obra planejada e executada pelo governo do PSDB, a tecnologia embarcada chega a assustar, fazendo gemer Ramsés II ou III quem sabe. |
Começa assim,
porque despretensiosa, negada desde quando era curável, mas todos
sabemos que desde os gregos a palavra “Krisis” está ligada a
oportunidades, mudanças, como um ritual de passagem. Há uns anos,
por fatores alheios ao meu controle, acabei por ler Peter Drucker, um
guru do mundo corporativo das últimas décadas do séc XX. Lá o
fundamental é o Planejamento, Não é difícil, no todo, mas em
alguns aspectos, me encruava, e ali estavam conceitos de gestão
por objetivos, avaliação, descentralização, “cantados” por
Marx “avant la corporation”. A Crise sempre presente no
mobile do guru. Conceitos de Missão e Visão na gestão brasileira
se transformaram em meros slogans, mesmo nas grandes “corporations”,
imagine se um partido politico a abraçasse, pois foi o que os
intelectuais do PSDB fizeram. E de lá para cá é gestão daqui,
gestão dali, terceirização disso e daquilo, benchmark ou
dantosu o melhor do melhor, o Six Sigmas, e lá vai Peter
Drucker “O
tomador de decisão eficaz compara o esforço e o risco de ação com
o risco de inação”,
vejo espelhado no espelho d'água do Cantareira esse filme passar.
Eficácia, eficiência, gerenciamento, tempo... Ah! A propósito:
“Eficácia
significa fazer as coisas certas acontecerem.”
Não posso reclamar, por este “do
the right thing”
tucano, pois me ensinou muito. A começar pelas palavras, um
enriquecimento prazeroso, afinal,
desde criança ouvindo falar em seca, seca do nordeste, uma década
de seca... e tudo não passava de crise hídrica. E, por falar em
nordeste, me recordo do professor de História a falar que a culpa da
seca era quase toda do coronelismo, das grandes fortunas que iam para
o Nordeste para sanear a crise Hídrica e eles – os coronéis – a
fazer cisternas em terras próprias, ainda se fossem aeroportos, vá
lá!
Tudo é
impactante, grande palavra, impactante, virou um meme nesta gestão
por objetivos, planejamento e avaliação, como se fosse um : é
nóis!
Creio que muito
ainda nos ensinará esta κρίση του νερού, ou όσιμου
ύδατος, crise hídrica, então guardei para o fim o ensinamento
mais importante.
Tenho, quer dizer,
tinha grande dificuldade para entender na prática o significado de
Estratégia e Tática, sempre as confundia, quando pensava
estrategicamente na verdade traçava táticas, e creio que no mundo
do futebol a coisa ainda mais se embaralha, no entanto, a Krisis
Hídrica clareou meu horizonte. Agora ficou tudo muito simples: Com a
crise a Estratégia é chover, e a Tática é rezar.
E por falar em rezar, meu deus, quanta injustiça cometo, esquecia-me do "Volume Morto"..