Estamos
carecas de saber da corrupção que endêmica e institucionalizada
permeia nossa sociedade. Construtora que cria projeto, paga propina a
legislador e executivo para construir. Assim de fácil.
Qin
Yuhai, chinês de seus 50 anos, filiado
ao partido comunista chinês, e converteu-se numa das principais
personagens políticas da província de Henan. À sua vocação
politica unia o interesse pela criatividade, por meio da fotografia,
até o ponto que algumas fotos suas estão nos paineis do metrô de
Pequim, pessoa de destaque na Associação de Fotógrafos da China.
Suas exposições, em especial, uma em Londres, tinham, ou têm?,
crescente valorização. Quem quiser pode ir ao Google e completar a
pesquisa.
O
caso é que este ano, Qin Yuhai foi exonerado por uma comissão que
luta contra a corrupção. A acusação genérica era a que
Qin dedicava um tempo
excessivo à sua arte, a fotografia, e pouca atenção às suas
funções oficiais. Pombas! Podiam dar uns croques nele e o
reconduzir ao cargo, mas não, o assunto era mais complexo, Yuhai
aceitava subornos, como dizer?
Fotográficos. Quer
dizer, concedia privilégios em troca de materiais e outros detalhes
relacionados. Por exemplo, uma empresa que conseguiu um contrato para
promover o turismo na montanha Yuntai, o presenteou com 25 máquinas
fotográficas no valor de 179.000 dólares, depois a mesma empresa
lhe comprou um álbum com fotos suas por 270.000 dólares. Uma outra
empresa gastou 1.000.000 de dólares promovendo a sua obra na China e
no estrangeiro… e por ai vai.
O
caso é que por aqui sempre apareceria um advogado, e, com certeza,
chamaria
a isso de mecenato. E esse mecenato, pouco forçado, é claro,
contribuiu para que a obra de Qin, um artista genial.
Ebb
and Flow, em Londres. Aqui entrevistas e fotos de Qin Yuhai.
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