Li, vi
e ouvi o que tinham para dizer, os candidatos, faço constância,
todos. Não me ocorre nada de original, ou essencial, a respeito. Dizer que a
dialética, praticada, está na média do país, creio ser mais excesso de pedantismo, de minha parte, e não vem ao caso.
Elucubrar, mais, se a corrupção faz parte da política, ou se
é em si política, moral e ética social – desde sempre me parecem
indistinguíveis o par ética e moral – não vejo sentido, entretanto. A
corrupção é integral, pessoal, ainda que afete só por instante a
pessoa. A gradação, não tem importância. Falar das diferenças
entre os anjos e os demônios, é tema sem futuro: a Bíblia o faz
com abundância. E nisso o livro sagrado é taxativo, rígido e não
permite intercâmbio de essências, fenômeno fundamental em política. E ainda em
plano bíblico, falar da perda de inocência - é custoso fazê-lo inocentemente - desconheço adultos inocentes. Falar de
tragédia?
Isso é coisa para Nietzsche. Decepção?
Tristeza?
Política é isso:
mais retórica que
fatos, mais fumaça que
fogo. Mas não posso
viver sem!