29 de out. de 2012

Queimada.


Somos uma sociedade frágil e impotente diante dos desmandos. Há semanas que estamos assando sob o sol. Culpas passadas, dizem! Se é passado ou não pouco tem importância se agora, onde vivo está literalmente dentro de uma nuvem de fumaça devido a queima da cana-de-açúcar. Em pouco tempo começarão a chegar voando as palhas queimadas, a fuligem. Me sinto dentro de um cinzeiro, tal é o cheiro. Uma ligeira dor de cabeça, pois há mais de hora não sei o que é ar puro. Moro em Bonfim. Olho para Ribeirão e parece que a fumaça a alcança. Por momentos chego a pensar que estou só nesse canto do planeta. Será que temos, como ribeirãopretanos, alguma contrapartida por conta desse descalabro? Se temos, será que vale a pena tanto sacrifício? Não amigos, não vale, não vale sequer a água que haverei de jogar no quintal amanhã pra me livrar dessa neve preta e brutal.

Baixa per caducitat de la inscripció padronal!

No havent-se pogut notificar als interessats que es relacionen a continuació, dacord amb el que disposa lapartat 4 de larticle 59 de la Llei 30/1992, de 26 de novembre, es notifica amb aquest anunci la baixa per caducitat de la inscripció padronal del municipi de Tornabous, acordada per Decret dAlcaldia 01/10, de 15 de gener de 2010, dacord amb el que es preveu la Resolució, de 28 dabril de 2005, de la Presidència de lInstitut Nacional dEstadística i del director de Cooperació Local, per la que es dicten instruccions tècniques als ajuntaments sobre el procediment per acordar la caducitat de les inscripcions padronals dels estrangers, no comunitaris, sense autorització de residència permanent que no siguin renovades cada dos anys.

Baixa per caducitat de la inscripció padronal del municipi de Tornabous:

- Aparecido Donizeti Galvao, Abdelkrim Alaoui, Jose Fernando Abad, Marya Pyzhyk, Sara Filip, Mariana Grigore, Ladislau Stefan Pap, Cristian Ciucas, Floarea Grazilea Pop, Uladzimir Pyzhyk i Larysa Savanovich.

Tornabous, 18 de gener de 2010 Lalcalde, Amadeu Ros i Farré

Um Tico, um teco.


Trecho de um livro escrito em 2006, diariamente neste blog   luises. o livro

TERÇA-FEIRA, OUTUBRO 31, 2006


10. Um Tico, um teco.

Outros no entanto não tiveram tal sorte......Era uma vez Tico. Que fora pititico. Ainda menor que Luis. Hoje é grande. E dizem que já é demaior. Ninguém sabe. Certidão nem tem. Corre risco de morrer sem mesmo registro de nascido ter. Tem da vida todos tais anos que não podem ser medidos, senão que via um carbono raro. Mas quantos? Todos? Sim muitos! Queiloses todas pelo corpo, mais que anos? Ou mais que raros carbonos. Quem pode saber! “A mãe disse que me teve com treze, ou foi o Lico que morreu? A mãe não sabe, lembra de uma novela, qual seja, Vale-tudo, não foi em antes? Mas a mãe dizem que o pai matou! E matador fugiu para São Paulo, ah! Se achasse o pai! Juro que matava”. Ficam as marcas. Uma aqui é vacina, ali perto do fígado só pegou por fora, no bucho mesmo, nenhuma. Essa ai na perna é tiro? É. Policia? Tico não sabe se fogo amigo. Menino. Um montão de fugas pelo brejo, descampado, saltando muro, caindo e rasgando a pele em quiçaças. Hoje! Agora mesmo, entra na boca com quinze mangos enrolados apertados na palma da mão fechada e sai dela com papel no lugar do quinlão e uma luz diferente pisca na entrada do beco, “não moço dá um tempo, dá volta, sujou”, mas não era nem e assim de rápido se pá! Limpou. Mais quinze para Tico dar para Lilica, depois Lilica distribui. Agora o papel é para o moço conhecido. “Caprichado” diz esse sendo ele muitos, Caco, Caico, Caíque Kiko, Tatá, até mesmo doutor advogado João Alberto, candidato ao erário, do tanto que ainda não foi abiscoitado, músicos sem e com música, os que acham e os que são, os que não são e os que não acham, só por folia, só aos sábados, de domingo, de segunda, de terça, papel papéu, papér, excelente e tar. Se quisesse era só armar uma rede e ir pescando. E Tico cantava.

... Vida me levar
Vida leva eu,
Deixa vida me levar
Vida leva eu.
Frio que faz olha que frio fazia e Tico descalço num calção e numa camiseta “Rezaistes para senador”. Muita suja a camisa, mas não de hoje, já lavada e ainda suja, encardida, mas isso não é ruim, ruim mesmo é estar rasgada e torta por causa do pano ruim do corte ruim e tanto ruim que quase que saia pelo ombro esquerdo a gola alargada e torta. Está mesmo frio e Tico põe os braços por dentro, ficam as mangas tortas balançando sem os braços que se cruzam sobre a boca do estomago dentro da camisa, rasgada encardida e torta. Frio. O cão na barriga e o cano no púbis. Frio. Tico esfregando a sola de um pé no peito do outro, esquentando, distraído, olhando o olho do gato ou ratazana rebrilhando farol de mais um carro. Sujou diz, dá uma volta, limpou, quinze, papel, papéu, papér, excelente e tar. Moço atenção! Todo cuidado é pouco, Tuim morreu ontem, “os home?” “‘m se sabe” “fogo amigo?” “Pode se”. Então agora do topo falta Lilica para Tico ser patrão. Isso põe caraminholas na cabeça do menino. A mão no cano dentro do calção, Tico sorri, vai ser patrão do Branda, desce mais as mãos dentro do calção, pega segura, passa no cano do três oito, fica um pouco excitado, tem uma vontade de fazer uma zoeira, fazer uma barca no Cambuí e descer com a Samanta para Ubatuba e depois faz outra barca lá e subir. Mas Samanta ainda é de Lilica. Pode ser amanhã. Medita Tico e conclui: “Não essas coisas não se deixam para depois, tem que ser hoje, mas hoje ainda vai longe, quase até amanhã e dizque Lilica lê intenções nos olhos”. E pensativo pensa. “Advinha tudo tem parte...”. Pondera em si, e pergunta: “Já pensou ele desconfiar de mim?”. Só para responder: “Não eu não seria siso de fazer sem nenhuma de boa de chance”. Conclui: “Melhor sossegar os pensamentos”. Farol no olho do gato, “não moço”, “apaga a luz de dentro”. Todo sussurros diz e rediz: “Sujou, olha os home lá éivem, agora não”. Agora Tico tem umas contas desacertadas comendo miolos de dentro da cabeça dele. Dizem que numas assim tem que ter o dedo leve e coração frio qual barata! Ou os nervos nervosos de aço? Tico não sabe e fica nervoso, de não saber. Dá um rolê brou: Kiko, Nico, Caco, Caico, Caíque tanto faz. Nervoso orienta com sinais. Rolê, Rolê mano, soletra sussurra, com cara de ódio medo. A policia chega e pára, desce na toca, Tico entra na toca e pá pá pá pá pá pá. Dois na cara, dois no peito bem no meio para não estragar a peita de botões abertos e dois nos pés descalços dele também para se acaso morto ande. Lilica de deitado na cama com Samanta, deitado ficou meio para sempre. Samanta não chora, é mulher do patrão da hora, do outro, desse e do próximo é só se manter assim gostosuda apertada dentro do short vaginal. Samanta sabe o que ninguém sabe e que não dirá a ninguém e mesmo que quisesse, não poderia. No mais as pessoas daqui ninguém mesmo liga ou dá ouvido pensa ela. Então é prática e revira os bolsos de Lilica. “Isso é meu pertence”. Samanta diz a Tico. Ele nem discorda, mas tira o da mão dela, nem palavra falada dita foi ouvida nem da outra parte nem da uma.
Tico rei canta:

“Vida leva eu,
Deixa vida me levar,
Vida leva eu”

Tico vestido tudo de marca, não o patinho voando, mas sim bumerangue parado no ar no tênis, camisa de Lilica, calça de Lilica, e o tênis. Lilica tem pé muito grande, mas vestiu o naique pegou Samanta pela mão e saiu da toca e Boca disse “vai fazer uma zoeira patrãozinho, vai hoje é o seu dia, aproveita” Boca é mais velho tem quarenta, e nunca foi patrão, diz que não quer, mas Tico quer e Tico fez o que queria fazer. Foi para Ubatuba. Tudo isso antes de saber que ia matar o prefeito, depois não matar, e depois nem sabe se matou, nem acha que foi ele, podia matar, mas não lembra se pediram, se pediram! “Fui eu”, porque não conhecia o prefeito, mas se pedissem, mas foi e não foi e Tico anda confuso. Pra uns diz que sim e que não pra outros. Mas antes de estar confuso está em Ubatuba com Samanta e passa peróxido cremoso no corpo inteiro grande de Samanta, Samanta jamanta podia ser artista e riscando na areia úmida faz um coração e uma flecha que o atravessa, deixa Tico ver não, Samanta apaga tudo de sua arte nuvem mudou quimera o que foi não era e o que era não foi, não bailarina não poderia ser, ela é muito grande, Tico fica menor ainda perto de Samanta, ela borcada com a cara socada na areia, sem canga, sem toalha, rola e é um croquete, com o buço, muito buço, mas muito brancos, os pelos das pernas, dos antebraços também peroxidados, correm para água gelada e Tico nem Samanta sabem nadar. Tico mergulha no raso, rala a barriga na areia preta do fundo que também entra no calção, no cabelo. Enquanto Tico se livra da água que lhe entra pelo nariz, balançando a cabeça atirando a água retida nos cabelos. Samanta olha pra um coroa branquelo sentado numa cadeira plástica do quiosque e ele tomando caipirinha. Tico pergunta sem consciência negra: “ você vai preferir a coca laiti?” Samanta diz que não. Ela gostou do ciúme. Ele quase se arrependeu do zelo. E mesmo dentro do mar gelado o dele ficou grande, ficou duro, beijou, passou a não por dentro da asa delta verde limão dela, foram mais pro fundo ele afastou para o lado a asa delta e amou melhor que Lilica escolheram um outro carro que não o que os trouxe a praia.ela disse: “ era brabo, mas na hora do vamos ver...” Ele não disse que era a primeira vez dele. Ela sabia. E calou.
Eles voltaram?
Não.
Foram enterrados e desenterrados, para que a perícia lesse em seus corpos os escritos deixados pelas balas, e o capsógrifo desse pergaminho nunca foi traduzido...

Guarani Kaiowá..



É impossível, desumano e reputo de estupidez abissal se colocar contra os autóctones. Todavia devemos sair dessa coisiquinha bonitinha de palavras ao vento. Tais como as de que: Eles são os brasileiros verdadeiros. Eles são ou foram as civilizações guaranis, tupinambás, tapuias, aimorés, tupis etc que perderam a guerra para a civilização do homem branco. E guerra no sentido lato e civilização no sentido estrito.
Hoje, para eles o que está em jogo é a propriedade – o que restou dela – e o modo de vida deles – o que restou dele –. Em ambos os casos tudo anda muito rarefeito,  e a nossa civilização - lato senso - quer o que resta.
Sendo, a posse da terra – aqui do lado de fora das aldeias, no mundo capitalista, esse que circunda todas as terras indígenas e não indígenas - nada mais que apossar-se de terra ou de qualquer propriedade alheia, e é  o modo mais simples existente para se passar do capital zero a sujeito de posses – é nada mais nem menos que roubo. Como já disse um monte de vezes, que o Vicente Golfeto disse outro tanto de vezes: – todos somos repetitivos – no ladrão está a gênesis  o catalizador do capitalista e do acúmulo de capital e ambas as coisas querem dizer o mesmo ( capitalismo), isso não acontece com os comunistas, que pensam de outra forma, dizem que pensam, mas os comunistas não existem, tampouco o comunismo, somente dentro das aldeias, quiçá. O tal do cogito ergo sum, não serve para a relação de posse e de produção material de vida, nisso a coisa tem que ser material, não basta sonhar ou pensar em ter, tem que ter.
Ocorre, porém, ser o silvícola, individual ou tribal, ser tutelado pelo estado. Como autóctone não têm o certificado, carteirinha de cidadão. Quer-se dizer com isso, entre tantas outras, que não têm capacidade de posse da terra, não no sentido capitalista da coisa, com direito a vender, trocar etc. Têm-na para usufruir, um quinhão isolado, mas esse isolamento é imperfeito. As fronteiras são abertas. Exige-se cuidados excessivos ao Estado, falta Estado, sobra deveres ao Estado e sobra direitos ao cidadão...
Muitas vezes, os caramurus, são seduzidos por colares de contas, falsos brilhantes  ( o primeiro me chegou, como quem chega do … trouxe um...) inclusivamente vindos do exterior, lembrem do espinho. 
A igreja católica apostólica romana de Ribeirão Preto, naquele antão, se apossou das terras do quadrilátero das avenidas e cobra laudemio até hoje, essas terras eram, também, daqueles ou de outros índios –.
 O posseiro quer a terra, quer tomar posse, capitalizar. Existem muitas técnicas,  dizem que umas humanas outras desumanas. Para mim ou são todas humanas, se cometidas por humanos?
A pergunta séria nesse âmbito é: 
Os índios devem permanecer isolados, ou deve-se levar a cabo o processo de desnaturalização, aculturamento que lhes temos impostos de 1500? 
Ou ainda, 
seremos quem decidirá essas e outras por eles?
 Poderíamos devolver-lhes um tanto de terra, e que nessa terra criem seu estado livre. Pode que em pouco tempo estejam nas mãos do primeiro vendedor de espelho, cachaça e gelo?

23 de out. de 2012

Bola de Sebo. Maupassant.



Os prussianos haviam chegado a Ruão. Conquistado é a palavra. Os normandos são bons negociantes. E meia duzia deles negociou com oficiais invasores, uma fuga consentida. Três casais nobres, duas religiosas um republicano e uma garota de programa. A puta, gorda, por tanto levou comida, os outros, iriam comprá-la pela estrada. Nevou. Perderam tempo e a fome veio antes da pousada. Comeram a comida de Bola de Sebo, era assim seu nome. Chegados ao albergue onde passaram a noite, foram impedidos de partir, por outros oficiais prussianos, invasores da Normandia. O oficial queria, porque queria Bola de Sebo. Ela ensebou duas noites. O estalageiro chegava à mesa do jantar e perguntava: Madame L mudou de ideia? E reiteradas vezes disse não. A nobreza reuniu-se e botou em prática um plano de persuasão, com participação das freiras, que salientaram que Abraão mataria toda família se deus assim quisesse, e faria isso e era o bem, porque o fim justificava os meios. Mme. Elisabeth Rousset, assim ela se chamava, por intermédio do anfitrião mandou avisar de uma indisposição. No outro dia partiram para Havres. Na carruagem não lhe falaram mais, na hora de comer, como ela havia saído direto da cama do Oficial, não trazia provisões, e eles não lhas deram. Ela chorou até chegar em Havres. De vergonha e de fome.
Conto de Maupassant, que me faltava, me falta muita coisa, mas de momento creio que terei para longo tempo, entretenimento. Me espantou a literatura de Guy, pudera, o cara é o mestre do gênero, junto a Poe e posteriormente Cortazar. Seguirei lendo. … e os três trocavam olhadelas rápidas e amistosas. Embora de condições diferentes, sentiam-se irmãos, pelo dinheiro, da grande maçonaria dos que possuem, daqueles que fazem tilintar o ouro ao mergulhar a mão no bolso...  

22 de out. de 2012

Brainstorm. A tempestade do Poupa-Tempo da Saúde.


Brainstorm é uma ferramenta, o must na criação publicitária; já a Sturmabteilung tem origem na mesma tempestade: Sturm. Sendo a última, SA, quem levou Adolf aonde todos sabemos. Nada disso tem importância aqui agora, ou sim, dado que o Poupa-Tempo da Saúde deve ter sido fruto de uma dessas tempestades festejadas, que ocorrem nas oficinas de propaganda. E o cara sai gritanto Eureka! Eureka! Não teria importância,  nenhuma, se não tivesse se transformado na principal plataforma - programa de governo - do candidato a prefeito da cidade de Ribeirão Preto. Assim apresentada, a proposta,  me remete aos tempos de candidaturas ao Grêmio do colégio, em que uns vindicávamos, coxinha pela metade do preço e outros  cortinas para as classes de cara ao sol, bom lembrar que o sol era o mesmo, um pouco mais moço que esse de hoje, mas brilhava com a mesma intensidade. Poupe o tempo e deixe o barco afundar.

Feche os olhos da TV.

Tire o cu do sofá e feche os olhos da TV.


Estou em campanha. Desde menino já dava meus palpites no assunto político. Certa vez, seu Osvaldo Sampaio, antigo tabelião de Bonfim, onde eu trabalhava, me convidou para ir comer um lanche no Bar do Cipó, que ficava na outra quina da esquina. Tomava minha tubaína mordiscando o pão com mortadela, com a orelha comprida na discussão de seu Osvaldo com seu Humberto Toni, eu fazia o segundo colegial, tive boas aulas de revolução industrial, revolução francesa e modo de produção, assim que já tinha a centelha 'rebelde'; eles estavam entre Ademar de Barros e sei lá do outro, eu disse que sem liberdade não se podia escolher nenhum, creio, de pronto veio um gancho de direita, seguido de cruzado de esquerda do seu Humberto “ você não nasceu, você veio a furo”, dei um gole de tubaína àquela massa de pão que de pronto fechara minha glote. Não parei mais, apesar da ofensa seu Humberto sempre que aparecia lá pelo bar, vinha ter comigo e nunca mais lhe neguei fogo, nem ele me negou, nunca mais, importância.
Fizeram cagadas homéricas com o patrimônio cultural e arquitetônico bonfinense, por exemplo, a praça no lugar da Estação 'Inglesa' da Fepasa, o viaduto, a pintura interior da igreja entre outras tantas. Hoje rui o prédio da CPFL sem dó e sem pena.
Hoje passei a manhã panfletando pelo Gustavo, rapaz vigoroso, potente e cheio de ideias e ganas de realizar tanto as ideias como a ele próprio, é assim, quem tem sonho, quem não tem sonho, não sei o que tem, nem o que é.
Já mudei de partidos, minha primeira filiação foi em 1981, e sigo filiado até hoje e penso que é de suma importância a participação política, é das últimas heroicidades que restaram aos homens e mulheres, fora a criminalidade. Com política ainda se pode mudar o mundo, para o bem ou o mal, os outros heróis só mesmo no gibi.
É um trabalho hercúleo ser candidato diante de uma massa amorfa, que diz simplesmente, “Eu? Eu não! Eu não gosto de políticos nem de política!”
Bestagens meus amigos, vá para a rua, encontre o candidato que 'ainda que aparentemente' tenha as 'ideias' próximas das suas, vá com ele e os outros, encontre outros e defenda as ideias coincidentes, debata, enfrente elegantemente quem se opor, é uma atividade que oxigena. Você verá quanta gente pensa diferente de você, quanta gente quer coisas diferentes daquelas que você encontrava como perfeitas, as melhores. Você verá que nem todos, ou nenhuns querem o quê você oferece, defende.
Depois de passar a manhã nesse exercício físico, primeiro, pela caminhada, mental pelos debates, é hora de um bom churrasco, para contar o que se passou, como fazíamos depois do jogo de futebol.
Tire o cu da cadeira, e descadeire-se de tanto caminhar, sua noite será melhor, você entenderá um pouco das dificuldades políticas a que estamos metidos até o nariz. E todas as decisões até agora se deixou a cargo dos outros, sim o político é o outro, e tomará decisões com ou sem a sua participação, mas participando você poderá influenciar, se ao menos tiver como contrastá-lo, encontrá-lo, cobrá-lo.