Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Liberdade de expressão.
A liberdade de pensar, criar e escrever é constitucionalmente restringida, no artigo quinto inciso X. A sintaxe coage o ato, condicionando o texto, condicionará a noticia. E o texto receberá dos olhos do leitor uma derradeira mirada critica. A lei, a gramática e o outro. Antes destes a ideologia já aplicara seu código.
Os manuais de redação “proíbem” o uso de determinadas palavras, algumas construções, coisa que quer parecer tão-só uma cura do estilo. Normalmente não fazemos mossa. Mas vai longe e faz juízo de valores. Não é meramente cuidado estético. É também um impedimento ao livre exercício da escrita em nome da clareza.
Que dizer do tempo conselheiro da urgência e sincronicidade. Falo da urgência do texto e da nossa. E acabamos por sapecar qualquer coisa no papel,
Mal começamos a escrever e estamos rodeados de empecilhos roendo nossos melhores substantivos.
Quando venço estes obstáculos irei de encontro ao poder de policia da hierarquia funcional. Um jornal tem sua missão muito bem estabelecida, sua cultura empresarial, suas metas e objetivos a serem auferidos e suas estratégias de suporte às táticas de negócio. Ao contrário que desejamos o jornal tem uma unidade ligada a um centro de massa. A pluralidade está suspensa por canalhices várias dentre tantas a democracia. Fatos anedóticos só confirmam.
Tudo o que antecede o ato criador e enquanto perdura o fazer e seus suores, posso chamar de censura: intrínseca, interna e externa.
A gramática. A empresa. O consumidor.
O normal o corriqueiro é que o produto seja controlado em todas as suas fases. O controle de qualidade é a normalidade. O fato de não haver mais demissões revela o justo casamento do texto produzido com as necessidades da empresa e seu produto. Não sendo a demissão que aponta para a censura. Mas sim a conformidade.
11 de out. de 2010
8 de out. de 2010
O ABORTO.
O aborto é sempre praticado pelos outros. Nós somos os atores políticos que nos imiscuímos no assunto, discutimos. Os atores políticos acabam por se agruparem em torno a algumas posições: favorável ou contrariamente e ainda nem mar ou terra.
O primeiro ator a se manifestar é sempre a igreja por meio de um bispo ou cardeal. Ela mantem ligada sua argúcia secular, capaz de farejar entre escombros humanos algum desvio de rota.
Logo a ciência ligada à área médica ou ligada à psicologia, tentando explicar quando começa a vida. Os políticos aparecem se equilibrando na corda bamba da mediocridade da maioria.
Em tese anterior digo que tanto maioria quanto minoria já está formada. Há entre estes grupos algum intercambio de indivíduos nunca de ideias. É incrível como cambiamos de postura, voto sem mudar de ideia.
Há pessoas que quando pensam em uma lei do Aborto chegam a pensar numa obrigatoriedade de sua prática.
A ciência médica fez por diminuir os natimortos, a mortalidade infantil entre tantas atividades louváveis, e por uso de técnicas e instrumentos como a ultrassonografia nos mostra o inicio da vida, em movimento e a cores.
A pergunta que se faz é: quando começa a vida! A ciência responde:
Se a NASA encontrar uma ameba em Marte ou em qualquer outro lugar, dirá: há vida em marte, que dizer de um feto, um óvulo, um espermatozoide!
Há vida no saco escrotal, nas trompas de falópio. Na água parada nos fundos de quintais, infestada de larvas do mosquito da dengue.
A igreja não tem legitimidade enquanto ator politico em defesa da vida, posto que parte significativa de sua existência foi a de eliminar vidas, justamente vidas bastante além da biológica, incomuns, extraordinárias, estas no momento em que alcançavam o mais alto nível a que uma vida pode aspirar: o questionamento.
Assim a igreja que fundamentalmente deve cuidar da vida pós-morte e já contribuiu de maneira eficiente e eficaz na produção deste tipo de vida, deveria para o bem dos vivos se calar.
A ciência não pode se contradizer e pela lógica do terceiro excluído, já disse o que é vida. Resta discutir o futuro desta vida.
Falar do futuro desta vida é desde já tutorá-la, e isto significa responder por ela dentro da sociedade.
Por outro lado não partimos de um ponto zero para a construção de uma sociedade. A nova vida tão-só biológica ou não, se insere desde seu primeiro momento na sociabilidade, no encontro de óvulo e espermatozoide. A sociedade é atividade dos seres em um contexto com caraterísticas e circunstâncias de movimento, seja o mundo real, e dele não escapamos senão pela morte.
O mundo real aborta. Este é o fato. Esta é a prática.
No Brasil sem lei do Aborto, a prática do aborto é infinitamente superior (proporcionalidade incluída) à da Espanha que tem uma Lei de Aborto e se discute sua extensão. Isto não é importante. O significante é: o Brasil aborta muito e de maneiras impensáveis. Aborta por toda parte. Em clínicas de luxo. Em clínicas obscuras, em paragens sórdidas. Com médicos especialistas, paramédicos e a maioria não médicos. O Brasil aborta com ou sem auxílio da psicologia. Falo do aborto real do ser prematuro, da interrupção da gravidez, da prenhe situação, não da metáfora do aborto social que se dá um pouco mais adiante já na adolescência. Este aborto tardio não me interessa, posto que não faço nada para sobrestá-lo e pronunciar-me assim a respeito dele, é piegas. Eu concordo em ser egoísta piegas não.
O fato ocorrendo dessa maneira gera problemas sociais, éticos, traumas psicológicos, físicos e dado o quantitativo gera um problema de saúde pública.
Dessa maneira é que sempre deveria se estabelecer toda e qualquer lei, pela necessidade de regulamentação de um costume. A moralidade como parâmetro, baliza comportamental, nessa e em muitas outras atividades humanas, não mais soluciona. É então que precisamos regular tal atividade via legislação.
O primeiro ator a se manifestar é sempre a igreja por meio de um bispo ou cardeal. Ela mantem ligada sua argúcia secular, capaz de farejar entre escombros humanos algum desvio de rota.
Logo a ciência ligada à área médica ou ligada à psicologia, tentando explicar quando começa a vida. Os políticos aparecem se equilibrando na corda bamba da mediocridade da maioria.
Em tese anterior digo que tanto maioria quanto minoria já está formada. Há entre estes grupos algum intercambio de indivíduos nunca de ideias. É incrível como cambiamos de postura, voto sem mudar de ideia.
Há pessoas que quando pensam em uma lei do Aborto chegam a pensar numa obrigatoriedade de sua prática.
A ciência médica fez por diminuir os natimortos, a mortalidade infantil entre tantas atividades louváveis, e por uso de técnicas e instrumentos como a ultrassonografia nos mostra o inicio da vida, em movimento e a cores.
A pergunta que se faz é: quando começa a vida! A ciência responde:
Se a NASA encontrar uma ameba em Marte ou em qualquer outro lugar, dirá: há vida em marte, que dizer de um feto, um óvulo, um espermatozoide!
Há vida no saco escrotal, nas trompas de falópio. Na água parada nos fundos de quintais, infestada de larvas do mosquito da dengue.
A igreja não tem legitimidade enquanto ator politico em defesa da vida, posto que parte significativa de sua existência foi a de eliminar vidas, justamente vidas bastante além da biológica, incomuns, extraordinárias, estas no momento em que alcançavam o mais alto nível a que uma vida pode aspirar: o questionamento.
Assim a igreja que fundamentalmente deve cuidar da vida pós-morte e já contribuiu de maneira eficiente e eficaz na produção deste tipo de vida, deveria para o bem dos vivos se calar.
A ciência não pode se contradizer e pela lógica do terceiro excluído, já disse o que é vida. Resta discutir o futuro desta vida.
Falar do futuro desta vida é desde já tutorá-la, e isto significa responder por ela dentro da sociedade.
Por outro lado não partimos de um ponto zero para a construção de uma sociedade. A nova vida tão-só biológica ou não, se insere desde seu primeiro momento na sociabilidade, no encontro de óvulo e espermatozoide. A sociedade é atividade dos seres em um contexto com caraterísticas e circunstâncias de movimento, seja o mundo real, e dele não escapamos senão pela morte.
O mundo real aborta. Este é o fato. Esta é a prática.
No Brasil sem lei do Aborto, a prática do aborto é infinitamente superior (proporcionalidade incluída) à da Espanha que tem uma Lei de Aborto e se discute sua extensão. Isto não é importante. O significante é: o Brasil aborta muito e de maneiras impensáveis. Aborta por toda parte. Em clínicas de luxo. Em clínicas obscuras, em paragens sórdidas. Com médicos especialistas, paramédicos e a maioria não médicos. O Brasil aborta com ou sem auxílio da psicologia. Falo do aborto real do ser prematuro, da interrupção da gravidez, da prenhe situação, não da metáfora do aborto social que se dá um pouco mais adiante já na adolescência. Este aborto tardio não me interessa, posto que não faço nada para sobrestá-lo e pronunciar-me assim a respeito dele, é piegas. Eu concordo em ser egoísta piegas não.
O fato ocorrendo dessa maneira gera problemas sociais, éticos, traumas psicológicos, físicos e dado o quantitativo gera um problema de saúde pública.
Dessa maneira é que sempre deveria se estabelecer toda e qualquer lei, pela necessidade de regulamentação de um costume. A moralidade como parâmetro, baliza comportamental, nessa e em muitas outras atividades humanas, não mais soluciona. É então que precisamos regular tal atividade via legislação.
7 de out. de 2010
A Sociedade e a Estupidez.
A Sociedade e a Estupidez.
Ainda não me lembra do livro que um dia li, me recordo que Machado de Assis tinha um gosto especial pelo pronome átono colocado assim, para dizer que não se lembra de algo, colocando aparentemente nas mãos do livro a capacidade de exercer o verbo em oposição ao sujeito. Na verdade a ideia é que lembrar, concretamente é algo impossível ao sujeito, este soerá sempre esquecer. Na prática quanto mais se quer lembrar de, mais se esquece de, e infelizmente vale o contrário. Machado de Assis narrou – sem o saber, pois o fato de ter consciência tornaria impossível tal empresa - celebremente toda a trajetória do estúpido Dom Casmurro. Uma espécie de Hamlet que se mareou com a ressaca dos olhos de Capitu.
Entretanto meu tema é a estupidez no contexto social. Tenho vontade de saber se o que determina uma sociedade decadente é a estupidez que a avassala, por mera imposição quantitativa ou qualitativa. Creio que seria um grave erro acreditar que o número de estúpidos é maior na sociedade decadente que numa sociedade em ascendência, já que o número de indivíduos desta categoria se reproduz fiel e proporcionalmente em qualquer grupo humano. Assim ambas se afligem pela mesmíssima porcentagem de estúpidos. O que vem diferenciar uma sociedade em declive é a pró-atividade da massa critica de estupidez, diante da permissividade das demais categorias.
Já um país em franca evolução tem insolitamente indivíduos inteligentes gastando seu precioso tempo e qualidade na tentativa desesperada e inglória de controlar aos estúpidos. Esta pró-atividade do inteligente é bastante para produzir ganhos o suficiente para a redistribuição ao restante da sociedade.
Num país em decadência uma parcela da população, ( número de estúpidos segue sendo o mesmo) assiste pacificamente uma alarmante proliferação de malvados, sobretudo entre os indivíduos que estão no poder, malvados estes com alto grau de estupidez. Se os que estão no poder são malvados e estúpidos resta que: os que não estão no poder são uma triste maioria de incautos e inteligentes.
O problema se torna imenso, diante a impossibilidade de discriminar o estúpido enquanto este não age.
Ainda não me lembra do livro que um dia li, me recordo que Machado de Assis tinha um gosto especial pelo pronome átono colocado assim, para dizer que não se lembra de algo, colocando aparentemente nas mãos do livro a capacidade de exercer o verbo em oposição ao sujeito. Na verdade a ideia é que lembrar, concretamente é algo impossível ao sujeito, este soerá sempre esquecer. Na prática quanto mais se quer lembrar de, mais se esquece de, e infelizmente vale o contrário. Machado de Assis narrou – sem o saber, pois o fato de ter consciência tornaria impossível tal empresa - celebremente toda a trajetória do estúpido Dom Casmurro. Uma espécie de Hamlet que se mareou com a ressaca dos olhos de Capitu.
Entretanto meu tema é a estupidez no contexto social. Tenho vontade de saber se o que determina uma sociedade decadente é a estupidez que a avassala, por mera imposição quantitativa ou qualitativa. Creio que seria um grave erro acreditar que o número de estúpidos é maior na sociedade decadente que numa sociedade em ascendência, já que o número de indivíduos desta categoria se reproduz fiel e proporcionalmente em qualquer grupo humano. Assim ambas se afligem pela mesmíssima porcentagem de estúpidos. O que vem diferenciar uma sociedade em declive é a pró-atividade da massa critica de estupidez, diante da permissividade das demais categorias.
Já um país em franca evolução tem insolitamente indivíduos inteligentes gastando seu precioso tempo e qualidade na tentativa desesperada e inglória de controlar aos estúpidos. Esta pró-atividade do inteligente é bastante para produzir ganhos o suficiente para a redistribuição ao restante da sociedade.
Num país em decadência uma parcela da população, ( número de estúpidos segue sendo o mesmo) assiste pacificamente uma alarmante proliferação de malvados, sobretudo entre os indivíduos que estão no poder, malvados estes com alto grau de estupidez. Se os que estão no poder são malvados e estúpidos resta que: os que não estão no poder são uma triste maioria de incautos e inteligentes.
O problema se torna imenso, diante a impossibilidade de discriminar o estúpido enquanto este não age.
6 de out. de 2010
A ESTUPIDEZ. Bouvard er Pécuchet de Flaubert.
Li em algum livro que não quer me lembrar, que todos os seres humanos estão dentro destas quatro categorias: estúpidos, incautos ou crédulos, inteligentes e malvados. E que qualquer grupamento humano (médicos, físicos, lixeiros, pedófilos, outros padres, pastores, balconistas etc) reproduz as mesmas categorias em proporções equivalentes. Não há diferenças significantes quanto à grandeza quantitativa de cada grupo, sendo composta na ordem de 25% do total de humanos para cada categoria.
Convém notar que em alguns setores ou sociedades algumas categorias são mais atuantes que outras. O que não implica um maior número de indivíduos na determinada categoria.
Em sociedades decadentes podemos observar a pro-atividade da estupidez. Isto pode ser explicado pelo fato da categoria dos inteligentes muito se aproximar da credulidade, incauticidade. Para poder continuar definirei cada categoria. Sendo:
Incauto ou Crédulo o individuo que inicia a ação, age no processo e o finaliza. Sendo o resultado final desta ação: uma perda para ele e um ganho para os demais. Pode ocorrer ao incauto proporcionar uma perda a outros indivíduos, mas sua tendência principal é não causar perdas a terceiros.
Inteligente. É aquele que inicia, age e finaliza uma ação onde todos os que estão envolvidos no processo saem ganhadores. Pode, que uma vez ou outra o individuo inteligente adote uma atitude malvada ou incauta, mas na maior das vezes sua característica é de inteligência.
Malvado. É aquele que com suas atitudes consegue ganhos para si e inevitavelmente perdas para outro individuo. Esta é uma categoria rica em variações.
Há o:
Malvado perfeito, que causa perdas de mesmo valor às de seu ganho.
Malvado inteligente ou desonesto. São aqueles que ganham mais que aquilo que foi perdido por outro individuo. São raros, mas existem.
Malvado à beira da estupidez é aquele que provoca perda muito grande para ganho insignificante. É quase um estúpido.
Em relação às categorias acima, é possível criar prevenções que nos poupem de perdas desnecessárias. O intangível, inacessível é a prevenção respeito à categoria que se segue.
Os Estúpidos. Tratamos agora de uma categoria absurda. Criaturas inimagináveis. Personagens impossíveis senão que na realidade. Gustave Flaubert gastou anos de sua vida escrevendo um livro em que os personagens principais Bouvard et Pécuchet¹ eram dois estúpidos citadinos que foram morar no campo. Flaubert abandonou a obra. Dada a imprevisibilidade dos personagens. As ações dos estúpidos são sempre duvidosas. Com eles perdemos dinheiro, tempo, energia, apetite, tranquilidade e o humor. O estúpido é inconveniente sempre, e não ganha absolutamente nada com suas atitudes impensáveis. Ninguém é capaz de prever, entender ou explicar o quê e o porquê dos seus afazeres.
O que podemos sim afirmar é que as pessoas estúpidas são atrozmente e fundamentalmente estúpidas, e têm a perseverança de nada ganhar e sempre perder. Há, contudo uma subcategoria, que ademais de causar perdas aos outros com suas ações inverossímeis, as fazem gerando perdas a si próprias. Trata-se de gente mui perigosa: os Super-estúpidos.
Clique aqui para ler no original Os estúpidos de Flaubert. um livro inacabado.
Moto táxi. Projeto de lei. Ribeirão Preto.
Moto-táxi. Moto-taxista. Terceira pessoa do singular do verbo dar é: dá. O adjunto adnominal flexiona com o substantivo, paroxítona terminada em y não se acentua. Estas e outras no projeto de lei que passeia pela câmara dos vereadores de Ribeirão Preto.
Tudo começa no título que dá nome ao projeto de lei. De seguida o artigo segundo, parágrafo único estabelece a quantidade de concessões segundo o critério demográfico, com limite de mil concessões. Sem me aprofundar: diria que é uma maestria de nossos legisladores a capacidade de criar, gerar mercados paralelos. Quando a própria constituição prega a livre iniciativa, regulamentada claro, mas livre iniciativa. Velho exemplo é a revenda de passagens no transporte urbano.
O artigo quinto inciso primeiro trata da idade mínima do passageiro, e a estabelece em doze anos como mínimo. Neste caso caberia estabelecer não só uma idade mínima de vinte um anos, como exigir como mínimo três atestados médicos, de médicos de conduta ilibada, dizendo da higidez física e mental do possível usuário. Continuo no parágrafo quinto em seu inciso terceiro que trata da obrigatoriedade de um segundo capacete, aquele do usuário. É uma insalubridade, ainda que o inciso quarto do mesmo artigo ofereça o remédio: a touca descartável.
Em suma é a contramão da constituição e da modernidade que fala em dignidade da pessoa humana, e do trabalho. Ainda: o governo municipal deveria concentrar suas parcas capacidades e competências no intuito de solucionar o transporte coletivo. E neste sentido o que resolve o problema é: ônibus, horários, trajetos, preço e equipamentos públicos a citar: pontos de ônibus, terminais etc.
Tudo somado o que veremos não será outra coisa senão o que vemos com respeito aos taxis e seus pontos, mais um comércio paralelo de veículos e pontos, que o atendimento de uma demanda por transporte de possíveis usuários. Quase uma armadilha para estes. Não é de causar espanto, visto estarmos em pleno ciclo da cana-de-açúcar.
Tudo começa no título que dá nome ao projeto de lei. De seguida o artigo segundo, parágrafo único estabelece a quantidade de concessões segundo o critério demográfico, com limite de mil concessões. Sem me aprofundar: diria que é uma maestria de nossos legisladores a capacidade de criar, gerar mercados paralelos. Quando a própria constituição prega a livre iniciativa, regulamentada claro, mas livre iniciativa. Velho exemplo é a revenda de passagens no transporte urbano.
O artigo quinto inciso primeiro trata da idade mínima do passageiro, e a estabelece em doze anos como mínimo. Neste caso caberia estabelecer não só uma idade mínima de vinte um anos, como exigir como mínimo três atestados médicos, de médicos de conduta ilibada, dizendo da higidez física e mental do possível usuário. Continuo no parágrafo quinto em seu inciso terceiro que trata da obrigatoriedade de um segundo capacete, aquele do usuário. É uma insalubridade, ainda que o inciso quarto do mesmo artigo ofereça o remédio: a touca descartável.
Em suma é a contramão da constituição e da modernidade que fala em dignidade da pessoa humana, e do trabalho. Ainda: o governo municipal deveria concentrar suas parcas capacidades e competências no intuito de solucionar o transporte coletivo. E neste sentido o que resolve o problema é: ônibus, horários, trajetos, preço e equipamentos públicos a citar: pontos de ônibus, terminais etc.
Tudo somado o que veremos não será outra coisa senão o que vemos com respeito aos taxis e seus pontos, mais um comércio paralelo de veículos e pontos, que o atendimento de uma demanda por transporte de possíveis usuários. Quase uma armadilha para estes. Não é de causar espanto, visto estarmos em pleno ciclo da cana-de-açúcar.
5 de out. de 2010
BLOOM
Sua mulher ainda dormia quando ele voltava do açougue com uns bifes de rins de bode. Sua gata miava roçando contra suas pernas. Era feliz se pudesse comer vísceras como desjejum e depois defecar com critério. Derramou o leite quentinho no prato da gata. Levou para sua mulher um par de ovos moles e uma fatia de bacon junto com duas torradas, ao percebê-la desperta pelo nheque-nheque da cama. Meteu a mão em meio a sua bunda quente e úmida. Despediu-se dela com um beijo na bochecha.
Defecou com calma enquanto passava os olhos numa revista velha, quando nova a havia guardado por algum artigo que então lhe despertara interesse, hoje a folheia como se tratasse de uma revista de infinitas folhas, não encontra o artigo. Nunca tarda muito neste defecar, pois crê que o estar ali em demasia provoca hemorroidas.
No caminho para o trabalho, era um vendedor de anúncios de jornal, comprou um sabonete. Passou na sauna uns bons minutos. Saiu com o sabonete umedecido, embrulhado numa folha de revista, metido no bolso.
Não tinha pressa, pois faria somente uma visita agendada com o senhor Xaves, o chaveiro, antes de ver seu amigo pela última vez.
Passou pela quitanda para acochar o traseiro da quitandeira. Ela lhe realçou seu odor a eucaliptos. Ele estranhou que o sabonete de nada lhe havia servido. Como iria a um enterro com este aroma de lavabo asseado.
No mercadão,ancorou no bar do Ceará pelos rins de bode, lá seu amigo José comia o segundo ovo cozido, soube disso ao ver no pratinho as cascas em duas cores. Passou o sabonete para o bolso traseiro. Sentou-se no tamborete.
Na Única encontrou-se com Xaves por casualidade. Juntos foram ao escritório, onde Xaves lhe deixou três cheques pré-datados, “não sei se vão aceitar o primeiro para trinta dias”. “pegar ou largar”. Pegou.
Dali foi para a sede do jornal onde o chefe dos editores estava reunido com os editores-chefes. Estes não lhe deram a menor atenção, mas logo repararam na gola puída de sua camisa. Quem era aquele, quis saber o chefe.
Era vendedor de anúncios e antes de tudo casado com a melhor bunda de vila Bonfim, e que ela fazia favores ao editor de política. “O Jorge aquele nazista.” Sim.
Deixou os cheques com a secretária. Novamente no saguão foi interpelado pelo chefe. “Virás conosco?” “Não venho com o fotografo.” “Faço questão.” “Assim sendo.”
No carro com o redator de cultura a seu lado, fez muitos meneios de cabeça, e voltou o sabonete para o bolso da frente. “Na vida não há tempo para tudo.” Disse o redator. Meneou. “Não há tempo para rir, chorar, divertir-se e entediar-se“ Aquiesceu. “Quando nascemos já sentimos o cheiro espalhado” “Cheiro! De que?” “da morte por isso choramos” “É”!” “Depois nos acostumamos”“ A que?” “É melhor mudar de conversa, gostas de futebol?” Anuiu.
Que digo ao esteta! Que gosto de minha gata, de minha puta, do cheiro de urina que tem os rins de animais que como, para depois aliviar com sossego o meu ventre, lendo seus artiguinhos bajuladores, com o cheiro de merda misturado ao de jornal.
Tudo imaginando relatos antes de empreender um dia de trabalho, trabalho esse duvidoso, pois o que faço é andar a esmo, perambular, apachorrar, passar a mão na quitandeira, naquele cu fragrante de ventosidades matinais.
Que sou a carne, sangue e ossos do mais autêntico e desconcertado despiste. E minha alma reencarnada ou não, meu espírito, transmigrando ou donde quer que se encontre são a matéria ou o vento de uma peregrinação acorrentada à carne.
Passo em revista o universo rememorando a peripécia da minha vida, arrastando correntes feito alma penada, acolhida e rechaçada, não pelo mesmo céu de donos de jornais e de almas, se não que o céu de analfabetos e leitores, santos e canalhas, crentes e ateus, trabalhadores e preguiçosos, que assistimos ou atravessamos o drama conscientemente ou de maneira casual, pois a vida é uma enciclopédia de casualidades.
À noite voltarei para ela que é ardente e perspicaz e tenuamente puta, como todos mais ou menos o somos.
Voltarei bêbado e sem os argumentos que pereceram a luz do dia. Resta-me este que é diluído e poroso como o passar do tempo, ou mesmo o inacessível entendimento desse passar o tempo.
Sou as coisas que me sucedem, me tocam e que a mim se misturam e se alteram para separar-me delas transformado, ou como se não houvesse passado coisa nenhuma, salvo a matéria de que são feitas tais coisas, de tempo diluído, de porosidade e inacessibilidade e que por isso duram.
Defecou com calma enquanto passava os olhos numa revista velha, quando nova a havia guardado por algum artigo que então lhe despertara interesse, hoje a folheia como se tratasse de uma revista de infinitas folhas, não encontra o artigo. Nunca tarda muito neste defecar, pois crê que o estar ali em demasia provoca hemorroidas.
No caminho para o trabalho, era um vendedor de anúncios de jornal, comprou um sabonete. Passou na sauna uns bons minutos. Saiu com o sabonete umedecido, embrulhado numa folha de revista, metido no bolso.
Não tinha pressa, pois faria somente uma visita agendada com o senhor Xaves, o chaveiro, antes de ver seu amigo pela última vez.
Passou pela quitanda para acochar o traseiro da quitandeira. Ela lhe realçou seu odor a eucaliptos. Ele estranhou que o sabonete de nada lhe havia servido. Como iria a um enterro com este aroma de lavabo asseado.
No mercadão,ancorou no bar do Ceará pelos rins de bode, lá seu amigo José comia o segundo ovo cozido, soube disso ao ver no pratinho as cascas em duas cores. Passou o sabonete para o bolso traseiro. Sentou-se no tamborete.
Na Única encontrou-se com Xaves por casualidade. Juntos foram ao escritório, onde Xaves lhe deixou três cheques pré-datados, “não sei se vão aceitar o primeiro para trinta dias”. “pegar ou largar”. Pegou.
Dali foi para a sede do jornal onde o chefe dos editores estava reunido com os editores-chefes. Estes não lhe deram a menor atenção, mas logo repararam na gola puída de sua camisa. Quem era aquele, quis saber o chefe.
Era vendedor de anúncios e antes de tudo casado com a melhor bunda de vila Bonfim, e que ela fazia favores ao editor de política. “O Jorge aquele nazista.” Sim.
Deixou os cheques com a secretária. Novamente no saguão foi interpelado pelo chefe. “Virás conosco?” “Não venho com o fotografo.” “Faço questão.” “Assim sendo.”
No carro com o redator de cultura a seu lado, fez muitos meneios de cabeça, e voltou o sabonete para o bolso da frente. “Na vida não há tempo para tudo.” Disse o redator. Meneou. “Não há tempo para rir, chorar, divertir-se e entediar-se“ Aquiesceu. “Quando nascemos já sentimos o cheiro espalhado” “Cheiro! De que?” “da morte por isso choramos” “É”!” “Depois nos acostumamos”“ A que?” “É melhor mudar de conversa, gostas de futebol?” Anuiu.
Que digo ao esteta! Que gosto de minha gata, de minha puta, do cheiro de urina que tem os rins de animais que como, para depois aliviar com sossego o meu ventre, lendo seus artiguinhos bajuladores, com o cheiro de merda misturado ao de jornal.
Tudo imaginando relatos antes de empreender um dia de trabalho, trabalho esse duvidoso, pois o que faço é andar a esmo, perambular, apachorrar, passar a mão na quitandeira, naquele cu fragrante de ventosidades matinais.
Que sou a carne, sangue e ossos do mais autêntico e desconcertado despiste. E minha alma reencarnada ou não, meu espírito, transmigrando ou donde quer que se encontre são a matéria ou o vento de uma peregrinação acorrentada à carne.
Passo em revista o universo rememorando a peripécia da minha vida, arrastando correntes feito alma penada, acolhida e rechaçada, não pelo mesmo céu de donos de jornais e de almas, se não que o céu de analfabetos e leitores, santos e canalhas, crentes e ateus, trabalhadores e preguiçosos, que assistimos ou atravessamos o drama conscientemente ou de maneira casual, pois a vida é uma enciclopédia de casualidades.
À noite voltarei para ela que é ardente e perspicaz e tenuamente puta, como todos mais ou menos o somos.
Voltarei bêbado e sem os argumentos que pereceram a luz do dia. Resta-me este que é diluído e poroso como o passar do tempo, ou mesmo o inacessível entendimento desse passar o tempo.
Sou as coisas que me sucedem, me tocam e que a mim se misturam e se alteram para separar-me delas transformado, ou como se não houvesse passado coisa nenhuma, salvo a matéria de que são feitas tais coisas, de tempo diluído, de porosidade e inacessibilidade e que por isso duram.
TIRIRICA.
Nós aprendemos enquanto fazemos, o quê fazemos e como o fazemos. Se tratados como palhaços, o máximo que faremos é exercer a comicidade. Por toda parte somos aprendizes de palhaços, e o tempo todo.
No ponto de ônibus, este uma palhaçada que não tapa o sol nem a chuva. Nos diferentes desenhos e materiais exposto pela nossa cidade destes, dos mais antigos aos atuais, contemplam todo tipo de proposta arquitetônica e de nenhuma arquitetura, nenhum deles propôs qualquer ergonomia, talvez cobrir do sol quando este no seu zênite. Que podemos dizer do arquiteto contemplado pelo seu desenho, do poder público, da banca examinadora que o escolheu por meio de concurso público, discricionário e legal. Competente! PALHAÇOS!
Dentro do ônibus, somos malabarista, contorcionistas e palhaços. O ônibus assim atrasado, nós os palhaços nos apertando, os secos com os molhados pela chuva ou molhados pelo suor, nossos cheiros entre perfumes falsos ou cheiro de jaulas leoninas.
Em Barcelona a tarifa é um euro pagado ao motorista, se comprar antes é menos. Os motoristas custam à empresa quatro mil euros mensais, os ônibus têm aquecimento no inverno e ar condicionado no verão. Mas não têm o maldito vídeo instalado fazendo publicidade e mostrando musicais com a mesma qualidade do serviço, para micos palhaços. Ah! Aqueles empresários ganham dinheiro. Estes! Tu dirás.PALHAÇOS.
O BRASIL PRECISA DE REFORMAR O CURSO DA ACADEMIA CIRCENSE E MALABARES.
O povo palhaço precisa ser educado. Reforma educacional. Com direitos e deveres do cidadão.
O politico PALHAÇO. Improbo e inelegível. Reforma politica e ética.
O arquiteto PALHAÇO. Reforma curricular. Incluindo ética.
O empreiteiro, concessionado, PALHAÇO: Caçar a concessão e Reforma moral.
No ponto de ônibus, este uma palhaçada que não tapa o sol nem a chuva. Nos diferentes desenhos e materiais exposto pela nossa cidade destes, dos mais antigos aos atuais, contemplam todo tipo de proposta arquitetônica e de nenhuma arquitetura, nenhum deles propôs qualquer ergonomia, talvez cobrir do sol quando este no seu zênite. Que podemos dizer do arquiteto contemplado pelo seu desenho, do poder público, da banca examinadora que o escolheu por meio de concurso público, discricionário e legal. Competente! PALHAÇOS!
Dentro do ônibus, somos malabarista, contorcionistas e palhaços. O ônibus assim atrasado, nós os palhaços nos apertando, os secos com os molhados pela chuva ou molhados pelo suor, nossos cheiros entre perfumes falsos ou cheiro de jaulas leoninas.
Em Barcelona a tarifa é um euro pagado ao motorista, se comprar antes é menos. Os motoristas custam à empresa quatro mil euros mensais, os ônibus têm aquecimento no inverno e ar condicionado no verão. Mas não têm o maldito vídeo instalado fazendo publicidade e mostrando musicais com a mesma qualidade do serviço, para micos palhaços. Ah! Aqueles empresários ganham dinheiro. Estes! Tu dirás.PALHAÇOS.
O BRASIL PRECISA DE REFORMAR O CURSO DA ACADEMIA CIRCENSE E MALABARES.
O povo palhaço precisa ser educado. Reforma educacional. Com direitos e deveres do cidadão.
O politico PALHAÇO. Improbo e inelegível. Reforma politica e ética.
O arquiteto PALHAÇO. Reforma curricular. Incluindo ética.
O empreiteiro, concessionado, PALHAÇO: Caçar a concessão e Reforma moral.
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