O aborto é sempre praticado pelos outros. Nós somos os atores políticos que nos imiscuímos no assunto, discutimos. Os atores políticos acabam por se agruparem em torno a algumas posições: favorável ou contrariamente e ainda nem mar ou terra.
O primeiro ator a se manifestar é sempre a igreja por meio de um bispo ou cardeal. Ela mantem ligada sua argúcia secular, capaz de farejar entre escombros humanos algum desvio de rota.
Logo a ciência ligada à área médica ou ligada à psicologia, tentando explicar quando começa a vida. Os políticos aparecem se equilibrando na corda bamba da mediocridade da maioria.
Em tese anterior digo que tanto maioria quanto minoria já está formada. Há entre estes grupos algum intercambio de indivíduos nunca de ideias. É incrível como cambiamos de postura, voto sem mudar de ideia.
Há pessoas que quando pensam em uma lei do Aborto chegam a pensar numa obrigatoriedade de sua prática.
A ciência médica fez por diminuir os natimortos, a mortalidade infantil entre tantas atividades louváveis, e por uso de técnicas e instrumentos como a ultrassonografia nos mostra o inicio da vida, em movimento e a cores.
A pergunta que se faz é: quando começa a vida! A ciência responde:
Se a NASA encontrar uma ameba em Marte ou em qualquer outro lugar, dirá: há vida em marte, que dizer de um feto, um óvulo, um espermatozoide!
Há vida no saco escrotal, nas trompas de falópio. Na água parada nos fundos de quintais, infestada de larvas do mosquito da dengue.
A igreja não tem legitimidade enquanto ator politico em defesa da vida, posto que parte significativa de sua existência foi a de eliminar vidas, justamente vidas bastante além da biológica, incomuns, extraordinárias, estas no momento em que alcançavam o mais alto nível a que uma vida pode aspirar: o questionamento.
Assim a igreja que fundamentalmente deve cuidar da vida pós-morte e já contribuiu de maneira eficiente e eficaz na produção deste tipo de vida, deveria para o bem dos vivos se calar.
A ciência não pode se contradizer e pela lógica do terceiro excluído, já disse o que é vida. Resta discutir o futuro desta vida.
Falar do futuro desta vida é desde já tutorá-la, e isto significa responder por ela dentro da sociedade.
Por outro lado não partimos de um ponto zero para a construção de uma sociedade. A nova vida tão-só biológica ou não, se insere desde seu primeiro momento na sociabilidade, no encontro de óvulo e espermatozoide. A sociedade é atividade dos seres em um contexto com caraterísticas e circunstâncias de movimento, seja o mundo real, e dele não escapamos senão pela morte.
O mundo real aborta. Este é o fato. Esta é a prática.
No Brasil sem lei do Aborto, a prática do aborto é infinitamente superior (proporcionalidade incluída) à da Espanha que tem uma Lei de Aborto e se discute sua extensão. Isto não é importante. O significante é: o Brasil aborta muito e de maneiras impensáveis. Aborta por toda parte. Em clínicas de luxo. Em clínicas obscuras, em paragens sórdidas. Com médicos especialistas, paramédicos e a maioria não médicos. O Brasil aborta com ou sem auxílio da psicologia. Falo do aborto real do ser prematuro, da interrupção da gravidez, da prenhe situação, não da metáfora do aborto social que se dá um pouco mais adiante já na adolescência. Este aborto tardio não me interessa, posto que não faço nada para sobrestá-lo e pronunciar-me assim a respeito dele, é piegas. Eu concordo em ser egoísta piegas não.
O fato ocorrendo dessa maneira gera problemas sociais, éticos, traumas psicológicos, físicos e dado o quantitativo gera um problema de saúde pública.
Dessa maneira é que sempre deveria se estabelecer toda e qualquer lei, pela necessidade de regulamentação de um costume. A moralidade como parâmetro, baliza comportamental, nessa e em muitas outras atividades humanas, não mais soluciona. É então que precisamos regular tal atividade via legislação.
O primeiro ator a se manifestar é sempre a igreja por meio de um bispo ou cardeal. Ela mantem ligada sua argúcia secular, capaz de farejar entre escombros humanos algum desvio de rota.
Logo a ciência ligada à área médica ou ligada à psicologia, tentando explicar quando começa a vida. Os políticos aparecem se equilibrando na corda bamba da mediocridade da maioria.
Em tese anterior digo que tanto maioria quanto minoria já está formada. Há entre estes grupos algum intercambio de indivíduos nunca de ideias. É incrível como cambiamos de postura, voto sem mudar de ideia.
Há pessoas que quando pensam em uma lei do Aborto chegam a pensar numa obrigatoriedade de sua prática.
A ciência médica fez por diminuir os natimortos, a mortalidade infantil entre tantas atividades louváveis, e por uso de técnicas e instrumentos como a ultrassonografia nos mostra o inicio da vida, em movimento e a cores.
A pergunta que se faz é: quando começa a vida! A ciência responde:
Se a NASA encontrar uma ameba em Marte ou em qualquer outro lugar, dirá: há vida em marte, que dizer de um feto, um óvulo, um espermatozoide!
Há vida no saco escrotal, nas trompas de falópio. Na água parada nos fundos de quintais, infestada de larvas do mosquito da dengue.
A igreja não tem legitimidade enquanto ator politico em defesa da vida, posto que parte significativa de sua existência foi a de eliminar vidas, justamente vidas bastante além da biológica, incomuns, extraordinárias, estas no momento em que alcançavam o mais alto nível a que uma vida pode aspirar: o questionamento.
Assim a igreja que fundamentalmente deve cuidar da vida pós-morte e já contribuiu de maneira eficiente e eficaz na produção deste tipo de vida, deveria para o bem dos vivos se calar.
A ciência não pode se contradizer e pela lógica do terceiro excluído, já disse o que é vida. Resta discutir o futuro desta vida.
Falar do futuro desta vida é desde já tutorá-la, e isto significa responder por ela dentro da sociedade.
Por outro lado não partimos de um ponto zero para a construção de uma sociedade. A nova vida tão-só biológica ou não, se insere desde seu primeiro momento na sociabilidade, no encontro de óvulo e espermatozoide. A sociedade é atividade dos seres em um contexto com caraterísticas e circunstâncias de movimento, seja o mundo real, e dele não escapamos senão pela morte.
O mundo real aborta. Este é o fato. Esta é a prática.
No Brasil sem lei do Aborto, a prática do aborto é infinitamente superior (proporcionalidade incluída) à da Espanha que tem uma Lei de Aborto e se discute sua extensão. Isto não é importante. O significante é: o Brasil aborta muito e de maneiras impensáveis. Aborta por toda parte. Em clínicas de luxo. Em clínicas obscuras, em paragens sórdidas. Com médicos especialistas, paramédicos e a maioria não médicos. O Brasil aborta com ou sem auxílio da psicologia. Falo do aborto real do ser prematuro, da interrupção da gravidez, da prenhe situação, não da metáfora do aborto social que se dá um pouco mais adiante já na adolescência. Este aborto tardio não me interessa, posto que não faço nada para sobrestá-lo e pronunciar-me assim a respeito dele, é piegas. Eu concordo em ser egoísta piegas não.
O fato ocorrendo dessa maneira gera problemas sociais, éticos, traumas psicológicos, físicos e dado o quantitativo gera um problema de saúde pública.
Dessa maneira é que sempre deveria se estabelecer toda e qualquer lei, pela necessidade de regulamentação de um costume. A moralidade como parâmetro, baliza comportamental, nessa e em muitas outras atividades humanas, não mais soluciona. É então que precisamos regular tal atividade via legislação.