africanos. Gosto do ford-taylorismo coreano e japonês, quando bola se joga em toyotismo, benchmarking, justing time. Gosto da baianidade alemã, dada pelo turco, senhor nassib Özil;  gosto até daquele cantar: ,,, com muito orgulho... muito amor, é cântico premonitório de derrota, igual canto de coruja, urutaus ou mãe-da-lua... cântico de solitário que se amarra com ele. Não é o cântico que se eleva dos indivíduos singulares para se fazer coletivo, não; a canção é maior que o indivíduo que desaparece , sem esperança, nela, e por isso gosto, ou apesar disso gosto. E o que dizer de Allahu akbar que milagrou em terras de outro deus. Pordeus, os árabes são carolas! Fazer o quê? Gostei do castigo imposto à Espanha, que pensava ter resolvido o medo das investidas adversárias ficando com a bola o tempo todo. Gosto porque nada dura duas Copas seguidas, só  mesmo no tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, tempo do Garrincha... a Laranja mecânica não durou nem uma copa toda. Bem agora teremos a possibilidades dos penais, que ressuscita apenas um dos mortos.  Começa amanhã.

Ciúmes

CIUMES!

Ciumes! Bah! Retorquia cruzando pernas e ancorando lateralmente o cotovelo à mesa como intelectual em café filosófico, o que não quadrava à sua rudeza campesina, nem o fato de haver lido Un Coup de Des no original podiam polir aquele moerão de cerca. Se não é ciumes, então me diga o que é? Insisti. Então fazia coincidir sua aparência com os gestos, abrindo as pernas, dava uma coçada exuberante na genitália, solta, a proposito de sua calça preta de linho, acendia o Marlboro como parte integrante dele, e o deixava queimar sozinho no cinzeiro. 'Imagine a cena' me dizia e tudo em seguida a compunha “ Estávamos a ver o joga da Alemanha e Portugal, e a de pronto fiquei contente por ela não ser uma admiradora do Cristiano Ronaldo, mas porra! Nélson, achar aquele comedor de ranho... que comedor de ranho? … o  Lőw! Que tem o Lőw ? Um charme! Pode, meu velho?