Uma
das ameaças mais elaboradas e repetidas pelo Estado Islâmico diz
textualmente: “Tomaremos Roma, quebraremos suas cruzes e
escravizaremos suas mulheres com a permissão de Alá”. Não deve
passar batido que conquistar Roma, dito pelo autodenominado califa
Abu Bakr-al-Baghdadi, queira dizer a vitória final contra os
infiéis, e tal como vão as coisas da guerra contra o EI, não me
estranharia porcaria nenhuma, que a profecia se faça realidade ao
longo deste século. Os analistas deste fenômeno nos avisam que os
jihadistas não estão interessados em petróleo ou diamantes, senão
as almas dos homens.
É
fenomenal e seus detratores tentam resolver os problemas à base de
silogismos éticos e axiomas sociopolíticos. Enquanto milhares de
jovens pelo mundo se alistaram aos exércitos do EI para lutar na
Síria e no Iraque e praticar as selvagerias horrorosas que temos
visto. Fico com umas perguntas: O quê estes recrutas receberam do
Estado Democrático de Direito e de Bem Estar Social? O quê
aprenderam no nosso sistema escolar? O quê assimilaram dos direitos
e liberdades? Quem lhes facilitou ou impediu a integração? Por que
não encontraram no mundo ocidental os modelos de convivência, onde
foram criados e educados? Nenhum tipo de ideal, de fé, de
horizonte, de possibilidade de levar a termo algum projeto de vida?
Que modelo pode ser a nossa sociedade, se recheada de corrupção,
de dupla moral, incapazes de frear o abismo aberrante que se agiganta
entre os ricos e os pobres, incapazes que somos de pôr fim a essa
tortura , a essa violação, a essa ignomínia contra os mais fracos?
Querem exemplos?
A
Hipocrisia, o farisaísmo, o fingimento são termos inventados,
praticamente, no nosso mundo ocidental, aonde mais se pratica, e mais
tradição se criou, e mais adeptos teve e tem. Tanto que mais ou
menos se tornaram virtudes., e na maioria dos casos, estratégia, um
mal menor, para evitar o mal maior. Os jihadistas não se inspiram
unicamente nas suras do Alcorão, pois há um catálogo em papel
couché e com imagens de exemplos na nossa história, remota e
recente. Façam as contas.