Antes
de mais nada, não sei o que é, e reclamo Eclesiastes:
“Vãs vaidades. Tudo é vaidade. “.
Sem
precisar ir mais longe, quando se fala de sabedoria se diz:
“só
sei que nada sei”,
que
é um exercício de humildade, o mesmo faz-se necessário
sobre a estupidez, que é um modo de não ser estúpido,
deixando, é claro, a possibilidade de o ser. Afinal, nada mais
estúpido se mostrar sábio, tanto se é quanto se
não é, o mesmo vale para a estupidez.
Quando
se deseja não há nada estupido, e se o desejo é
cego, ainda menos. Mesmo se Você se submeter aos caprichos de
uma vedete sem escrúpulos, nem assim. Quando se ama não
há nada de estúpido, porque se está no âmbito
donde não há inteligência, ingenuidade,
maleficio, bondade, nem o econômico, nem o errado, o certo, o
excesso, pois não pertence ao mundo do raciocínio.
Segundo
Carlos M. Cipolla em “Allegro ma non troppo”, não podemos
sequer suspeitar a infinidade de estúpidos que habitam o
mundo, “stultorum infinitus est numerus “. Inclusivamente, se
pode ser um deles, fato agravado pela concepção
ontológica de Cipolla, que o estúpido o é por
pura natureza, sem ter em conta índices do tipo social,
cultural, climático: “ se se é estúpido se é
para sempre, independentemente dos âmbitos sócio-culturais
que se mova” . Segundo Cipolla, estamos forçosamente numa
dessas categorias:
Incautos,
Malvados, Inteligentes ou Estúpidos.
Define
Cipolla: Estúpidos causam danos aos outros sem obter nenhum
proveito, benefício, inclusivamente se prejudicam a si mesmos.