Inda pouco lia uma coluna do Estadão, que a miúde expunha a quantidade de cargos em comissão do governo petista. Conclamava o jornalismo a tratar mais intensamente tal descalabro. Quando o PT assume o governo federal, tais cargos, seu número, rondava a casa de 30.000. Excessivos me parecia, me parece. Porém, aumentaram, um excesso do excessivo. Deveríamos discutir isso. Particularmente, não sei qual o número razoável, enfim necessário. Mas há o excesso. Há o excesso por toda parte. Em Rincão, Guatapará, Bonfim, em Ribeirão, Campinas, São Paulo capital, São Paulo estado, Brasil.
Tive um colega que chamarei de Ulísses C., que formava parte do governo FHC, em Brasília, num tempo que ainda se podia dialogar. Me disse Ulisses, que muitos dos quase 30.000 cargos em comissão que como ele deixavam Brasília, não tinham para aonde ir. Como ele, muitos professores universitários, haveriam de voltar à
cátedra, depois de longos anos ausentes. Não durou dois meses essa inquietação do matreiro Ulisses, pois logo elaborou um projeto que foi encampado pela ALESP, e com a verba disponível, não teve que voltar aos sofrimentos de lecionar na Unicamp. Assim muitos foram se encaixando pelo estado paulista e mineiro afora, já que lá governava Aécio. E que com a derrota em MG, também tiveram que buscar o que fazer em governos da sigla. E de.fato isso acontece, são profissionais dos partidos, que perambulam pelos municípios, estados dando um pitaco aqui outro ali e se forrando. Quanto dessa gente prescinde um governo, não saberei dizer. Aqui em Bonfim conheço um engenheiro, amigo da infância, dizemque “trabalha” no DAERP, e que teria sido “colocado” lá pelo João G. Sampaio, e de lá nunca mais saiu. E nunca o viram na na lida e logo se aposentará. Como um outro que, também, “trabalhou” na autarquia e já se aposentou, e a boca miúda tem a vã glória de dizer jamais haver trabalhado. Diz que ia, sim, “ picar o ponto “ tomar um café e de lá ia para o café Única, vender uns lotes.